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Energia Solar no Brasil

30 de abril de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Ainda que a Amazônia tenha elevado potencial de geração de energia hidroelétrica, as questões ambientais exigem ampliar produções de outras fontes, como solares e eólicas. No Nordeste, a necessidade de águas para outras finalidades exige que os projetos já existentes destas alternativas sejam acelerados.

Produção de energia solar na Bahia em foto constante do artigo no site da Folha de S.Paulo

Um artigo de Bruno Benevides e Anaïs Fernandes publicado no site da Folha de S.Paulo informa que neste ano o Brasil deve produzir o primeiro gigawatt de energia solar fotovoltaica, segundo dados da ABSolar, a associação das empresas deste setor. O montante desta energia deve atender cerca de 800 mil residências. Este número continua tímido pela falta de determinação das autoridades brasileiras que não deram continuidade as licitações para estas explorações.

A EGPB (Enel Green Power Brasil), subsidiária da italiana Enel que venceu uma licitação de 2014 e 2015, está com três estações na Bahia e uma no Piauí, somando 807 MW, e poderia aumentar a suas construções se as autoridades tivessem dado continuidade a este processo no Brasil que tem grande potencialidade solar. Todos sabem que países como a China já conseguiram reduzir os custos destas produções que, com as baterias mais atualizadas tecnologicamente, se tornam altamente competitivas, bem como a economia de escala na produção dos equipamentos indispensáveis.

Dentro do compromisso assumido no Acordo de Paris, o Brasil deveria ampliar a sua produção de energia renovável e não poluente até 23% em 2030. Outras empresas estão aguardando que as autoridades do Ministério de Minas e Energia promovam mais licitações, havendo necessidade de um calendário para pelo menos cinco a 10 anos, para a produção de equipamentos no país. As autoridades prometem licitações ainda este ano.

As águas disponíveis no Brasil necessitam ser destinadas para usos mais nobres e parece um absurdo total que o país continue utilizando fontes poluentes para a geração de energia elétrica como os derivados de petróleo, quando, além da solar, a potencialidade para as eólicas são elevadas, principalmente no nordeste do País.

As tecnologias estão disponíveis e grupos internacionais contam com disposição para efetuar importantes investimentos nestas áreas de energias renováveis e não poluentes. Não se compreende por que as autoridades não aceleram os trabalhos nesta direção, a não ser que haja outros objetivos com recursos gerados com corrupção, mas que ficam mais difíceis no atual quadro político.



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