Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uma Visão Turística e Rápida do Japão

17 de maio de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

A jornalista Adriana Moreira fez uma boa viagem rápida patrocinada pela agência de fomento do turismo do Japão nesta primavera naquele país. Isto é o que os norte-americanos chamam “bird view” (visão de pássaro) e descreveu suas observações num longo e bem elaborado artigo publicado no suplemento Viagem do Estadão. O Japão se empenha em divulgar os seus atrativos turísticos visando dobrar os turistas estrangeiros para as Olimpíadas de 2020.

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Kiyomizu, em Kyoto, nesta época do ano. Foto de Adriana Moreira, que consta do seu artigo publicado no suplemento Viagem do Estadão, que deve ser lido na sua íntegra

É evidente que numa viagem rápida pelo Japão não seja possível conhecer os muitos aspectos ricos de atrativos turísticos existentes naquele país, que variam bastante durante as estações do ano. A sua viagem concentrou-se na capital Tóquio, a antiga capital Kyoto, Osaka – a grande metrópole da região de Kasai no sul do Japão e Koyasan, um centro religioso próximo de Osaka. Estes lugares são facilmente ligados pelo trem rápido e confortável conhecido como Shinkansen. Cobriu-se o que era mais importante do ponto de vista turístico no Japão para uma viagem rápida e superficial e completaram-se as matérias com informações certamente oferecidas pelas autoridades japonesas. Uma avaliação mais acurada destes patrimônios turísticos exige um conhecimento do Japão que não se pode esperar de uma jovem jornalista.

Como o tempo parece ter sido escasso para a viagem, ela informa que os hotéis utilizados eram de qualidade de uso dos estrangeiros. Mas em Koyosan houve uma oportunidade de usar o chamado ryokan, de estilo japonês, onde o quarto para se dormir sobre um tatami confunde-se com o da sala de estar, tomando-se refeições típicas do Japão, que é uma experiência única para os estrangeiros. Para melhor proveito de uma viagem profissional desta natureza, espera-se que ela tenha se preparado com a leitura de matérias sobre o assunto, com reflexões mais profundas sobre aquele país.

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Vista de um parque em Koyasan, com um grupo de monges, destacando-se o colorido das árvores

Osaka é um centro comercial importante do Japão, próximo de Kyoto e de Koyasan, pontos turísticos muito conhecidos pelos turistas estrangeiros, com muitos jardins, palácios e templos onde muito da cultura e arte japonesa pode ser apreciado. A jornalista não pode destacar a gastronomia destas localidades que atraem a atenção dos turistas estrangeiros. Algumas localidades onde podem ser vistas as famosas gueixas também só mereceram um espaço limitado, pois tudo isto exigiria maior profundidade.

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Jardim de pedras zen do Templo Ryoan-ji, Kyoto

O Palácio Imperial de Katsura, que é o melhor exemplo da combinação da arquitetura interior/exterior com jardins que vão sendo descobertos aos poucos, seria interessante de se conhecer.

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Katsura Imperial Villa, a melhor combinação de arquitetura interior/exterior do mundo, em Kyoto

Poderiam ser acrescentadas algumas reflexões sobre as causas que permitiram aos japoneses acumular tantas atrações turísticas ao longo de sua história, onde o complexo conceito de harmonia parece relevante. Tanto no xintoísmo, a religião oficial do Japão, como nos diversos ramos do budismo que foram adotados por muitos japoneses valorizam a natureza como as plantas como seres vivos equivalentes aos seres humanos, inclusive as pedras, procurando destacar suas belezas nas suas combinações harmônicas para o enriquecimento espiritual da população.

Nas proximidades de Kyoto, Nara também merece uma visita. Na viagem de Shinkansen para Tóquio, a jornalista naturalmente tinha a expectativa de ver o Monte Fuji, mas o dia estava com nuvens não permitindo a sua visão, o que é muito comum. Mas havia outros pontos de onde isto seria possível, mesmo na região de Hakone ou Atami, que são próximas, contando também com museus dignos de serem vistos. Ou pode-se observar o Fuji-san das torres elevadas da Capital japonesa nos dias límpidos. Ela registra também os pontos relevantes que não foram visitados, que poderiam fazer parte de uma agenda mais demorada.

Em Tóquio, ela teve oportunidade até para apreciar um bairro tranquilo que também existe nesta metrópole, não muito longe de áreas cosmopolitas como Omotesando, onde se encontra do melhor em grife internacional, além dos jovens japoneses que influenciam na moda mundial descontraída. Outras áreas movimentadas da metrópole como Shibuya foram registradas, mas os contatos com o povo não puderam ser feitos, mesmo que tenha notado que todos eram atenciosos com ela, como com qualquer turista estrangeiro. Os contrastes dos arranha-céus com os tranquilos jardins japoneses foram observados. Importantes centros como o Midtown ou o Roppongi Hill apresentam diversas atrações para os turistas, ao mesmo tempo em que aspectos da cultura japonesa podem ser conhecidos.

Na parte da cidade baixa de Tóquio existem outras atrações como o Tokyo Skytree, Templo de Asakusa, Museu de Ueno e muitos aspectos mais tradicionais do Japão. Quando no outono, vale a pena uma visita a Nikko, que não fica muito distante de Tóquio, tanto pelos seus templos como pelas árvores que ficam com as folhas avermelhadas. No inverno, pode ser interessante uma visita a Hokkaido, no norte do Japão, que apresenta o museu aberto para esculturas de gelo. As termas japonesas também são muito procuradas para um bom relaxamento. Enfim, dependendo do tempo disponível, há uma infinidade de atrações turística que estão sendo procurados pelos estrangeiros.



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