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Eleições na França no Segundo Turno

19 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

Mesmo com as eleições distritais em segundo turno para completar os eleitos para o Parlamento francês com expressivas votações dos membros do novo partido República em Frente, comandada por Emmanuel Macron, existem os insatisfeitos.

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Gráfico sobre a estimativa das cadeiras no Parlamento francês publicado na Folha de S.Paulo, cujo artigo deve ser lido na íntegra

Inicialmente, os críticos apontam que 57% dos eleitores não votaram, mas quem já sabia que em seus distritos os vencedores estavam quase determinados certamente não compareceu às urnas, pois as votações não são obrigatórias. De outro lado, muitos candidatos inexperientes foram eleitos, mas isto seria mais um indício que os veteranos, com oportunidades no passado, não atenderam às expectativas dos eleitores. O partido República em Frente está preparando alguns seminários intensivos para que os novos eleitos possam desempenhar bem os seus papéis, inclusive alguns estudantes.

Também é indispensável observar-se que na França existe a chamada Escola Nacional de Administração que prepara as elites para o comando de suas empresas e de atividades públicas, com alunos de variadas ideologias. O atual gabinete formado por Emmanuel Macron foi selecionado entre jovens competentes que são conhecidos deles por terem contatos neste tipo de escola. E o que o eleitor francês escolheu foram novos caminhos para que a França, em cooperação com a Alemanha, possa reconstruir a Comunidade Europeia, uma esperança para o resto do mundo.

É evidente que muitas reformas terão que ser feitas naquele país, inclusive porque parte da população francesa faz questão se manter os seus privilégios sobre a sua forma particular de viver, onde a qualidade de vida é determinada pela forma com que estão acostumados, principalmente no seu meio rural. A eleição não muda a população que vai continuar a mesma, mas o seu governo pode caminhar para tendências inovadoras. Os novos dirigentes, certamente, esperam deter o poder por muito tempo e para tanto precisam de sucesso para preservar as mesmas tendências nas eleições futuras.

Também não se pode subestimar as reações dos que foram vencidos, tanto os tradicionais socialistas, os comunistas como as forças de direita. Eles devem marcar suas posições oposicionistas mostrando que são capazes de exigir do governo aspirações novas, ainda que tenham limitações naturais de recursos.

Espera-se que o ocorrido na França possa inspirar outros países, inclusive o Brasil, pois a simples manutenção do que vinha se executando não atende mais as aspirações da população por desenvolvimento, sistema educacional para preparar os novos cidadãos, além dos muitos benefícios sociais para os menos privilegiados, com o uso intensivo da globalização para haver possibilidade de aproveitamento das vantagens que possam estar sendo geradas em outros países.



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