Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Grandes Empresas Mundiais e os Riscos Climáticos

29 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Mais de 100 grandes empresas no mundo, responsáveis por um capital de mais de US$ 3,3 trilhões e ativos financeiros que superam US$ 24 trilhões, manifestam-se a favor de maior divulgação dos riscos climáticos.

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Alguns dos empresários cujas empresas fazem parte do Financial Stability Board, presidido por Michael Bloomberg

Eles desejam expressar suas preocupações sobre as necessidades de estabelecimento de metas específicas, visando a redução das poluições que provocam o aquecimento global, antes da próxima reunião do G-20, em julho próximo. Isto é de fundamental importância porque o governo de Donald Trump não apoia as decisões tomadas por todos os países em Paris. Fazem parte da força tarefa para esta finalidade executivos importantes como do J.P.Morgan Chase, BHP Billiton, entre outras gigantescas empresas. O Board é presidido pelo ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, que tem importância na comunicação social no mundo pela a organização que possui um dos sites mais utilizados por todos os empresários.

Eles lançaram um conjunto de diretrizes que voluntariamente possam ser adotadas pelas empresas, para maior impacto sobre as medidas indispensáveis para reduzir as mudanças climáticas. Desejam que as grandes empresas estejam comprometidas com metas específicas bem como as formas de medida das mesmas, tornando-se uma rotina nas atuações delas.

Nem todas as empresas receberam bem as recomendações. Um relatório da IHS Markit, que inclui posições de algumas petroleiras como a BP, a Chevron e a Total, alertou que as recomendações poderiam obscurecer a compreensão e criar um falso senso de certeza em torno das implicações financeiras sobre as empresas dos riscos relacionados com o clima.

O relatório levou um ano para ser elaborado e recomenda mais divulgação pública para todas as empresas, dando ênfase ao setor de energia como um dos quatro mais envolvidos nos riscos. A Exxon Mobil enfrentou uma revolta de 62% dos seus investidores que pediram mais informações sobre como as regulamentações afetam suas atividades. Falta um consenso destas empresas do setor de energia sobre o assunto, pois algumas são a favor de maior divulgação dos seus riscos.

Ainda que seja difícil chegar-se a pontos comuns, mesmo a aceitação destas posições por muitas empresas deste porte já é um avanço significativo. Espera-se que, diplomaticamente, chegue-se a um razoável consenso, mesmo sabendo que muitas delas não desejam se confrontar com as autoridades como as dos Estados Unidos.



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