Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Preocupações Com os Gastos Exagerados Com a Saúde

19 de junho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

clip_image002Para quem está acostumado a viajar pelo mundo pelas necessidades profissionais acaba se assustando com a quantidade de farmácias e drogarias no Brasil. Também as multiplicações de instituições que fazem exames médicos, como o de sangue ou urinas, além de imagens, como tomografia e ressonância, salta aos olhos.

Poucas cidades no mundo contam com tantas drogarias como São Paulo

A imprensa vem mencionando estas distorções que resultam de algumas causas merecedoras de atenção. Ainda que muitos medicamentos sejam recomendados, nem sempre se faz uma atualização para verificar quais não estão mais contribuindo para a melhora da saúde, inclusive sobrecarregando alguns órgãos com o excesso de medicações discutíveis. Todos os remédios provocam também efeitos colaterais, notadamente sobre os órgãos que têm a função de eliminar muitos componentes utilizados em excesso.

Está se chamando a atenção até para a simples aspirina que causa sangramentos evitáveis, chegando a provocar até mortes, como mencionado um artigo distribuído pela agência Reuters com estudos científicos efetuados no Reino Unido, publicado no site da UOL.

Outro artigo publicado por Fabiana Cambrelli no Estadão chama a atenção para o número elevado de exames solicitados pelos médicos para os pacientes. Estes profissionais procuram se cercar de dados para evitar eventuais acusações de erros médicos e preferem errar pelo excesso à eventual insuficiência. Comparando com os dados da OCDE, formada por países desenvolvidos, chega-se à conclusão de que cerca de 149 procedimentos por mil habitantes são realizados no Brasil contra somente 52 naqueles países.

Os que trabalharam em instituições da natureza percebem que cerca de um terço dos exames efetuados não é procurado pelos pacientes quando seus resultados estão prontos. A reclamação dos planos de saúde, que arcam com estas despesas, acabam tendo algumas razões e seus custos voltam para o conjunto dos pacientes.

Também é notório que algumas intervenções cirúrgicas são efetuadas sem a sua necessidade, como no caso dos partos cesarianos, para atender as conveniências das pacientes, dos médicos e melhor perfomance econômico-financeira dos hospitais.

Há que se fazer uma campanha sobre as possibilidades de redução destes procedimentos todos, pois com o envelhecimento da população brasileira os custos dos tratamentos médicos estão se elevando, não havendo como atender adequadamente a todos.



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