Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Exagerada Queda da Inflação Brasileira

11 de julho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Se existem metas inflacionárias, tanto os desvios para acima delas como para baixo devem ser cobradas dos responsáveis pela política econômica, pois podem estar sendo custeados por alguns setores da economia brasileira que são seus meros pacientes.

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Gráficos constante do artigo no Valor Econômico que vale a pena ser lido na íntegra

Um artigo publicado por Sergio Lanucci no Valor Econômico informa que alguns representantes do mercado estão estimando que até o final de 2017 a inflação brasileira pode estar em torno de 3 a 3,5%, quando a meta era de 4,5%. Isto seria devido principalmente pela demanda mais baixa na economia, bem como a redução dos preços dos alimentos.

Isto significa que está havendo um desemprego acima do esperado proporcionando uma renda mais baixa, ao mesmo tempo em que os consumidores cautelosos estão procurando poupar do que comprar diante das elevadas incertezas políticas e que os políticos não conseguem reduzir. Ao mesmo tempo, os custos dos alimentos estariam contribuindo, com o sacrifício a que estão submetidos os agricultores, diante da política cambial praticada, que não permite uma renda conveniente com suas exportações, fazendo com que os preços para o mercado interno mantenham-se contidos de forma exagerada.

É preciso entender que não existe uma solução adequada para a economia brasileira se não houver uma recuperação mais rápida, o que pode ser obtida com o aumento da exportação, que ajuda a criar emprego no Brasil proporcionando condições para a elevação da renda interna que ajuda a recuperar a demanda. A agricultura brasileira veio sustentando parte importante da economia, estimulando a agroindústria e os serviços relacionados com o escoamento da sua produção, além proporcionar receitas tributárias para o governo. Na atual situação, não fica com condições para que nas próximas safras suas contribuições continuem com o aumento de sua produtividade, que também ajuda na redução da inflação.

O Banco Central e as autoridades econômicas devem ser cobrados fortemente pelos seus exageros na manutenção dos juros reais elevados, que provocaram estas distorções, como quando a inflação fica acima da meta. Eles alegam que temiam que as metas fiscais não fossem cumpridas, o que também são responsabilidades das autoridades econômicas, que continuam ampliando os gastos na tentativa de se manter no poder, com um escandaloso balcão de negócios pelos quais merecem ser desalojados de seus atuais cargos.

Mesmo que haja uma substituição no comando político do país, se as autoridades econômicas continuarem as mesmas vai dar prioridade para a assistência ao setor financeiro, que tendo efetuado aplicações sem o devido cuidado, como nos empreendimentos relacionados com o pré-sal, estão com muitos créditos incobráveis. Mantendo o câmbio valorizado, asseguram lucros fabulosos com os fluxos financeiros internacionais, para absorverem os seus prejuízos, mas submetem muitos setores da economia a situações não competitivas com os nossos concorrentes internacionais.

Alguns setores da economia brasileira alegam que há indícios de recuperação da economia brasileira, mantendo a rentabilidade do setor financeiro que é um dos responsáveis pela atual recessão e de muitos escândalos de corrupção. Com a sua capacidade de indução de notícias incorretas no mercado continuam aparecendo como heróis, o que precisa ser corrigido.



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