Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Política Externa Decadente do Ocidente

24 de julho de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

clip_image002Um alerta importante de Chris Patten, atual chanceler da Universidade de Oxford e também ex-comissário da União Europeia para assuntos externos, foi distribuído pelo Project Syndicate, mostrando o quanto perigoso podem ser as concessões morais vinculadas aos interesses econômicos.

Chris Patten, chanceler da Universidade de Oxford, alerta sobre as faltas de manifestações sobre violações dos direitos humanos no artigo distribuído pelo Project Syndicate

A opinião de Chris Patten, expressa num artigo distribuído pelo Project Syndicate, mostra que a política externa do Ocidente está decadente, apresentando riscos para o futuro da democracia quando o prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo morreu de câncer porque a China não permitiu o seu tratamento no exterior, sem que nenhuma autoridade ocidental, como os presentes na recente reunião do G20, protestasse contra Xi Jinping.

Algo parecido ocorreu na Hungria quando o ex-primeiro-ministro Viktor Orbán não foi condenado pela corrupção com as violações dos direitos humanos recebendo recursos do exterior. Também na Grécia, que se afirma como o berço da democracia, não condenou a China pela violação dos direitos humanos, pois estava interessada nos recursos da COSCO no porto de Pireu.

Na opinião do autor, quando não se resistiu à Alemanha nazista nos anos 20 a 30, acabou se permitindo a sua expansão que resultou na Segunda Guerra Mundial, com os desprezos pelos padrões e valores morais do Ocidente e da democracia, tornando o mundo instável.

Quando se observam estas lições e aplicando-se à atual situação brasileira, nota-se que as desconsiderações morais que permitem que o governo utilize recursos escassos para defesa do seu mandato, atendendo as reivindicações dos políticos que os apoiam, mesmo com o aumento das tributações que incidem mais pesadamente sobre os desfavorecidos, apresentam seus riscos.

Parece que estas tendências perdurem por longos períodos, ajudando a consolidar a precária democracia que ainda persiste no Brasil.



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