Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Indicações da Economia Mundial

7 de agosto de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Ainda que persistam muitas dificuldades políticas em todo o mundo, há indicações econômicas positivas nos Estados Unidos e em diversos países da Europa, ao mesmo tempo em que existem sinais preocupantes na China.

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Mapa do mundo, segundo o IBGE

Das economias relevantes no atual mundo globalizado, as informações de diversas procedências informam que os Estados Unidos, apesar do governo Donald Trump que causa problemas políticos desnecessários, o comportamento de sua economia pode ser considerado otimista. Sua economia vem crescendo a uma taxa equivalente aos seus melhores períodos, com a redução do seu desemprego, estimulando as economias que exportam para aquele país de forma significante.

Também diversas economias europeias estão se recuperando a um nível surpreendente, ajudando a absorver os migrantes refugiados de países que enfrentam guerras como no Oriente Médio ou conflitos nas vizinhanças da Rússia, no Leste europeu, bem como africanos, mesmo com alguns problemas pontuais e com as sempre difíceis relações com estes marginalizados que recebem e merecem amplas coberturas jornalísticas.

O que começa a gerar preocupações para os próximos anos é a China que deve enfrentar uma desaceleração de sua economia devido ao seu elevado endividamento, ela que estimulou sobremodo a expansão mundial nas últimas décadas. Terá que executar as reformas que necessita para utilizar mais o seu mercado interno do que a expansão de suas exportações para alavancar a sua economia.

Neste tipo resumido de cenário mundial, muitos países da América Central e Sul, notadamente o Brasil, enfrentam dificuldades para acelerar a sua incipiente recuperação, tanto devido aos problemas políticos como pela sua incapacidade de aumentar os investimentos diante do seu elevado custeio da máquina administrativa pública.

Apesar das tentativas de ajuste dos brasileiros, o fato concreto é que os seus relacionamentos não são intensos como os desejáveis com as regiões que estão se recuperando, tendo se ampliado muito com relação à China nos últimos anos, notadamente com o fornecimento de minérios e produtos agropecuários de um lado e participação chinesa nos projetos de infraestrutura.

Sem mudanças sensíveis na sua economia, que depende exageradamente do que acontece no seu setor político, o Brasil não tem as melhores condições para tirar partido da recuperação mundial que está se esboçando. Há que aprofundar as diversas propostas de reformas que ainda aparentam serem insuficientes ou elaboradas com demasiada simplicidade, quando seus problemas aparentam serem mais profundos.

Não se trata somente de problemas dos políticos, pois todos os segmentos da população, notadamente os que deveriam estar voltados para as elaborações de alternativas técnicas, como os acadêmicos e pesquisadores, não parecem dispor de estudos mais profundos e já discutidos.

Não se pode imaginar que as dificuldades serão superadas pelo acaso, ainda que possam ser ajudadas ou dificultadas pelas irregularidades climáticas. A competição mundial está se acirrando, havendo necessidade de aumento das eficiências e dos custos, pois todos os concorrentes do Brasil estão efetuando muitas das suas lições de casa.



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