Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Duros Lances de Xi Jinping Para as Reuniões de PCC

18 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

Este site vem informando que Xi Jinping tem praticamente o total controle do poder na China e, às vésperas da próxima reunião quinquenal da cúpula do Partido Comunista Chinês, ele aposenta dois generais, Feng Fenghui e Zhang Yang, sob a alegação de corrupção, para não continuarem como parte da Comissão Militar Central de 11 membros. Ambos são ligados às facções de Hu Jintao e Jiang Zemin, ex-presidentes da China que evidentemente estão enfraquecidos.

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O presidente Xi Jinping, ao lado dos ex-presidentes Jiang Zemin e Hu Jintao, durante um desfile militar em setembro de 2015. Foto constante no site do Nikkei Asian Review

Vão aumentando as evidências que Xi Jinping consolida o seu poder na China, primeiro com a marcação da reunião da cúpula do Partido Comunista para 18 de outubro próximo, assegurando que ele terá respaldo a tudo que está sendo proposto. O enfraquecimento das facções dos dois ex-presidentes vivos também são sinais de que ele ficará praticamente sozinho, devendo homologar um plano econômico quinquenal que reduz a meta de crescimento daquele país para cerca de 6% ao ano. Um novo mandato para ele é quase certo, não havendo nenhuma outra força na China que possa contrariar o seu intento. Também o combate à corrupção continuará ativo sob o comando de Wang Qishan, diretamente ligado à Xi Jinping, que sai fortalecido neste episódio. Ele estava sendo acusado de irregularidades por bilionários chineses que tiveram que solicitar asilo político nos Estados Unidos.

Tudo isto está relatado com detalhes no artigo de Katsuji Nakazawa, publicado no Nikkei Asian Review, que acompanha com cuidado tudo que está acontecendo na China. Os líderes e anciãos da China costumam se reunir no balneário de Beidaine, na província de Hebei para acertarem todos os detalhes das decisões que são tomadas, pois a reunião em Beijing costuma ser meramente homologatória.

É evidente que pode haver algumas pequenas modificações, mas tudo indica que as linhas gerais do que deve acontecer nos próximos cinco anos na China estão dentro destas descrições. Enquanto isto, o Ocidente está bastante dividido sem que seja possível que todos os países importantes adotem uma posição única. Tudo indica que a posição da China na Ásia acabará se fortalecendo ainda mais, mesmo com a ligeira redução do seu ritmo de crescimento econômico.



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