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Inteligência Artificial Aplicada Diretamente na Agricultura

13 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 4 Comentários »

imageUm artigo elaborado por Jacob Bunge foi distribuído pela Dow Jones Newswires e publicado no The Wall Street Journal tratando da aplicação direta da inteligência artificial na produção agrícola, ela que já vinha ajudando na genética, nas pesquisas realizadas nos laboratórios.

Pesquisas para a produção de sementes de milho da Monsanto, nos Estados Unidos

O artigo informa que gigantes como a Monsanto, que produz sementes de diversos produtos, estão ingressando no uso da inteligência artificial para ajudar diretamente na produção agrícola. Como elas dependem do clima e das pragas, as informações com o uso da inteligência artificial tentam orientar os agricultores com previsões de chuvas e insolações de forma que a produção possa ocorrer da melhor forma possível.

Outras gigantes como a BASF que trabalham com pesticidas no combate às pragas, a inteligência artificial ajuda a coletar e enviar as informações como das pragas que começam a atacar as folhas das plantas, para a rápida aplicação dos inseticidas para o seu combate.

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Pesquisas da BASF com as folhas do trigo

Se as folhas como do trigo são enviadas rapidamente com a ajuda da inteligência artificial, produtores de pesticidas, como a BASF, podem identificar as pragas que estão afetando estas plantas, recomendando a pulverização com seus defensivos para minimizar os prejuízos. Também pode ser usada em outras culturas, quando as folhas começam a dar os primeiros sinais que estão sendo alvos de pragas.

A inteligência artificial com os muitos dados coletados pode identificar as pragas e recomendar os defensivos adequados para cada situação, com grande rapidez. Em casos como da soja, o início de uma praga numa das partes cultivadas podem ser totalmente dizimadas sem não contarem com pulverizações aéreas que necessitam ser aplicadas com a máxima urgência. Outras informações como sobre o clima, as chuvas, umidades e insolações podem ajudar a obter boas produções ou minimizar os prejuízos com as irregularidades.

Quando estas produções ocorrem em ambientes controlados como o vinil house há como se regular o que é mais conveniente para as plantas e suas produtividades, o que pode ser totalmente robotizado diante dos aumentos dos custos dos recursos humanos. O número elevado de variáveis que estão sendo envolvidos permite que os atuais computadores identifiquem os padrões dos dados existentes.

Muitos agricultores ainda são céticos com estas novas tecnologias, mas o tempo acabará mostrando suas conveniências nas suas relações custo/benefício. Também em outros setores, como análise dos solos ou utilização de custosos equipamentos agrícolas, estão começando a utilizar a inteligência artificial. A produtora de equipamentos Deere adquiriu a Blue River Technology para o uso dos robôs no campo. E a Novozymes holandesa está usando micróbios que ajudam as plantas a crescer mais rapidamente e afastar as pragas.

A inteligência artificial está permitindo identificar algumas pragas pelas fotografias recomendando os seus combates, usando computadores de grande capacidade. Mas, mesmo com todos estes instrumentos, há necessidade dos seres humanos no campo para conferir as recomendações feitas pelas máquinas. Tudo indica que a velocidade destes aperfeiçoamentos será muito rápida.


4 Comentários para “Inteligência Artificial Aplicada Diretamente na Agricultura”

  1. Carlos Abreu
    1  escreveu às 13:35 em 14 de setembro de 2017:

    Sr. Paulo, acredito que o termo ‘inteligência artificial’ não seja o mais correto, pois a utilização de monitoramento remoto, ações preventivas com base em sensores e programas de diagnóstico não fazem parte do universo muito particular do campo de estudos que aborda a ‘inteligência artificial’, que pretende simular/criar processos de raciocínio (independente) semelhante ao humano. Um abraço.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 21:19 em 14 de setembro de 2017:

    Caro Carlos Abreu,

    Na realidade o que vem sendo feito é a utilização de um grande volume de informações, que apresentam algumas regularidades e relacionamentos, que sem a ajuda de poderosos computadores não seriam possíveis de serem detectados. A expressão inteligência artificial vem sendo utilizado, na minha opinião, de forma muito ampla em diversos setores do conhecimento humano que sem a ajudas destes computadores não seriam possíveis de serem aproveitados.

    Paulo Yokota

  3. Carlos Abreu
    3  escreveu às 10:35 em 15 de setembro de 2017:

    Eu entendo a confusão Sr.Paulo. Inteligência artificial é um ramo de pesquisa específico, e nada tem a ver com Big Data ou super computadores. Meu comentário é somente por que trabalho na área e frequentemente eu leio na imprensa, pessoas que não tem conhecimento do assunto, trocarem “alhos por bugalhos”. Um abraço.

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 07:41 em 17 de setembro de 2017:

    Carlos Abreu,

    Obrigado pelo comentário.

    Paulo Yokota


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