Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Papel Secundário do Japão no Oceano Índico

4 de setembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Não resta ao Japão senão adotar uma posição realística e secundária no Oceano Índico, diante do expressivo volume dos recursos chineses aplicados nos programas relacionados com a nova Rota da Seda, com os quais os japoneses não encontram condições de competir.

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Mapa constante do artigo publicado no Nikkei Asian Review sobre os projetos nas novas Rotas da Seda

Um artigo publicado no Nikkei Asian Review informa que enquanto a China gastou um orçamento de US$ 14,4 bilhões em três anos que começou em 2010 no chamado Grand Belt and Road, o Japão dispõe no orçamento de 2017 somente de US$ 3,94 bilhões de ajuda externa para a mesma região. Não lhe resta senão admitir esta dura realidade geopolítica e adotar uma posição complementar para atender os projetos de diversos países que complemente a ação chinesa, ainda que existam resistências com relação à China.

Nos últimos anos, os japoneses ajudaram na presença de patrulhas marítimas nestes mares até as áreas costeiras da África. Os japoneses procuram evitar que os chineses sejam as únicas alternativas disponíveis. Existem pressões sobre os japoneses para que aumentem os recursos para tanto, mas eles só podem ser realistas ao que se chama colar de pérolas, diante das capacidades financeiras e tecnológicas da China, que procura cercar a Índia, que também vem negociando pragmaticamente com os chineses. Os chineses emprestam volumosos recursos para países que não possuem condições de pagar pelos mesmos.

Apesar do desejo de competir com os chineses, tanto os indianos como os japoneses procuram ser realistas. Não existe nem consenso dentro do Japão para estas ajudas aos países da região e internamente existem pressões para que elas tenham maior eficiência, mas seus montantes possuem limitações.



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