Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Assustadora Capacidade Chinesa de Construção de Ilhas

6 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002É assustador quando autoridades japonesas e norte-americanas ficam discutindo medidas gerais para a Ásia enquanto a China avança na sua capacidade de construção pesada construindo ilhas no Mar da China para instalar aeroportos militares.

Aeroporto chinês construído no Mar Sul da China, quando aquele país anuncia um novo navio Tiankun capaz de dragar 6 mil metros cúbicos por hora

Enquanto Donald Trump efetua a sua visita à Ásia, jogando golfe com Shinzo Abe, tentando articular uma estratégia comum de aliados para a região, os chineses de forma objetiva e prática vão construindo muitas ilhas no Mar Sul da China de forma crescente para instalar aeroportos que podem operar com aviões militares. Para tanto, anunciaram na última sexta-feira, 3 de novembro, a produção do navio draga chamado Tiankun, com 17 mil toneladas métricas, 140 metros de comprimento e capaz de dragar mais de 6 mil metros cúbicos de areia e argila por hora a partir de 35 metros de profundidade do mar, para acelerar a produção mágica de ilhas. Os chineses já instalaram estas ilhas no Mar Sul da China e continuam acelerados neste processo, até para a instalação de aeroportos que podem ser utilizados militarmente, com a desculpa que estão tratando da segurança de suas rotas marítimas.

Quando os Estados Unidos e o Japão, com seus aliados na região, como a Austrália, a Índia e o Vietnã, começarem a tomar medidas concretas, até para neutralizar os riscos nucleares da Coreia do Norte, os chineses já terão ocupado tudo que eles entendem como estratégicos na região.

Como nos problemas das irregularidades climáticas que afetam as regiões asiáticas, quando os Estados Unidos deixarem suas posições de resistência para engajamento de medidas agressivas para os seus combates, os chineses, que são na realidade o contraponto dialético destas amplas alianças, já terão ocupado todos os pontos considerados estratégicos. Se os japoneses continuarem nesta política dependendo do governo de Donald Trump terão perdido tempo precioso.

Enquanto os chineses aperfeiçoavam a sua construção pesada para implantar rapidamente seus gigantescos projetos de infraestrutura e os de modernização rápida de suas metrópoles, ainda que pudessem fornecer estas tecnologias para outros países envolvidos no chamado novo Silk Road, suas implicações militares eram menores.

O artigo de Josse Johnson publicado no The Japan Times informa que a China construiu, desde 2006, 200 navios de dragagens pesadas com óbvios objetivos militares, como reconhece o chefe do Comando do Pacífico dos Estados Unidos, Harry Harris. Fei Long, vice-designer chefe da Marine Design and Research Institute da China, afirma que o desenvolvimento do Tiankun tornou os chineses um dos líderes do setor de engenharia marítima no mundo, o que ninguém pode duvidar.



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