Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Significativas Mudanças Empresariais no Japão

13 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Um artigo de Kaoru Kubono, publicado no Japan Today, mostra sensíveis mudanças nas atitudes empresariais dos japoneses, quando o caminhão elétrico Mitsubishi Fuso, da Daimler, é produzido em conjunto com empresas de diversos países neste mundo globalizado para ser colocado no mercado do Japão. Os japoneses, que tinham dificuldades para se entender com empresas de outros países, juntam seus esforços para colocar comercialmente o primeiro caminhão elétrico no mercado global.

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O Mitsubishi Fuso, da Daimler, desenvolvido pela eCanter, é o primeiro caminhão que será colocado em escala, começando no mercado japonês

Pretende-se colocar 100 mil destes caminhões elétricos por ano no mercado global usando a bateria de íon de lítio, que a eCanter desenvolveu em conjunto com a Mercedes Benz, a marca de luxo do grupo Daimler, que teria autonomia para 100 quilômetros. Serão colocados inicialmente 25 unidades nas cadeias de lojas de conveniência da Seven Eleven e da entregadora de encomendas Yamato, do Japão. Ambas as empresas entendem que são veículos convenientes para o atendimento do abastecimento de suas redes, sem provocar nenhuma poluição.

Neste ano de 2017, espera-se produzir 150 unidades deste caminhão no Japão e em Portugal, com produções crescentes a partir de 2018. Além de não provocar poluição, estes veículos estão menos sujeitos a vibrações, afetando menos os motoristas, em comparação com os movidos a diesel. Espera-se a redução do custo de mil euros por 10 mil quilômetros, atendendo, no caso da Seven Eleven, 10 lojas.

Estes veículos são pequenos e seu peso total é de 7.490 quilos, sendo conveniente para o mercado japonês que conta com ruas estreitas. Os componentes são fornecidos por empresas europeias, sul-coreanas e norte-americanas. No futuro, espera-se contar com caminhões de maior porte.

Havia uma esperança que as empresas japonesas se tornassem competitivas, associando-se a fornecedores e fabricantes de diversas origens, como já se faz no caso dos aviões da Embraer, mas havia dificuldades culturais. Parece que este exemplo inaugura a possibilidade de diversas empresas de porte de diversos países passarem a atuar em conjunto, buscando inovações para as necessidades futuras, principalmente de sustentabilidade.



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