Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Trump foi até Razoável no seu Comportamento na China

10 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image001Muitas das espalhafatosas declarações polêmicas de Donald Trump geravam preocupações sobre o seu comportamento na China. No entanto, uma revista respeitável como The Economist constata que, apesar da redução da importância relativa dos Estados Unidos no mundo e dos parcos resultados obtidos, acabou sendo realista a ponto de atender aqueles que o apoiam no seu país como no exterior.

Capa do último número do The Economist, com matérias sobre a visita de Donald Trump à Ásia

A importante revista internacional The Economist reconhece que o presidente norte-americano Donald Trump, apesar da redução da sua importância dos Estados Unidos no mundo, não cometeu nenhuma barbaridade na China, limitando-se ao que era possível diante de um Xi Jinping que teve recentemente a confirmação da sua concentração de seu poder no seu país, o que tem grande consequência no mundo, notadamente na Ásia. Isto agrada a poucos, mas é o que é possível no momento.

A revista registra que sua política externa foi menos horrível do que se esperava, quando retirou o apoio do seu país ao Acordo de Paris, cancelou a TPP – TransPacific Partnership e o NAFTA, não desistiu da OTAN que afeta os europeus, não iniciou no último ano nenhuma guerra nova. Ficou nos discursos. Certamente, não será um Ronald Reagan, mas não agravou o relacionamento com a Coreia do Norte, solicitando o apoio diplomático da China.

Pode-se dizer que ele foi até modesto no que se refere aos problemas do comércio internacional, agradando muitos nos Estados Unidos e na Europa que pensam de forma semelhante com ele. O que preocupa é a participação dos seus familiares na Arábia Saudita, que terá efeitos por todo o Oriente Médio.

A revista The Economist chega a admitir que Donald Trump fica somente no discurso contundente, mas tem a plena consciência das possibilidades atuais dos Estados Unidos, que são limitadas. Nas conversas secretas, ele se comporta de forma até razoável, admitindo a necessidade de uma forte acomodação com a China.

É como no caso de Michel Temer, que agrada a poucos, mas é preciso admitir suas limitações neste governo de transição, dependendo de um Legislativo, Judiciário e um País que não parecem dispostos aos sacrifícios que o momento exige. Seus discursos e auxiliares são horríveis, mas ninguém mais capaz se engajaria num governo que já é um “lume duck”.



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