Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

China Acelera Produção de Veículos Elétricos

20 de dezembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , , | 1 Comentário »

Um artigo de Naoki Ogawa publicado no Yomiuri Shimbun informa que já em 2016 os chineses produziram 28 milhões de veículos elétricos, totalizando mais que a soma dos Estados Unidos, Japão e Alemanha.

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Gráfico publicado no Yomiuri Shimbun, referindo-se à produção de 2016 de veículos elétricos pelos principais paises

Considerando que países como a França e a Grã-Bretanha anunciaram a disposição para acabar com a produção de veículos a gasolina pelas poluições que provocam, os chineses aceleram a produção de veículos elétricos, que já em 2016 superava a da soma dos Estados Unidos, Japão e Alemanha. O governo de Xi Jinping, com o respaldo do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista, está determinado a acelerar a produção destes veículos não poluentes.

Para tanto, estimula a mudanças de empresas automobilísticas com tecnologias japonesas, norte-americanas e europeias, visando consolidar-se como a líder mundial de veículos vendidos deste tipo. Também autopeças de outras montadoras que possuem melhores tecnologias estão sendo estimuladas a promover estas transferências.

Para tanto, as regulamentações chinesas estão sendo exigente o que vem sendo relatado pelas montadoras japonesas. Parece que isto se destina também à melhoria das tecnologias industriais em outros setores, além da redução da poluição. Também o uso do carvão poluente está sendo combatido e os aperfeiçoamentos nas baterias estão sendo executados.

Com o programa chamado Shangri-La, as montadoras chinesas procuram competir com as estrangeiras, esperando eliminar a gasolina e o diesel até 2025. As indústrias japonesas também estão sendo aperfeiçoadas na China em outros modelos.


Um comentário para “China Acelera Produção de Veículos Elétricos”

  1. Daniel Girald
    1  escreveu às 00:34 em 21 de dezembro de 2017:

    Substituir a gasolina e o óleo diesel convencional não seria uma grande dificuldade, principalmente considerando a possibilidade de explorar o etanol e o biodiesel que podem ser produzidos a partir de sobras da produção agropecuária, e ainda o biogás/biometano que pode ser produzido a partir de dejetos pecuários e integrado à produção de fertilizante agrícola.

    Quanto aos veículos elétricos, eu até não deposito tanta esperança neles, até porque a geração e a transmissão de energia elétrica estão longe de ser tão simples quanto possam parecer à primeira vista. E ainda tem a autonomia muito restrita e a demora para recarregar as baterias, que tornam um híbrido eventualmente mais adequado à maioria dos consumidores. Diga-se de passagem, recentemente eu vi um Volvo XC90 híbrido plug-in rodando por Porto Alegre, e convém lembrar que a divisão automotiva da Volvo atualmente pertence justamente à Geely chinesa. Se nós levarmos em conta que o XC90 é do tamanho duma D-20, e o motor elétrico usado para tracionar o eixo traseiro na versão híbrida já dá conta de movimentar esse modelo tanto na cidade quanto em velocidades compatíveis com o tráfego rodoviário (embora pela capacidade da bancada de baterias não possa rodar mais de 64km só no modo elétrico puro), a Geely pode até tentar uma estratégia similar à da Nissan e usar um único conjunto motopropulsor elétrico para toda a linha, de modo a ganhar na economia de escala.


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