Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Esperanças na Ativação do Comércio Internacional

11 de dezembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

O mundo necessita estabelecer alguns contrapontos para as absurdas ideias do presidente dos Estados Unidos Donald Trump visando posições que enfatizam ideias nacionalistas e populistas que resultam na redução da globalização que vinha estimulando o crescimento da economia mundial. A Comunidade Europeia e o Japão anunciam os avanços dos entendimentos visando o incremento das relações da Europa como os japoneses, mesmo com todas as dificuldades que ainda existem. Esperam que estes exemplos acabem estimulando outros países como da Comunidade Europeia com o Mercosul.

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Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, com os presidentes do European Council, Donald Tusk, e European Comission, Jean Claude Juncker, anunciando o avanço dos entendimentos para o EPA entre a Europa e o Japão.

Estes entendimentos amplos são demorados, pois é indispensável que existam acertos de todos os setores econômicos envolvidos, bem como as compensações obtidas por outros setores, havendo necessidade de tempo para os seus ajustamentos ocorrerem. Também envolvem outras condições, como as possibilidades de investimentos e usos de tecnologias que serão feitos reciprocamente. Mas, até agora, os avanços estão sendo obtidos, esperando-se que estejam concluídos em amplas áreas para serem executados a partir de 2019. Muitos dos problemas acabam sendo resolvidos na prática destes intercâmbios.

Esta etapa dos entendimentos foi encerrada na semana passada envolvendo as diretrizes gerais e espera-se que nos próximos meses os entendimentos mais detalhados por setores tenham avanços. Espera-se que também outros países acabem imitando o que está acontecendo e espera-se que o Brasil, logo após os entendimentos do Mercosul com a Comunidade Europeia, entre num processo de avanço, mesmo não sendo fácil. Também não interessa aos países latino-americanos permanecerem como meros fornecedores de matérias primas-minerais e agropecuárias, avançando para produtos industrializados.

Com o tempo, espera-se que também os norte-americanos acabem adotando posições mais sensatas, pois eles são ainda muito importantes no mundo e não interessa a ninguém que fiquem isolados. Os chineses também estão acelerando entendimentos para forçar os Estados Unidos a mudarem de posição, ainda que modestamente.

Alguns produtos não possuem grande importância econômica, mas acabam sendo simbólicos, como no caso dos queijos e vinhos europeus, notadamente franceses. De qualquer forma, o importante é que o maior percentual possível das exportações e importações acabe sendo envolvido. O Japão, que já teve posições difíceis em produtos como o arroz, hoje, diante do envelhecimento da população que cuida de sua produção interna, com tecnologias específicas, acabou reduzindo a sua importância, como na maior parte dos produtos agrícolas que se tornaram especiais.

Também se espera que alguns organismos, como a OMC – Organização Mundial de Comércio, se tornem mais operacionais e práticas, para que as pendências que sempre existem sejam resolvidas rapidamente.



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