Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mundo Está Dando Um Tiro no Pé na Questão Ecológica

20 de dezembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

clip_image002Um quadro lamentavelmente realista do The Economist informa que, apesar dos esforços de alguns, não se caminha no sentido da limitação do aquecimento global ao limite de 2% que estava sendo perseguido pelo Acordo de Paris.

Ilustração do artigo constante do site do The Economist sugerindo que os esforços que continuam sendo tentados não provocam engajamentos significativos em nível nacional dos países relevantes, como os Estados Unidos

Se todos os países já estão sofrendo com as irregularidades climáticas que provocam graves problemas em muitas partes do mundo, com a falta da possibilidade de avanços significativos com a desistência do atual governo americano de Donald Trump, parece realístico admitir que vamos continuar a enfrentar problemas crescentes decorrentes do aquecimento global. Mesmo o Brasil está aumentando a exploração de combustíveis poluentes, como os do pré-sal, que devem continuar aumentando a sua produção nas próximas décadas, ao lado da continuidade do desmatamento da Amazônia estimulando grileiros e garimpos ilegais. Algo semelhante também ocorre nos principais países poluentes do mundo como os Estados Unidos e até a China que aparentava estar tentando ocupar o espaço de liderança no mundo neste aspecto. Um ponto crucial, que é o estabelecimento de um Fundo de recursos para os países emergentes como o Brasil que se comprometerem com programas para a redução da poluição, não parece contar com os recursos indispensáveis para tanto vindo dos países desenvolvidos.

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Gráfico constante do artigo no site do The Economist, que era otimista e está se revelando que está se agravando

Mesmo que existam alguns esforços privados e de grupos mais conscientes, não parecem suficientes para provocar um engajamento nacional de países relevantes, a ponto de determinar um ponto de inflexão para a tendência atual no mundo. Com isto, mesmo os países que terão muitas áreas ao nível dos oceanos continuarão a enfrentar inundações que tendem a aumentar com o tempo, incluindo os Estados Unidos. Além dos desastrosos incêndios que estão causando apreciáveis prejuízos na Califórnia como na Europa, mesmo com o atual elevado nível de aquecimento.

Emmanuel Macro se esforça na França para salvar as aparências, o Banco Mundial evita financiar projetos poluentes como de petróleo e gás, a Comunidade Europeia como a Fundação Bill e Melinda Gates aumentam suas contribuições, mas tudo ainda acaba sendo modesto sem o engajamento nacional de países importantes, que aproveitam a desculpa dos Estados Unidos para não se comprometerem com ajudas importantes. Era necessário baixar o aquecimento abaixo do atual 2%, que nem está sendo cumprido.

As perspectivas são preocupantes, pois a França, atualmente encarregada na Europa de cuidar do problema, deve-se passar para a Polônia esta posição, ela que não está engajada, além de não contar com recursos e importância diplomática para influenciar os outros países deste continente.

O que se pode esperar é que o agravamento drástico da atual situação acabe obrigando o mundo a decidir por objetivos mais ousados. Os seres humanos são dotados do instinto de sobrevivência e na medida em que esteja em risco mortes expressivas acabe mudando de orientação, mas espera-se que haja um mínimo de racionalidade para não se chegar a este extremo.



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