Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Complexidade no Combate à Aedes Aegypti

8 de janeiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

imageUm artigo publicado por Reinaldo Jose Lopes e publicado na Folha de S.Paulo informa sobre as pesquisas efetuadas pela empresa de biotecnologia Oxitec que estão sendo realizadas em Juiz de Fora e Piracicaba e até agora se mostram promissores na redução dos aedes aegypti.

Dr. Michael Callahan, da escola de Medica de Harvard, executivo chefe da Fundação Zika

Um combate eficiente ao mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika, febre amarela e chikungunya no Brasil, é muito complicado, pois necessita de eficiência de forma global, havendo possibilidade da chegada de outras variedades de vírus africanos e asiáticos no futuro.

As pesquisas que estão sendo testadas em Juiz de Fora e Piracicaba, ainda que promissoras por hora, visam acasalar mosquitos geneticamente modificados com fêmeas selvagens, fazendo que os filhotes sejam inviáveis, não atingindo a idade adulta.

O infectologista Michael Callahan foi observar as pesquisas que estão sendo efetuadas, pois está um pouco pessimista com outras técnicas, como a vacinação e as medicações que estão sendo ministradas, que não resolveriam o problema de forma global. Também entende que os combates com as pulverizações de inseticidas podem dar efeitos negativos na medida em que afetam as libélulas e outros insetos predadores dos mosquitos. As vacinas poderiam provocar uma imunidade cruzada que poderia ser pouco eficaz para outras moléstias semelhantes. Os medicamentos poderiam combater as formas mais comuns, mas não atingiriam as variantes patogênicas.

Os especialistas nestes problemas precisam ser cautelosos, pois as mudanças que continuam se processando são muitas, como a que costuma acontecer na biologia como um todo. Também os vírus tendem a evoluir, tornando-se mais resistentes ao seu combate. A forma mais eficaz parece ser a redução da população dos mosquitos de forma permanente para que a possibilidade das transmissões dos vírus para os humanos tenha uma probabilidade mais baixa.

O problema parece ser muito mais complexo que aparenta, havendo necessidade de muitos recursos nas pesquisas, pois o problema se tornou universal, não se restringindo somente ao Brasil.



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