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Importância da Educação Pública

15 de janeiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Quando o governo federal procura se sustentar no poder com o sacrifício de setores fundamentais do Brasil, como a educação, a pesquisa, a saúde e a segurança pública, acaba-se duvidando dos esforços que realmente são feitos para a recuperação do país, mesmo que se tente manter um clima otimista que ajudaria a todos.

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Em 14 Estados, as instituições federais têm as melhores notas no ENEM, segundo o mapa publicado no artigo na Folha de S.Paulo que merece ser lido na íntegra

Um artigo elaborado por Paulo Saldaña e Fábio Takahashi foi publicado na Folha de S.Paulo, mostrando que em 14 Estados as instituições federais de ensino conseguiram no ENEM os melhores resultados, relevando a importância do ensino público que está tendo seus recursos cortados para procurar manter a base parlamentar do governo. Não parece razoável que tudo tenha que ser sacrificado para manter um governo que está no seu final, diante das eleições que devem ocorrer ainda neste ano.

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Tabelas publicadas no artigo da Folha de S.Paulo, que deve ser lido na sua íntegra.

O ensino público continua sendo extremamente relevante principalmente nos Estados menos desenvolvidos do Brasil, sendo um instrumento de extrema importância para promover a possibilidade de ascensão social da população que dispõe de recursos humanos promissores. A educação particular só tem importância nos Estados mais avançados do ponto de vista econômico. O mínimo que o país deve promover parece ser as mesmas oportunidades de aproveitamento dos melhores quadros de estudantes disponíveis no Brasil, no que a educação pública acaba sendo um dos instrumentos mais importantes.

No passado, chegava-se a afirmar que a forma de aproveitamento dos recursos humanos talentosos das regiões menos desenvolvidas seriam as carreiras militares, do Banco do Brasil e as da Igreja. Hoje, é a educação que permite que os melhores tenham esta ascensão e não as habilidades que seriam políticas, muitas vezes mal empregadas. Muitas das famílias tradicionais continuam mantendo para os seus jovens carreiras que já eram dos seus mais idosos, perpetuando a manutenção do poder por gerações, salvo raras exceções.

Trabalhos como os que foram divulgados por este artigo mostram caminhos que podem alterar de forma substancial a tendência que vem se consolidando por muito tempo, que não indicam soluções promissoras. Mesmo as diversas reformas cogitadas verbalmente só podem conter mudanças significativas se preparações profundas de longo prazo forem providenciadas imediatamente. Não será com improvisos que avanços serão obtidos, na nossa modesta opinião, já que já conhecemos os avós dos atuais políticos, no mínimo.



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