Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Turbulências Normais das Economias de Mercado

8 de fevereiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

clip_image002Artigos constantes da revista The Economist do próximo fim de semana analisam as turbulências que se registraram nos Estados Unidos e se espalharam pelo mundo. Sempre existem os que desejam atribuí-las à falta de experiência da equipe do presidente Donald Trump, mostrando que a radicalização política vem ocorrendo em muitas partes do mundo.

Capa do novo número da revista The Economist

A elevada volatilidade da economia é da natureza das economias capitalistas e não dependem somente das tendências de elevação dos juros pelo FED – o Banco Central norte-americano que passa a ser comandado por Jerome Powell que não tem grande tradição na política monetária, até mesmo porque estava prevista desde quando Janet Yellen estava naquele posto. A nova política fiscal provocou uma substancial redução dos impostos de renda que passaram dos 35% para 21%, beneficiando principalmente as grandes empresas e o novo orçamento expansionista dos EUA foi aprovado tanto pelos republicanos como democratas. Que ajustes ocorram no mercado parece natural, ainda que a tendência nas principais economias do mundo é de um crescimento moderado nos próximos anos, o que ocorre na Alemanha e no Japão, com a Índia e a China acima da média mundial. O que vem ocorrendo é que muitos que investiam em outros países estão voltando para os Estados Unidos, para se beneficiarem dos impostos mais baixos.

É evidente que a easing monetary policy não deverá continuar até porque acaba também provocando distorções como se observam nas moedas virtuais, como o Bitcoin, onde evidentemente está havendo uma especulação daqueles que são mais ousados em tomarem elevados riscos. Também tendem a provocar algumas bolhas no setor imobiliário em algumas partes do mundo.

Em todo este cenário, a revista The Economist está recomendando uma política fiscal menos ousada, que num prazo mais longo pode resultar em alguma inflação. Mas parece preciso que se considere que a recuperação mundial ainda é modesta, acima de patamares que já foram alcançadas por outras economias. No caso brasileiro, ainda estamos muito longe dos níveis passados, até porque ainda existem muitas incertezas políticas e boas oportunidades de investimentos em outras partes do mundo.



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