Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

China Procura Evitar a Guerra Comercial com EUA

11 de abril de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: , , ,

Xi Jinping está mostrando de forma explícita que deseja reduzir as tensões com os Estados Unidos procurando um comércio equilibrado, aumentando as importações de produtos norte-americanos. Evita declarações bombásticas como as feitas por Donald Trump.

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Xi Jinping falando no Fórum de Boao oferece aumentar as importações de produtos norte-americanos para evitar a guerra comercial

Contrastando com as declarações populistas de Donald Trump, Xi Jinping promete abrir o mercado chinês para importar mais produtos norte-americanos, inclusive automóveis, visando um equilíbrio no volume de comércio bilateral. Ainda assim, muitos analistas dos Estados Unidos, como os ouvidos pelo The Washington Post no artigo elaborado por Simon Denyer, sabem que não são competitivos havendo necessidade de se preparar para aproveitar as novas oportunidades que estão sendo abertas. Salvo no caso como da soja, que é uma necessidade chinesa para aumentar a produção de proteínas animais para atender a sua população.

No entanto, o mercado internacional dá sinais que os riscos da lamentável guerra comercial ficam reduzidos, fazendo com que as principais cotações voltem ao crescimento que já vinha se observando, esperando que nos próximos anos o desenvolvimento da economia mundial volte a se observar. Os pontos críticos como a importação de automóveis dos Estados Unidos podem ocorrer na China, mas é preciso produzir os que são adequados para o mercado chinês, que ainda prefere os de dimensões médias e de elevada eficiência. Também as tarifas de importação de veículos dos chineses ainda são de 25%, enquanto os dos norte-americanos estão em 2,5%.

Com este discurso, Xi Jinping também ganha parte da opinião pública mundial, principalmente dos países asiáticos que estavam neste fórum. Eles estavam preocupados com a guerra comercial que pode prejudicar a todos. Mas os norte-americanos desejam mais, pois seus empresários não estão tão preparados para conseguir um aumento expressivo de suas exportações para a China, ainda que existam alguns mais otimistas.

Também os Estados Unidos evitam exportar produtos estratégicos para o desenvolvimento chinês que já se prepara para ultrapassar nas próximas décadas a liderança mundial. O fato concreto é que existe uma espécie de Guerra Fria entre as duas potências.

De qualquer forma, os entendimentos que estão sendo feitos nos bastidores encontram melhores possibilidades com discursos construtivos, ainda que difíceis de serem implementados, do que manifestações ruidosas que assustam a todos.



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