Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Perspectiva na Questão dos Lixos Plásticos

19 de abril de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Ecologia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Os artigos publicados por Mary Halton no BBC e Bard Wilkinson no CNN referem-se às pesquisas efetuadas na University of Portsmouth da Grã-Bretanha e pelo Departamento de Energia do National Renewable Energy Laboratory (NREL) dos Estados Unidos, relacionados com as possibilidades de redução dos plásticos que estão comprometendo o meio ambiente no mundo todo com o uso de enzimas naturais.

Plásticos precisam de centenas de anos para ser absorvido pelo meio ambiente

Os pesquisadores informam que foi descoberta no Japão, em 2016, uma enzima natural denominada Ideonella sakaiensis 201-F6 capaz de “comer” o tereflalado de polietileno, o PET, que é usado hoje em milhões de toneladas de garrafas plásticas. Segundo o principal pesquisador do NREL, Greg Beckham, eles esperavam determinar a sua estrutura, mas acidentalmente projetaram uma enzima que era melhor em quebrar plástico PET. A descoberta pode resultar em uma solução para facilitar a reciclagem.

A enzima pode também degradar o furandicarboxilato de polietileno, ou PEF, um substituto de base biológica para plástico PET, que está sendo saudado como alternativa para garrafas de cerveja de vidro. O plástico PEF, apesar de biobaseado, não é biodegradável e acaba como resíduo em aterros sanitários e nos mares.

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O Great Pacific Garbage Patch cresce mais rapidamente que o previsto e já é maior que três vezes o tamanho da França

Os pesquisadores publicaram sobre a descoberta no Proceedings of the National Academy of Science e estão trabalhando para melhorar a enzima, permitindo que ela seja usada industrialmente para quebrar plásticos em uma fração de segundos. Segundo um estudo de três anos publicado no Scientific Reports no mês passado, a enorme pilha de lixo no oceano Pacífico, conhecida como Great Pacific Garbage Patch, está crescendo mais que o esperado e agora já é três vezes o tamanho da França e o dobro do Estado de Texas. Com as atuais descobertas, vislumbra-se uma solução para o grave problema que afeta toda a humanidade, mas ainda é preciso muito trabalho para resolver o problema.



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