Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Soja Minimiza Dificuldades do Setor Rural Brasileiro

16 de maio de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Os preços atuais do mercado internacional da soja estão ajudando este segmento rural da economia brasileira, pois os demais setores apresentaram neste 2017/2018 um ligeiro decréscimo, ao mesmo tempo em que o câmbio está auxiliando na remuneração dos agricultores.

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Gráficos publicados no artigo do Valor Econômico que deve ser lido na íntegra

Apesar do otimismo que as autoridades brasileiras desejam dar sobre a recuperação da economia brasileira, o setor que continua dando sua contribuição é o rural. O câmbio valorizado não estava ajudando na remuneração adequada dos produtores rurais, mas a atual desvalorização ao lado da quebra da produção argentina por problemas de seca, auxiliada pelos atritos comerciais entre a China e os Estados Unidos, está ajudando agora na melhoria da remuneração dos produtores de soja, inclusive seus derivados como o farelo e o óleo.

Ainda que o câmbio, mantido bastante desvalorizado ao longo do ano passado, principalmente, tenha provocado uma inflação mais baixa para os consumidores, os produtores rurais não tiveram uma remuneração adequada até a recente desvalorização do câmbio, que dependeu mais dos fluxos financeiros e das possibilidades de elevação dos juros nos Estados Unidos do que se sucedeu no comércio internacional.

Lamentavelmente, esta recuperação dos preços das commodities agrícolas no mercado mundial não é uma tendência que pode se manter de forma estável nos próximos anos. Vai depender de como se comportará o relacionamento comercial da China com os Estados Unidos, que decorre muito do voluntarioso presidente Donald Trump.

Como o preço do petróleo também está relativamente elevado, haverá algumas pressões inflacionárias, inclusive para o Brasil, cuja economia não está com uma recuperação muito brilhante, dependendo fortemente das tendências eleitorais. A possibilidade do próximo governo brasileiro ser liderado por um radical assusta o mercado, que tende a se proteger mantendo muitos ativos nos Estados Unidos, mesmo que o seu presidente também seja instável.



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