Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Contrastes de Avanços e Retrocessos na Saúde

22 de junho de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

Como avanços e retrocessos estão ocorrendo na medicina, é importante que revistas, como The Economist, venham dedicando diversos artigos para ressaltar alguns dos aspectos que consideram mais relevantes. Os avanços com o uso, principalmente da Inteligência Artificial, parecem relevantes, mas alguns cuidados no seu uso são recomendados, ainda que os computadores trabalhem com volumosos dados que estão nas nuvens. De outro lado, moléstias que eram considerados quase em extinção, ou no mínimo controlados, como a sífilis, estão em expansão até em países desenvolvidos, como acontece com a AIDS, diante da falta de cuidados em decorrência da existência de medicamentos. Nos países pobres ainda ocorrem mortes como de sarampo em quantidade expressiva, quando já poderiam clip_image002estar totalmente controladas com as vacinas.

Ilustração de um artigo do The Economist mostrando que o uso da Inteligência Artificial está ajudando em muitos diagnósticos de moléstias, mas que exigem cuidados adicionais dos profissionais da medicina

Existiam preocupações que os usos da Inteligência Artificial poderiam diminuir o papel dos médicos, mas como são indicações baseadas em observações de muitas imagens, a revista recomenda que sejam também completadas pelos exames clínicos feitos pelos profissionais de medicina. Os seres humanos possuem reações que se diferenciam em cada paciente, restando sempre a possibilidade de diagnósticos incorretos baseados somente nas imagens.

A revista cita o caso de uma paciente que foi diagnosticada depois de um AVC – Acidente Vascular Cerebral, mas acabou falecendo devido à demora no seu atendimento. Seu marido, posteriormente, criou um sistema que está em amplo uso para avisar problemas que possam estar ocorrendo com pacientes e seu atendimento seja mais rápido. Muitas das pesquisas efetuadas em diversas instituições do mundo permitem que isto seja feito tanto em questões cerebrais como problemas cardíacos, diabetes e até de câncer. As tecnologias de ponta estão permitindo que informações médicas sejam enviadas aos médicos com a urgência necessária.

Tudo isto, em vez da preocupação da redução da necessidade de serviços médicos, está ampliando as suas atividades para diagnósticos precoces que permitam a cura de problemas que possam ocorrer. Mas adverte-se que não sejam encarados como soluções mágicas, porém instrumentos adicionais para salvar vidas.

De outro lado, os abusos decorrentes das medicações que resolvem doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis ou a AIDS, fazem com que muitos não tomem o devido cuidado, provocando a volta de doenças que já estavam em reduções ou sob controles. Artigos naquela revista apontam dados que mesmo em países desenvolvidos registram-se o aumento destas doenças que já deveriam estar a caminho da extinção.

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Gráfico publicado no artigo no The Economist mostrando que nos Estados Unidos algumas doenças sexualmente transmissíveis voltaram a crescer assustadoramente

Também são frequentes as notícias que doenças simples que já estavam em queda mesmo nos países mais pobres voltaram a registram novos crescimentos, como no caso do sarampo, que podem ser resolvidos pelas vacinas.

As boas notícias na área da medicina parecem que afrouxaram as atenções das autoridades, provocando problemas que devem ser atacados com urgência, inclusive no Brasil, que vem sofrendo limitações de recursos diante da crise econômica que enfrenta atualmente.



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