Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Acordo de Comércio Entre o Japão e a Comunidade Europeia

17 de julho de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Os sites dos principais meios de comunicação do mundo estão divulgando com destaque o acordo firmado entre a Comunidade Europeia e o Japão, envolvendo cerca de um terço do comércio mundial, com uma clara reação à diminuição do intercâmbio universal, diante da clip_image002guerra comercial dos Estados Unidos com a China principalmente.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, cumprimenta o presidente da Comunidade Europeia, Donald Tust, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, depois de assinar o pacto de livre comércio em Tóquio, nesta terça feira

É evidente que os entendimentos já vinham sendo negociados há tempos, mas os acontecimentos recentes com as iniciativas pouco racionais dos Estados Unidos ameaçavam a redução mundial do comércio internacional e acabaram acelerando a assinatura deste acordo, que deve acabar por mudar a expectativa em todo o mundo. Muitos novos acordos deverão ser acelerados, ainda que deixando os norte-americanos marginalizados. Também muitos países procuram entendimentos com os chineses, que são grandes importadores e exportadores para as mais variadas regiões do mundo.

Mesmo havendo dificuldades, os membros do Mercosul, inclusive o Brasil, também vêm aspirando por acordos semelhantes, tanto com a Comunidade Europeia como com o Japão. Há que se acelerar os entendimentos com ambos, de forma que a América do Sul não fique marginalizada do mundo, como pode ocorrer com os Estados Unidos.

Não parece ser o momento para pequenos detalhes, que podem ser aperfeiçoados no futuro. No momento, o grosso das mercadorias e serviços, ainda que afetem grupos locais, terão de ser objetos do acordo, que parece um passo importante para marcar a intenção da continuidade do processo de globalização que veio dando um impulso importante nas últimas décadas.

Nem sempre se faz o que seria desejável, mas o que é possível. Diante da ameaça de aumento dos problemas com a atitude dos norte-americanos, há que dar um grande passo no sentido do livre comércio, deixando as quase maluquices que tomaram conta das mentes de Donald Trump, seus auxiliares e grupos interessados em conflitos que beneficiam poucos.



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