Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Máximo de Gases com Efeitos Estufa

6 de agosto de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Um relatório de 300 páginas foi publicado pela Sociedade Meteorológica Americana e pela NOAA – Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos informando sobre a sensível piora das condições climáticas em todo o mundo em 2017. Este ano, as irregularidades climáticas nas mais variadas partes do mundo estão confirmando esta tendência mais do que preocupante.

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American Meteological Society e National Oceanic and Atmospheric Administration, entidades que divulgaram sobre o aquecimento global em 2017.

No mesmo ano em que o governo dos Estados Unidos, comandado pelo desastroso Donald Trump, abandonou o marco do acordo climático de Paris, o relatório publicado por estas entidades norte-americanas, que vêm estudando o problema do aquecimento global de longa data, afirma insistentemente que a situação é anormal.

Os três gases de efeito estufa mais perigosos na atmosfera da Terra são o dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que atingiram um novo recorde no longo período onde se possuem dados confiáveis. O dióxido de carbono subiu para 405 partes por milhão, provocando degelos que datam de até 800 mil anos, conhecidos pelas pesquisas nas amplas camadas de gelo. A taxa de crescimento global do CO2 quase quadruplicou desde 1960, segundo o relatório.

O recorde de calor de 2016 foi repetido em 2017, condições mais quentes que a média. Pelo que se sabe, 2018 pode ser também desastroso, tendo chegado a 43,4 graus centígrados em 27 de janeiro em Puerto Madryn, na Argentina. Nos 10 anos mais quentes registrados desde 1998, quatro anos quentes ocorreram desde 2014. Pelos dados existentes em 2017, foi o mais quente desde 1800, mesmo não tendo ocorrido o El Niño.

No ártico, a temperatura está 1,6 graus centígrados acima da média, acima de 1981 – 2010. Não se observaram dados mais elevados nos últimos 2.000 anos. As geleiras no mundo encolheram pelo 38º ano consecutivo, com a perda média de 22 metros nos topos das geleiras médias. Na Antártida, a extensão do gelo do mar permaneceu abaixo da média durante o ano todo. O nível do mar está 7,7 centímetros acima de 1993.

O nível global do mar atingiu um recorde em 2017 pelo sexto ano consecutivo. Segundo o oceanógrafo Gregory Johnson, do Laboratório Ambiental Marinho do Pacifico do NOAA: “Se congelássemos os gases estufa no nível atual, os oceanos continuariam a aquecer e os mares continuariam a subir por séculos a milênios”. Não basta o que está sendo discutido em Paris, há que se reduzir o aquecimento global, e todos nós somos responsáveis por isto”.



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