Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uso da Inteligência Artificial e Robótica em Alguns Países

14 de setembro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Já existem preocupações com a chamada “Sociedade 5.0”, onde o uso da inteligência artificial e da robótica se tornam usuais, quando no Brasil estamos quase estagnados, sem que se vislumbrem reformas importantes para colocar a sua economia nos trilhos de um desenvolvimento acelerado, começando pela política. Um artigo publicado por Chris Russel no The Japan Times refere-se a uma pesquisa efetuada pelo Pew Research Center sobre o assunto.

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Robô fabricado pela Mitsubishi Eletric apresentado em Berlim, na Alemanha, no começo deste ano. Foto constante do artigo publicado no The Japan Times

O Japão está entre os maiores usuários de robôs, 303 por 10 mil empregados em 2016, o quarto do mundo. Entre os 10 primeiros países, figuram também os Estados Unidos, a Itália, a África do Sul (surpreendente, como economia emergente) e o Canadá, segundo a pesquisa efetuada pelo Pew Research Center. A grande maioria dos empregados está preocupada com as substituições dos seus trabalhos atualmente feitos pelos seres humanos, agravando a desigualdade na distribuição de renda. 89% dos entrevistados não são otimistas.

Uma visão otimista com o impacto da tecnologia, trabalhadores livres das tarefas domésticas e novas oportunidades de empregos não aparecem entre os pesquisados. 74% entendem que terão dificuldades para conseguir novos empregos e 83% que as desigualdades aumentarão. Somente 35% dos entrevistados entendem que haverá melhores empregos, mais bem remunerados, com a ajuda dos computadores e robôs. Na Polônia e na Hungria registraram-se otimismo.

No Japão, 63% dos entrevistados entendem que é função do governo preparar recursos humanos com habilidades para trabalhar com a inteligência artificial e com robôs. 40% entendem que são das escolas, dos empregadores e dos próprios trabalhadores.

Isto contrasta com os Estados Unidos, onde somente um terço entende que é papel do governo. Na maioria dos países entende-se que são responsabilidades conjuntas de todos, inclusive o governo para preparar a transição econômica e tecnológica. O artigo não apresenta os dados sobre o Brasil, que não parece merecer maior atenção dos pesquisadores até o momento, infelizmente.



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