Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Dura Realidade Eleitoral que Está se Revelando Finalmente

3 de outubro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Tudo indica que está ocorrendo agora uma avalanche eleitoral capaz de precipitar resultados desmoralizantes para muitos pretensos analistas políticos, notadamente os acadêmicos. Poucos deram a devida importância ao sentimento antipetista existente no eleitorado brasileiro, tornando outros fatores eleitorais relevantes menos influentes na próxima eleição.

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Gráficos constantes da Folha de S.Paulo, na sua edição de hoje, cuja matéria deve ser lida na sua íntegra

Mesmo que muitos eleitores considerem Jair Bolsonaro um candidato a presidente da República extremado de posição de direita, o receio da volta do PT ao cargo mais importante do país parece induzir muitos eleitores ao voto útil ainda no primeiro turno. Assim, as pesquisas indicam que as mulheres, os jovens e os nordestinos contribuíram para o seu crescimento neste final da campanha. Os eleitores com educação superior e muitos empresários, principalmente do setor agrícola, já se colocavam ao seu lado, mas estão deixando mais claras as suas preferências, deixando uma posição quase envergonhada.

Mesmo os dados da Bolsa de Valores e do câmbio, apesar de opiniões de analistas que existem outros fatores contribuindo para as suas cotações, indicam uma razoável comportamento, não mostrando que haja indícios de pânico com o aumento da possibilidade de vitória do candidato deputado à Presidência da Republica.

Todos parecem conscientes que, mesmo com qualquer vencedor nas eleições, as reformas indispensáveis serão de difícil implementações, exigindo um prazo razoável para produzir seus efeitos. Mais do que as formulações de diversas alternativas de propostas para as mais importantes, como as políticos-eleitorais, da Previdência Social e Tributária parece que aumenta a compreensão que existam problemas de gestão, havendo necessidade de redução das influências político-partidárias e dos interesses dos funcionários públicos e das estatais.

Tudo indica que, entre as preocupações dos eleitores, os problemas de aumento da criminalidade continuam figurando como relevantes, havendo indicação de que Jair Bolsonaro conseguiu marcar a sua candidatura com esta preocupação de forma mais clara que seus concorrentes. Mesmo a possibilidade da presença de muitos militares que já estariam na reserva entre seus principais auxiliares não parece gerar as preocupações deixadas pelas ações dos petistas.

Também parece relevante que os eleitores desejam um presidente que seja capaz de enfrentar os políticos e seus indicados que estão em número elevado em todos os setores da administração pública. O problema da corrupção também parece estar influindo e as dificuldades enfrentadas pelos eleitores como de Saúde, Educação e Assistência Social, entre outros, são atribuídas em parte a estas limitações.

Tudo indica que também parte importante da imprensa preferia a vitória de um candidato com posição mais de centro, mas acabam entendendo, pragmaticamente, que a extrema direita pode ser mais moderada que o dos petistas. Parece que parte do Judiciário também adota posição semelhante.

As definições claras parecem que estão ocorrendo nesta fase crucial da campanha eleitoral, numa semana que antecede o primeiro turno das eleições, havendo até analistas que entendem que há uma pequena possibilidade que para a Presidência o segundo turno seja dispensável. Para tanto, podem contribuir as dificuldades das votações, com as exigências biométricas bem como a falta de uma divulgação dos números dos variados candidatos, com o montante de partidos políticos, que resultam em mais votos brancos e nulos.



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