Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Prêmio Nobel de Economia

8 de outubro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

Nem todos sabem que o Prêmio Nobel de Economia foi criado posteriormente em relação aos originais para importantes campos do conhecimento humano, sendo bancado pelo clip_image001Sveriges Riksbank, e vem sendo concedido nos últimos 50 anos. Neste ano, foram contemplados William D. Nordhaus e Paul M. Romer pelos seus trabalhos relacionados com o desenvolvimento sustentável.

William D. Nordhaus é professor de Yale e suas contribuições ajudam a avaliar o impacto econômico da mudança climática. Paul M. Romer, da New York University, é destaque sobre o papel da política no incentivo à inovação tecnológica relacionada com o desenvolvimento sustentável

Os membros que avaliam a relevância dos trabalhos na área de Economia estão relevando as preocupações mundiais, notadamente quando o atual governo norte-americano se afasta das negociações de metas discutidas em Paris para o aquecimento global que está provocando irregularidades climáticas no globo. Está se deixando claro que estes estudos ajudam a compreender os problemas que estão sendo enfrentados pela humanidade e que existem meios tecnológicos que podem ajudar a controlar esta tendência alarmante que necessita ser revertida com a urgência possível.

Países como o Brasil que ainda possuem importantes reservas florestais como na Amazônia necessitam contar com recursos para a sua preservação, não somente do governo brasileiro como provenientes de outros países desenvolvidos que estão poluindo o mundo, notadamente os Estados Unidos, onde as autoridades atuais se negam a assumir metas específicas e operacionais que ajudem os países que podem contribuir para minorar este problema.

Um artigo publicado no The New York Times, escrito por Binyamin Appelbaum e reproduzido na Folha de S.Paulo em português, esclarece que estes premiados vêm fazendo para conscientizar o mundo a respeito, ressaltando a necessidade de cooperação entre os governos para maior eficiência das medidas que devam ser tomadas. Os custos dos programas de preservação das florestas necessitam contar com recursos de outros países que também se beneficiarão do que os brasileiros fizerem.

William D. Nordhaus escreveu muitos trabalhos mostrando que a taxação dos poluentes como as emissões de carbono seria uma solução eficaz, transferindo os recursos para os que ajudam a preservar, como exemplo, as reservas florestais. Paul M. Romer destaca que o intercâmbio de informações entre os diversos países ajudam a transferir tecnologias de avanços que ajudam no crescimento econômico evitando ações que aumentam as poluições. As pesquisas e as patentes de conhecimentos dariam retornos suficientes para recompensarem os trabalhos efetuados, que não deveriam ser mantidos como monopólios. Ele trabalhou no Banco Mundial para mostrar como isto seria possível em casos concretos, pois há que se imaginar mecanismos operacionais para tanto.



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