Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Uma Visão Otimista do Setor Rural Brasileiro

15 de fevereiro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Ecologia, Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

imageUm artigo preparado para a Coalização Verde, reunindo diversas contribuições de pesquisadores, foi publicado no Estadão dando uma visão otimista do chamado ILPF – Integração lavoura-pecuária-floresta, estimando que o Brasil possa ser tornar o maior produtor rural do mundo até 2030.

Foto publicado no artigo do Estadão, que vale a pena ser lido na íntegra

Este artigo foi elaborado por Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues, presidente do Conselho Gestor da ILPF e pesquisador da Embrapa; Mauricio Antônio Lopes, pesquisador da Embrapa; e Paulo Renato Herrmann, vice-presidente da John Deere, para a Coalização Verde e publicado no Estadão.

Segundo eles, o Brasil apresentava solos tropicais ácidos, de forma predominante, com alumínio tóxico e pobres em nutrientes essenciais, como o fósforo, para a lavoura. Apesar de abundantes, apresentavam uma diversidade difícil de ser utilizada de forma sustentável em todo o país. Antes da década de 1970, a produção rural brasileira se concentrava principalmente no Sudeste e no Sul, com produções como do café e do açúcar.

Com a contribuição da Embrapa, das universidades, instituições de pesquisa e tecnologia e do setor privado, conseguiu-se três avanços significativos naquela época: transformar solos ácidos em férteis, tropicalizar a produção e desenvolver práticas sustentáveis, que culminou no ILPF.

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Com a ILPF – Integração lavoura-pecuária-floresta chegou-se a uma produção eficiente e sustentável do setor rural brasileiro

Apesar desta visão otimista, que ainda poderá continuar a ser aperfeiçoada, os críticos apontam que a pecuária, além de contribuir na derrubada das florestas naturais, libera uma quantidade apreciável de CO² com suas atividades.

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Gráfico constante do artigo publicado no Estadão

Outros avanços ainda podem ser obtidos. Muitas variedades das plantas podem ser diferenciadas pelas regiões brasileiras que apresentam climas e solos diferentes. Também as fortes irregularidades climáticas que ocorrem com o aquecimento global podem contar com variedades que possam ser produzidas em condições adversas, como está se fazendo na Ásia. O que fica evidente é que tudo isto depende de pesquisas adicionais e, na medida em que seja feita com a intensa participação do setor privado, elas acabam sendo mais objetivas e voltadas para a produção comercial, tanto para atender o mercado interno como a exportação.

Muitos destes produtos agropecuários podem absorver mais valores adicionados, para serem colocados já industrializados para uso direto dos consumidores, proporcionando mais empregos para os brasileiros. Também os aperfeiçoamentos na infraestrutura devem contribuir para a redução dos custos de transportes das regiões de produção para os de consumo, evitando as flutuações que são inerentes às atividades rurais.



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