Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Maçã Monalisa Decorrente da Pesquisa

20 de maio de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Agricultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , , , ,

clip_image002Num artigo de Vanessa da Rocha, publicada na Folha de S.Paulo, informa-se que pesquisadores da Epagri – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina obtiveram a variedade de maçã que é doce, crocante, suculenta e tem uma boa aparência. A sua produção na Europa deverá pagar direitos para a estatal de Santa Catarina, que a vem produzindo desde 2017, devendo atingir o auge em 2022.

Maçã Monalisa desenvolvida pela Epagri de Santa Catarina, que está tendo uma boa aceitação

Hoje, a pesquisa é fundamental para o desenvolvimento de muitos produtos agrícolas no Brasil. Santa Catarina que produzia a variedade de maçã Fuji, introduzida pelos japoneses, conseguiu, com o trabalho da Epagri, uma nova variedade de maçã que está encontrando uma boa aceitação.

A maçã chamada Monalisa é doce, crocante, suculenta e tem boa aparência e já caiu no gosto dos europeus, um dos maiores consumidores do mundo. Muitos não sabem, mas o suco de maçã é o mais consumido no mundo entre os de frutas, superando até o da laranja.

Pelo fato das maçãs serem de origem de região temperada, em Santa Catarina, que conta com altitude e clima conveniente, estas frutas estão se dando bem. O importante é que, para ser plantado na Europa, terão que pagar royalties para a Epagri, que também pode abastecer o mercado interno como promover a sua exportação, ainda que seja difícil numa escala mundial para suprir a sua demanda, pois as áreas disponíveis para tanto não são tão grandes. Santa Catarina também apresenta problemas de granizos que prejudicam as produções de frutas.

O processo ainda está nos seus primeiros estágios podendo continuar a ser aperfeiçoado. Esta pesquisa teve início com o pesquisador Anísio Pedro Camilo, que se doutorou nos Estados Unidos com produtos híbridos. Decorreu do cruzamento da variedade gala com outras mais resistentes. As sementes foram pré-germinadas em câmaras climáticas e depois monitoradas em estufas. Foram submetidas ao contato com as principais pragas.

Acabaram sendo melhoradas na qualidade das frutas, como a firmeza da polpa, o nível de acidez, o teor de açúcar, a coloração, o formato, o sabor e a capacidade de conservação. O que durou cerca de sete anos, que não é muito para as frutas. A produção orgânica produz efeitos na segurança alimentar e ambiental.

Estabeleceu-se um acordo com a Mondial Fruit Selection, empresa que representa esta variedade de fruta no exterior, e os testes foram feitos na Europa para se avaliar a adaptação da fruta ao clima e a aceitação entre os produtores. Tudo indica que esta variedade tem um grande potencial de comercialização na Europa. Esta é mais uma grande indicação que as pesquisas são fundamentais para o desenvolvimento da agricultura brasileira.



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