Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Thomas Piketty e a Piora na Distribuição de Renda

30 de julho de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Quando se acreditava que a piora da distribuição de renda no mundo fosse um problema do século XX, muito bem colocado por Karl Marx, volta se a constatar que se trata de um assunto que ganha nova importância no século XXI, com a sensível piora na distribuição de renda, distanciando os privilegiados dos menos favorecidos, inclusive em países importantes do mundo.

O economista francês Thomas Piketty que publicou em 2013 seu livro principal, “O capital no século XXI”, quando muitos achavam que o assunto estava superado

O pior é que muitas economias importantes no mundo, a partir do governo Donald Trump nos Estados Unidos, enfatizam a importância da economia liberal como mecanismo de acelerar o desenvolvimento, mesmo com a sensível piora na distribuição de renda entre os mais privilegiados e os menos favorecidos nas diversas sociedades. Enfatizam o populismo e o nacionalismo, permitindo o livre fluxo do capital, mas não dos recursos humanos. Isto vem ocorrendo também em países emergentes como o Brasil, imaginando-se que sua correção acontecerá com a volta do crescimento econômico, ainda que demore muito para que isto ocorra, com a redução do desemprego.

A honrosa exceção está ocorrendo na Escandinávia, com países como a Suécia, Noruega e a Dinamarca, apesar de suas pequenas populações e invernos rigorosos. Muitas líderes políticas mulheres e jovens continuam mantendo uma política que se preocupam com a qualidade de vida, com medidas que se preocupam com o meio ambiente, visando um desenvolvimento sustentável. Espera-se que os resultados que sejam obtidos nestes países sirvam de exemplo, para outros países europeus que imaginam poderem usufruir dos seus desenvolvimentos, introduzindo inovações que ajudem a humanidade.

Não existe milagre em economia e política, não se pode consumir mais do que se produz, havendo um limite claro para o endividamento. A eficiência na economia só se consegue obter com as intensificações das pesquisas que proporcionam avanços tecnológicos, onde os recursos humanos e os avanços nos conhecimentos permitem uma competitividade maior no mundo. Os países, onde demagogicamente, adotando posturas populistas e nacionalistas, seus dirigentes se fecham com relação ao resto do mundo, acabam se prejudicando e também aos seus parceiros internacionais.

Muitos países emergentes no mundo, como o Brasil, dispõem de recursos naturais e humanos que poderiam ser utilizados de forma mais sustentável, proporcionando melhores condições de vida para a sua população, como beneficiando seus parceiros no exterior. O isolamento em nada ajuda. As décadas recentes de globalização mostraram que benefícios recíprocos podem ser obtidos.

O chamado Novo Mundo acolheu imigrantes de muitos países, que trabalhando duro com os recursos naturais disponíveis, proporcionou sensíveis melhoras nas suas condições de vida, ainda que tivessem que superar os obstáculos naturais nestes complexos sistemas. Somente o árduo trabalho pode criar condições para a melhoria de vida de todos. As naturais dificuldades existentes são desafios que, superados, podem proporcionar melhores padrões de vida, mas sempre há que se preocupar com a preservação do meio ambiente, no mundo limitado em que todos vivemos.



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