Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problemas do Emprego no Brasil e no Japão

30 de agosto de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002O IBGE divulga o ligeiro declínio dos desempregados no Brasil, chegando a 11,8% daqueles que desejam trabalhar, somando 12,6 milhões de desempregados. No Japão, noticia-se que chegou a 2,2% de desempregados, sendo o mais baixo nos últimos 26 anos.

Filas de desempregados brasileiros para serem atendidos pelas poucas entidades que procuram estes candidatos

Qual seria o problema principal que estaria ocorrendo no mundo globalizado que determina esta brutal diferença? Certamente, um dos fatores importantes seria o problema da diferença cultural, pois poucos atendem as condições para morar no Japão entendendo mesmo precariamente o idioma local. Também existe um controle das autoridades daquele país, havendo exigência para que a migração seja possível, principalmente do Sudeste Asiático. Atualmente, até a terceira geração de descendentes de japoneses, como os da América Latina, é admitida para uma migração temporária, que tende a se tornar até permanente, com constantes prorrogações.

Todos sabem que os investimentos são praticamente livres na maioria dos países do mundo, mas o mesmo não ocorre com a migração dos que desejam trabalhar, os recursos humanos. Recentemente, as medidas restritivas estão aumentando no mundo, como nos Estados Unidos e até nos países europeus, gerando dramáticos problemas com os que acabam forçando esta migração, inclusive com muitas mortes de lamentáveis vitimas.

Evidentemente, existem condições econômicas e burocráticas que fazem com que as empresas prefiram se instalar com parte de suas atividades em determinados países, ampliando o emprego local. Além da demanda local, existem condições que facilitam suas exportações para o exterior.

Estas condições estão se alterando, com a guerra comercial, que principalmente os Estados Unidos movem contra a China, tendendo a reduzir o crescimento da economia mundial. Problemas eleitorais também estão influindo, estimulando medidas nacionalistas e populistas, que em nada contribuem para períodos áureos na economia mundial que se beneficiou da globalização.

Tudo indica que o afastamento da recessão mundial será lento e demorado, pois não estão ocorrendo fatos positivos que facilitem a sua superação de forma substantiva, até o momento.



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