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TCU Indica Falta de Estratégia Para Combater a Pandemia

25 de junho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , ,

clip_image002Em termos veementes, a unanimidade dos ministros do Tribunal de Contas da União aponta a criminosa falta de uma estratégia do governo no combate ao coronavírus no Brasil.

Vital do Rêgo, ministro do TCU, apresenta relatório aprovado por unanimidade alertando o governo sobre a falta de uma estratégia no combate ao coronavírus. Foto publicada no site de O Globo, cujo artigo vale a pena ser lido na sua íntegra

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou por unanimidade um alerta ao governo em relação à falta de diretrizes estratégicas para combater a pandemia do novo coronavírus. No texto, o ministro Vital do Rego aponta que há falta de gerenciamento de risco e ausência de profissionais da área da saúde atuando para mitigar a disseminação da doença. Ele afirmou que as recomendações do tribunal são um "desabafo e um alerta" em relação à condução da crise pelo governo federal. Possivelmente, foi um pronunciamento dos mais veementes que se viu no país.

Ele afirmou que não existe modelo nenhum no Brasil para cuidar do problema. O Ministério da Saúde não conta com um especialista e as posições-chaves estão sendo ocupadas por não médicos. Ele recomendou que o Comitê de Crise existente conte com os presidentes do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, todos com direito a voz e o voto. Aponta também a necessidade de comunicação para divulgar as medidas com relação à doença.

O ministro Benjamin Zymler criticou a falta de transparência, ele que analisa as compras de emergência do governo. O ministro Bruno Dantas criticou o que chamou de “desinteligência federativa”, onde a União, os estados e municípios não se articulam. Outros ministros apontaram a falta de governança quando o problema está fora de controle.

Espera-se que esta manifestação do TCU tenha consequências, pois o Brasil não tem como sustentar a falta de prioridade para um dos problemas mais profundos por que já passou.



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