Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Yukata Que Não se Confundia Com o Quimono

11 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

A agência noticiosa japonesa Kyodo distribuiu um artigo onde diversas lojas de departamento do Japão estão vendendo yukatas, que são vestimentas leves para o verão, nos festivais ou clip_image002usados em casa, incorporando algo que se encontravam somente nos quimonos que são mais completos e com diversas camadas, custando uma verdadeira fortuna cada uma. Estão sendo usados nos eventos a distância para evitar contágios do coronavírus. 

Yukatas que incorporaram algo dos quimonos, mais coloridas, mas continuam leves para uso no verão japonês

Muitos ocidentais, inclusive brasileiros no bairro da Liberdade, em São Paulo imaginam que o yukata é o quimono japonês. No entanto, as diferenças eram acentuadas, com o yukata bastante informal enquanto o quimono verdadeiro, que custa muito, utiliza a seda de qualidade, sendo composta de diversas camadas, inconveniente para os dias quentes, ambientes informais e até uso em casa. Agora, as lojas de departamentos do Japão estão aproximando as duas vestimentas, que são usadas nos eventos a distância, usando chats de vídeo online, para evitar as contaminações do coronavírus.

Estas vestimentas eram usadas pelas mulheres e também pelos homens, com desenhos mais sisudos ou conservadores, com tecidos de algodão nos muitos festivais que existiam no Japão, com fogos de artifícios. Eram confortáveis para os dias de verão, como também eram usados nos ambientes informais de uma residência. Os chamados obi, que são cintas grossas amarradas na altura do ventre, ficaram mais leves, bem como foram acrescidas as golas.

Existem lojas de departamentos que transformaram o yukata em roupas do cotidiano, que, apesar da boa aparência, estão com preços mais acessíveis. O verão no hemisfério norte está com temperaturas elevadas e todas as circunstâncias acabam acelerando estes aperfeiçoamentos para os dias de hoje. No Brasil, o verdadeiro quimono era raríssimo e, mesmo nas cerimônias de chá, já havia uma adaptação para um país tropical, mas sempre com bom gosto.



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