19 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Gastronomia | Tags: diferença com o Brasil, em outubro preparando-se para a passagem do ano no Japão, formas variadas para atender às necessidades dos clientes, vendas de refeições preparadas
Existem alguns países, como o Japão, que preparam com a devida antecedência as refeições da passagem do ano, chamado “osechi”, enquanto no Brasil costuma-se fazer tudo em cima do hora. Diante da pandemia do Covid 19, que inibe muitas pessoas procurarem os restaurantes em grupos para as comemorações da passagem do ano, em meados de outubro muitas empresas japonesas já planejam como superar as atuais dificuldades e até coseguirem aumento das suas vendas.
Uma refeição tradicional japonesa "osechi" para uma pessoa é mostrada nesta foto fornecida pela loja de departamentos Hakata Hankyu
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16 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Política | Tags: contraste com os republicanos atuais, Fernanda Montenegro e a liberdade, indicação de novo membro do Supremo Tribunal Federal, o sonho dos peregrinos que formaram os Estados Unidos
Quando se observa que Donald Trump estimula alguns radicais republicanos a colocarem falsas dependências para receberem votos de eleitores para serem enviados pelo correio, lembra o contraste com os velhos peregrinos ingleses que se transferiram para o Novo Mundo. Entre eles, os que ficaram conhecidos como os “pais da Pátria” e elaboraram a base da Constituição dos Estados Unidos. Quando senadores brasileiros que examinam o novo candidato a membro do Supremo Tribunal Federal acham que falsificar o currículo é um mal menor, irrelevante, lembramo-nos da Fernanda Montenegro, com mais de 90 anos, que considera fundamental lutar pela liberdade por toda a sua vida.
Algumas urnas para votação pelo correio foram falsificadas na Califórnia pelos republicanos
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27 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: a vida continua, arquitetura ousada, coleção de quadrinhos, condições atuais, novelas leves, novo museu em Saitama no Japão
Uma matéria escrita pelo redator da equipe, Harufuji Mori, foi publicada no jornal japonês The Asahi Shimbun, informando sobre o início da operação do Museu da Cultura Kadokawa em Tokorozawa, Saitama, Japão, com a participação do setor privado e projeto ousado do arquiteto e designer Kengo Kuma. Houve adaptações para estes dias de pandemia, com ligeiro atraso no cronograma e frequência controlada do público. Mas a vida continua e a cultura atualizada faz parte relevante de um país, contando com a ativa participação do setor privado, com a editora Kadokawa.
O Museu da Cultura Kadokawa no distrito de Higashitokorozawa-Wada, de Tokorozawa, província de Saitama, é coberto com placas de granito. “Ele representa a energia da Terra que emerge do solo”, disse o arquiteto e designer Kengo Kuma, autor do projeto. Foto constante do artigo publicado no site do The Asahi Shimbun, que vale a pena ser lido na sua íntegra
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13 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: livro reunindo relatos dos ingleses, novo livro com relatos ingleses sobre o Brasil colonial, pesquisas efetuadas por Sheila Hue e Vivien Kogut Lessa de Sá, pesquisas sobre documentos históricos existentes, visões críticas
Um interessante artigo de Bolivar Torres publicado no site de O Globo relata sobre pesquisas efetuadas por Sheila Hue e Vivien Kogut Lessa de Sá, esta uma professora da Universidade de Cambridge, transformado num livro com o título “Ingleses no Brasil: Relatos de Viagem”, editado pela Chão Editora, que reúne 12 narrativas de diversos autores, todos inéditos no Brasil. A pesquisa recebeu o apoio da Biblioteca Nacional.
Gravura holandesa com a representação de São Vicente e Santos (1624), incluída no livro "Ingleses no Brasil". Foto: Divulgação, constante do artigo publicado no site de O Globo, que vale a pena ser lido na sua íntegra
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9 de setembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: 20 mil itens, impressionante acerco para entender a evolução dos ideogramas chineses, museu no Japão com produtos chineses da antiguidade, relíquias chinesas desde o século XIII a.C.
Um artigo de elevado interesse escrito pela redatora do jornal japonês Yomiuri Shimbun, Yuriko Hattori, informa sobre o importante museu, chamado indevidamente como de caligrafia, que reúne cerca de 20 mil itens, como utensílios de bronze, carapaças, monumentos de pedra e materiais de construção, entre outros, todos com inscrições de caracteres chineses, mostrando a evolução dos ideogramas conhecidos em japonês como kanji. Este rico acervo foi reunido por Fusetsu Nakamura (1866-1943) na China e está agora no Museu Taito Ward, em Tóquio.
Toko Nabeshima fica em frente a materiais de construção inscritos com personagens no Museu de Caligrafia, em Taito Ward, Tóquio. Foto de Taku Yaginuma, que consta do artigo no site do Yomiuri Shimbun, que vale a pela ser lido na sua íntegra.
Em 1895, Nakamura foi para a China com Shiki Masaoka como correspondente durante a Guerra Sino-Japonesa, que terminaria logo depois. Impressionado com a cultura e a história dos caracteres chineses, Nakamura continuou viajando por cerca de meio ano pela China e outras partes do mundo e, após entrar em contato com cada vez mais materiais inscritos com caracteres chineses, tornou-se um colecionador dedicado. Tive a felicidade de conhecer parte de itens semelhantes e abundantes nos museus chineses.
Pedras com inscrições de ideogramas chineses, constante do artigo publicado no site do Yomiuri Shimbun.
Os caracteres gravados nos cascos de tartaruga e ossos de vaca parecem pictogramas à primeira vista, mas, após um exame mais atento, caracteres legíveis como “O” em kanji, que significa “rei”, podem ser identificados. “Dos sistemas de escrita inventados pelas quatro grandes civilizações antigas do mundo, apenas os kanji da civilização chinesa sobreviveram até hoje. Também é interessante que nós, japoneses, possamos lê-los”, disse o pesquisador sênior do museu, Toko Nabeshima.
Inscrições constantes de ossos indicam os primeiros ideogramas chineses.
As exposições no Museu contam como o estilo dos personagens mudou ao longo dos anos. Existem caracteres escritos em utensílios de bronze da dinastia Zhou; a escrita em pequenos selos, que foi adotada pelo primeiro imperador Qin para unificar os caracteres chineses por escrito; e a escrita da chancelaria, usada principalmente na dinastia Han. As inscrições nos epitáfios em blocos preenchidos na dinastia Tang são muito semelhantes aos kanji de hoje.
Destas escritas chinesas, muitas simplificações foram introduzidas na Ásia, como no Japão, que, além dos ideogramas, acabou usando alfabetos silábicos como os conhecidos “hiragana” e “katakana”. Na Coreia, também ocorreram simplificações semelhantes. Mas as vantagens dos ideogramas, pelos seus componentes, é que eles permitem saber o exato sentido das palavras, não gerando possibilidades de discussões de semânticas.
11 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: festas a distância neste verão japonês, incorporaram algo do quimono mas são leves, lojas de departamento do Japão com yukatas mais sofisticadas
A agência noticiosa japonesa Kyodo distribuiu um artigo onde diversas lojas de departamento do Japão estão vendendo yukatas, que são vestimentas leves para o verão, nos festivais ou usados em casa, incorporando algo que se encontravam somente nos quimonos que são mais completos e com diversas camadas, custando uma verdadeira fortuna cada uma. Estão sendo usados nos eventos a distância para evitar contágios do coronavírus.
Yukatas que incorporaram algo dos quimonos, mais coloridas, mas continuam leves para uso no verão japonês
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29 de julho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: deve ser editado pela Companhia das Letras, pretensas melhorias de intelectuais sobre obras originais de poetisas populares natas, recuperação dos originais com a colaboração de sua filha e outras colaboradoras, um trabalho literário aguardado com elevada expectativa
Fernanda Canofre publica um artigo excepcional na Folha de S.Paulo sobre este raro e importante assunto. Na versão eletrônica disponível no site da Folha existem pouquíssimas diferenças da versão escrita do jornal. Carolina Maria de Jesus tinha, segundo o artigo, um impulso para escrever sobre o cotidiano da favela em que morava para o que tinha um talento inato. Quando ela levou para a Folha estes originais em 1941 foi informada que ela era poetisa, que pensou inicialmente tratar-se de uma espécie de doença. No bonde que tomou para voltar ao seu barraco perguntou a um passageiro o que significava poetisa e foi informada que era “uma mulher que tem pensamento poético”. Ficou mais aliviada, mas achou que não era conveniente informar isto para seus vizinhos. O artigo informa que ela escrevia para aliviar o cérebro e conseguir dormir.
A autora Carolina Maria de Jesus ao lado do rio Tietê, em frente à favela do Canindé, onde morava quando do lançamento do seu livro “Quarto de Despejo”, constante do artigo publicado na Folha de S.Paulo, que merece ser lido na sua íntegra
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14 de julho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Mainichi Shimbun, crise na imprensa brasileira, dificuldades dos jornais de língua japonesa no Brasil, redução dos leitores, tentativas de sobrevivência | 2 Comentários »
Um artigo de Taichi Yamamoto, do jornal japonês Mainichi Shimbun, descreve sobre a atual luta para a sobrevivência do Nikkei Shimbun, o último em língua japonesa impresso no Brasil. Todos sabem que a imprensa brasileira, em geral, com a crise atual que se segue a pandemia do coronavírus, luta para conseguir leitores e os anúncios que os sustentam. Este jornal enfrenta também a redução dos seus leitores que hoje mal chegam a 10 mil, que são os chamados “isseis”, ou seja, a primeira geração dos imigrantes japoneses que conseguem ler neste idioma. Os sobreviventes imigrantes japoneses estão estimados em apenas 50 mil.
Jornal Nikkey Shimbun, o último em língua japonesa publicado no Brasil, que já é uma fusão de dois outros em 1998, que tenta sobreviver
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14 de julho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: disputar na Fórmula Um já é algo excepcional, ela estudou química na Universidade de Bradford e especializou na famosa Imperial College de Londres, selecionada entre sete mil candidatos, subir no pódio com Lewis Hamilton no GP de Estiria na sua estreia é sensacional, tem 25 anos
Um artigo de Julianne Cerasol publicado no site do UOL informa que, por proposição de Lewis Hamilton, a Mercedes Benz resolveu diversificar a sua equipe, acabando por selecionar a nascida em Zimbábue, Stephanie Traves, de 25 anos, que conseguiu fazer dupla subindo ao honroso pódio na sua primeira disputa com o líder de sua equipe. Ela estudou química na Universidade e se especializou na famosa Imperial College, de Londres. Trabalha para a empresa malaia Petronas, que fornece os combustíveis e lubrificantes para a Mercedez Benz.
Stephanie Traves, zimbábue de 25 anos, fez dupla com Lewis Hamilton no GP de Estiria, subindo ao pódio na sua primeira competição.
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5 de julho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: artigo no Savvy Tokyo republicado no Japan Today, no Japão na proximidade da Capital existem alguns mais recomendados e visitados pelos japoneses como turistas estrangeiros, todos os países têm pontos que consideram de energia
Erika van T Veld, que escreve regularmente no Savvy Tokyo, publicou um artigo, que saiu no Japan Today, ressaltando cinco lugares na Capital e seus arredores que são muito visitados pelos japoneses e turistas estrangeiros. Além de serem considerados especiais, sempre é interessante para qualquer visitante, o que costuma acontecer também em outros lugares de diferentes países nos locais assim considerados, mas que dificilmente poderia competir com o Japão. Os mais procurados são do Santuário Hie, xintoísta, no conhecido bairro de Akasaka, com fácil acesso de qualquer ponto de Tóquio, junto a hotéis tradicionais, restaurantes e um bom comércio.
Estes locais xintoístas costumam contar com suntuosos portais chamados “torii”, em Hie com dependências de mais de 800 anos onde os visitantes costumam depositar seus votos, e os mais frequentes são de sorte no amor, bem como casais desejando um bebê. Costumam ser lugares tranquilos, propícios para meditações, ainda que num ponto central de Tóquio.
O portal shinto de Hie Shrine, com sua escadaria, em Akasaka, Tóquio, muito visitado por ser de fácil acesso, próximo da Dieta
O segundo lugar indicado pelo artigo é o Monte Takao, afastado cerca de uma hora do agitado centro de Tóquio. A montanha é considerada sagrada, com pontos de energia imersos na natureza. O seu salão principal, o Templo Takao Yakuo-in, abriga a divindade Tengu, uma criatura considerada sobrenatural. que além de propiciar fortuna. protege os visitantes de desastres.
A estátua da criatura sobrenatural Tengu
Também propicia sorte no romance e na harmonia conjugal. Do cume desta montanha, conta-se com uma visão do Monte Fuji, cuja vista nos dias claros é uma benção aos visitantes. Pode-se apreciar um famoso sobá deste Monte Takao.
A terceira sugestão apresentada no artigo é o Meiji Jingu, que apesar de próximo aos movimentados bairros de Harujuku e Shibuya, é também um templo xintoísta que abriga as divindades do imperador Meiji e a imperatriz Shoken. Costuma-se purificar as mãos e a boca com a água especial do local e deixar uma placa de madeira com o desejo dos visitantes. Convém explicar aos leitores que os japoneses não são monoteístas e, mesmo tendo outra religião como o budismo, oficialmente a família imperial adota o xintoísmo, na qual todas as atividades dos imperadores estão envolvidas, como parte da população.
Os religiosos do xintoísmo costumam ser tranquilos
A natureza costuma ter um papel importante no xintoísmo, como a água que utilizam. Elas são consideradas pontos de energia potente, como os jardins e as caminhadas pelas trilhas cercadas de vegetações exuberantes.
O quinto local indicado é o Monte Fuji, que apresenta uma visão excepcional de muitos pontos do Japão. Mas existem os que o escalam, mesmo com algumas dificuldades. Acaba sendo o símbolo mais importante do país, com visões ligeiramente diferentes, dependendo de onde se veja, bem como a estação do ano.
Monte Fuji na primavera visto do lado do lago Hakone
A escalada do Monte Fuji costuma ocorrer no verão, quando suas neves ficam reduzidas. Cada um tem a sua preferência da visão do Monte Fuji, mas só o apreciando já se sente a tranquilidade que ele transmite.
Finalmente, o artigo menciona Nikko, que é um conjunto de muitos templos construídos em épocas diferentes. O artigo selecionou o Santuário Toshigu, construído em 1617 pelo shogun Tokugawa Ieyasu, que demanda um bom tempo para ser apreciado em todos os seus detalhes.
Santuario Toshogu, em Nikko, construído em 1617 pelo shogun Tokugawa Ieyasu
Nikko é um enorme conjunto de templos, uns mais impressionantes que outros, e os visitantes precisam de um bom tempo para absorver toda a energia que ele emana. O recomendado é que a visita completa seja feita em muitos dias diferentes, para usufruir parte de todas as energias que lá estão presentes.