Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Nissin Volta com Arroz no Lugar dos Macarrões Instantâneos

6 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

Todos que acompanham as tendências mundiais do fast food no mundo notam que os aperfeiçoamentos dos macarrões instantâneos deixaram de ser consumidos somente pelos mais modestos, passando a ser servido até na primeira classe dos vôos internacionais de algumas companhias. A vida atual está exigindo soluções cada vez mais práticas, com todos contando, em algumas ocasiões, com falta de tempo para o preparo de uma refeição ligeira, mais rápida e prática.

O consumo mundial de alimentos desta natureza também está em expansão nas economias emergentes, com novos consumidores entrando neste mercado. Não se trata somente do McDonald’s, mas da multiplicação de muitos produtos, com qualidades cada vez mais aceitáveis, pois todos estão passando a se preocupar também com a saúde no prazo mais longo. O importante jornal Nikkei anuncia a volta dos pacotes de arroz semipreparados que, somente com a adição de água quente, fica pronto em um prazo curto e com sabores variados.

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Empresas Japonesas Contratam CEOs Estrangeiros

5 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , | 8 Comentários »

O brasileiro nascido em Rondônia, Carlos Ghosn, tornou-se o principal executivo da Nissan e obteve grande sucesso na sua reestruturação, tanto que se acabou acumulando a presidência da Renault mundial de origem francesa. Poucos acreditavam que isto fosse possível, pois as empresas japonesas tinham uma cultura muito específica, e enfrentavam dificuldades na sua atuação no mundo globalizado. Mas Carlos Ghosn acabou provando a sua capacidade de incorporação de tudo o que os japoneses tinham de bom, acrescentando uma larga experiência internacional. Ele orgulha o Brasil e a comunidade internacional de executivos, pois acabou abrindo o mercado japonês para executivos estrangeiros no Japão, cujas empresas atuam cada vez mais com os olhos voltados para o mundo, não se restringindo somente ao mercado japonês, bem como seus sistemas de produção.

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Carlos Ghosn, Sir Howard Stringer, Michael Woodford e Craig Nylor

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Nova Tecnologia Para Antecipar Grandes Terremotos

5 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

Os cientistas japoneses da Agência Japonesa de Meteorologia, que é encarregada também das previsões antecipadas dos terremotos, estão desenvolvendo uma tecnologia que poderá antecipar com maior precisão, ainda experimentalmente, a ocorrência destes grandes acidentes naturais que afetam muitas localidades. As regiões onde as placas tectônicas se encontram, tanto no Japão, em Tokai, entre Shizuoka e Aiichi, onde vivem muitos brasileiros, como nos Estados Unidos, na região de São Francisco e Los Angeles, estão sujeitas a fortes terremotos. Estima-se que em Tokai, nos próximos oito a trinta anos, esta possibilidade está estimada em 87%, que é quase uma certeza. Esta notícia acaba de ser divulgada pelo importante jornal japonês Nikkei.

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Os Chineses Admitem que Estão Aproveitando as Liquidações

5 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

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A notícia que os turistas chineses estão aproveitando as liquidações em París, Nova Iorque ou Londres está publicado no China Daily, que tem edições especiais para as Américas como para a Europa. Como no Hemisfério Norte as liquidações começam logo no início da temporada, os produtos voltados para o verão já estão em liquidação em todas as lojas, com os turistas chineses aproveitando tudo, inclusive nas lojas de grifes conhecidas. Superam o que os norte-americanos e os japoneses efetuaram nas décadas passadas, quando suas economias estavam melhores.

Como é natural neste início de ampliação dos conhecimentos do exterior, no primeiro momento procuram os produtos mais conhecidos na própria China. Mas como não dá para reconhecer os provenientes de diversas regiões, nota-se que mulheres elegantes, possivelmente de Hong-Kong, Cingapura e Taiwan, são confundidas com a massa de chineses mais modestos. A diferença é que, diferente dos japoneses, muitas famílias ou pequenos grupos fazem suas excursões, tanto pelas lojas e museus como em restaurantes.

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Turistas chineses aproveitam as liguqidações no exterior. Foto: Nelson Ching / Bloomberg

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Mercado de Trem Rápido no Mundo Acelera Disputas

4 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , , ,

As notícias atuais, como os publicados pelo jornal japonês Nikkei, mostram que a disputas sobre as patentes das tecnologias dos trens rápidos ficaram acirradas, depois da inauguração da linha de Beijing até Xangai, com a presença do premiê Wen Jiabao, preparando os projetos que estão sendo disputados no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e na Rússia. Além dos que são construídos em volume expressivo na China, e no Japão que não dispõe mais de tanta agressividade.

O dirigente máximo da WIPO – World Intellectual Property Organization, Francis Gurry, onde se disputam as patentes entre os que se acham com direitos, decidiu que a organização não se envolverá nos problemas que envolvem os japoneses e chineses com relação aos trens rápidos, ficando por conta de cada país admitir as patentes que serão utilizadas.

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Ao mesmo tempo, uma das grandes empresas europeias que também participavam de divergências com os chineses, como a Siemens, assinaram um acordo com eles, na presença da chanceler Angela Merkel. O acordo envolve os projetos na Califórnia, nos Estados Unidos. Os chineses, que já possuem mais de 7.000 quilômetros de trens rápidos, pretendem chegar a 16.000 nos próximos anos, sendo motivo de orgulho daquele país, ainda que sejam deficitários.

Eles disputam projetos em outros países com suas tecnologias, que afirmam ter aperfeiçoado mais que os dos japoneses, contando com custos mais baixos e financiamentos abundantes. O jornal japonês chega à conclusão que os japoneses também necessitam estabelecer acordo semelhante, pois sem isto ficarão fora do mercado mundial. Alguns dirigentes japoneses lamentam a situação, mas tudo indica que precisam ser pragmáticos se desejam permanecer no mercado internacional.

As disputas envolvem a japonesa Kawasaki Heavy e também a canadense Bombardier, mas somente os japoneses expressaram as suas contrariedades oficialmente, pois todas as demais desejam contar com fatias do mercado mundial, pois suas participações são sobre partes dos materiais rodantes que representam, no máximo, 30% do custo total dos projetos.

Lamentavelmente, ainda que os japoneses tenham desenvolvido tecnologias de qualidade, suas atuais qualificações não os tornam competitivos nos mercados externos, principalmente em fornecimentos de trens rápidos, necessitando de associações com empresas de outros países, como os que vêm negociando com os coreanos.

A dimensão mundial deste mercado é astronômica e a sua execução deverá demandar muitas décadas, generalizando-se por outros países, tanto de grandes populações concentradas como de dimensões geográficas expressivas.


Imigração Internacional na Crise Econômica

29 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

O jornal Valor Econômico informa que os registros da autorização da entrada de estrangeiros no primeiro trimestre deste ano acusaram um sensível crescimento com relação ao ano passado. Na maioria dos países desenvolvidos, principalmente na Europa, o nível de desemprego está elevado, até do pessoal melhor qualificado, provocando a volta de muitos que tinham emigrado para lá, principalmente do mundo menos desenvolvido, e até dos que se tornaram emergentes nas últimas décadas. O elevado desenvolvimento não só do Brasil demanda mais mão-de-obra qualificada, e é natural que parte dos desempregados se disponha a tentar a sua vida em novas terras.

O Brasil vinha sendo um país que tinha uma corrente emigrando para países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, Japão, países europeus e até os vizinhos como o Paraguai, que apresentavam boas oportunidades de emprego. No caso do Japão, a grande maioria era emigrantes temporários e legais, por causa de uma legislação especial que levava em consideração a qualidade de descentes de antigos imigrantes japoneses, enquanto em outros países o número dos ilegais era elevado.

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Brasileiros que trabalhavam no Japão estão fazendo o caminho de volta

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Pesquisas Japonesas Para Biocombustível a Partir da Alga

29 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, webtown | Tags: , ,

takaoMuitos esforços estão sendo desenvolvidos em todo o mundo para gerar energia de forma não poluente, e o jornal japonês Nikkei publica uma entrevista que traz uma novidade. Cientificamente, já se comprovou que a alga com a fotossíntese acaba provocando uma biomassa para a produção de etanol, ainda que no momento não seja economicamente interessante. O METI – Ministério da Economia, Comércio e Indústria estimulou a formação de uma Organização Ambiental Para a Criação Marinha (Marine Environmental Criative Organization – Kaiko Sosei), numa colaboração dos institutos de pesquisas com empresas privadas, chefiada pelo professor Takao Kashiwagi do Tokyo Institute of Technology. Os japoneses estão sendo obrigados a utilizar todos os meios para dependerem menos da energia nuclear, depois dos acidentes da Fukushima Daiichi.

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Disputa de Tecnologias dos Trens Rápidos

29 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

Todos sabem que os chineses estão absorvendo tecnologias provenientes do exterior que, aperfeiçoados, informam serem seus. É o caso da nova tecnologia dos trens rápidos que utilizam na nova linha que liga Beijing a Xangaii, mais rápida que os dos japoneses e dos europeus. Sua patente está sendo requerida em cerca de 20 países pelos chineses, inclusive no Brasil, onde pretendem disputar a ligação de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. A notícia está publicada no jornal econômico japonês Nikkei de hoje.

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Visita do Ministro Matsumoto à Cúpula do Mercosul

28 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

O anúncio oficial da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Takeashi Matsumoto, à reunião de cúpula do Mercosul a ser realizada no Paraguai, seguido de encontro com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, mostra a mudança de atitude japonesa com relação à América do Sul. Na nota apresentada pelo jornal econômico japonês Nikkei, há uma menção explícita que o Mercosul tem uma dimensão maior que o Asean, que reúne os países do Sudeste Asiático, que vinha merecendo uma atenção especial da parte do Japão.

O objetivo principal é avançar nas negociações de um Acordo de Livre Comércio – FTA entre os dois blocos, mesmo que distantes geograficamente, pois no atual mundo globalizado, sem avanços globais e multilaterais no âmbito da OMC – Organização Mundial do Comércio, os diversos países estão tentando implementar mecanismos que facilitem o comércio internacional entre as regiões.

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Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota

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As Feiras Livres Em Todo o Mundo

22 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , , | 4 Comentários »

A saudosa professora Alice P.Canabrava ensinava na FEA-USP, no seu curso de história econômica, que a Europa medieval tinha desaparecida a partir do surgimento das feiras em algumas cidades atraindo comerciantes de outras localidades. Na China, desde o surgimento da Rota da Seda, formavam-se feiras em algumas cidades ao seu longo, e mais recentemente, mesmo quando o regime era ainda comunista e chefiada pelo Mao, os agricultores entregavam metade de sua produção para o Estado e comercializavam a outra metade em feiras locais, enriquecendo-se mais que os que viviam nas cidades. Tive a oportunidade de constatar pessoalmente esta abertura em 1985, já com a forte reforma promovida por Deng Xiaping.

Até hoje, em cidades como Paris ou Roma, existem feira livres, onde os pequenos produtores rurais comercializam de tudo da sua produção no meio rural. Queijos, pães, verduras e hortaliças, embutidos, frutas, ovos, tudo da melhor qualidade, apreciada pelos compradores, mais que nos supermercados, por serem mais frescos e rústicos. Em Aix, em Provence, onde me encontro hoje, existe uma feira diária numa das praças próximas à Prefeitura, que sempre é interessante visitar. No Brasil e em São Paulo, elas estão se reduzindo, vendendo produtos que adquirem no Ceagesp, no atacado.

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Produtos em uma feira livre em Paris: qualidade indiscutível

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