Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Dificuldades de Globalização das Empresas Japonesas

14 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , ,

Que há um esforço das empresas japonesas para adaptar a sua estratégia para o mundo globalizado, não se duvida. Mas o exemplo da Mitsu & Co. dá uma ideia das dificuldades para tanto, o que ficou claro na entrevista do seu managing office Hironobu Ishikawa para o jornal japonês Nikkei. Ele reconheceu que mais da metade dos ganhos de sua companhia ocorrem no exterior, e só agora preparam um plano de médio prazo para adaptar os seus recursos humanos para esta realidade. É possível que parte dos resultados no Japão também seja decorrente das atividades provenientes do exterior.

Na parte da entrevista publicada, Ishikawa informa que um dos objetivos de médio prazo do plano de negócios da Mitsui é a globalização dos seus recursos humanos. As mudanças na alocação dos recursos gerenciais estarão em linha com as mudanças no cenário dos negócios, e eles necessitam de um sistema flexível para tanto.

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Hironobu Ishikawa

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Turistas Chineses no Japão no Festival da Primavera

11 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Apesar das dificuldades diplomáticas entre a China e o Japão, durante os feriados do Ano Novo Lunar chinês, que também chamam de Festival da Primavera, quando muitos turistas aproveitam para visitar o exterior, o fluxo deles para visitar algumas localidades japonesas aumentaram em cerca de 20% com relação ao ano passado. Foi uma injeção de vendas que muitas lojas de porte médio do Japão não esperavam. Comparando 2010 com o ano anterior, os dados japoneses estimam que houve um crescimento de 40% no número destes turistas chineses.

Aos locais tradicionais de compras das grandes cidades japonesas, estes turistas estão preferindo outlets que estão se especializando no atendimento. Estão sendo construídos por tradicionais investidores japoneses em imóveis. São em cidades de porte médio do Japão, que necessitam providenciar funcionários falando mandarim para atender estes turistas, bem como aparelhados para receber pagamentos em renmembi, ou em cartões de débitos chineses, como o UnionPay. Na Província de Shizuoka, um outlet com cerca de 200 lojas, Gotemba Premium Outlet, com vista privilegiada para o Monte Fuji, foi uma das privilegiadas.

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Turistas chineses invadem loja da Louis Vuitton no Japão

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Mudanças de Comportamento dos Jovens Japoneses

11 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , | 2 Comentários »

Por ironia, o jornalista Jonathan Soble do Financial Times informa que os atuais jovens japoneses, apesar do atual elevado desemprego pelos padrões daquele país, estão indicando que se distanciam das profissões relacionados com o desenvolvimento tecnológico. Ele chama a atenção que Akio Morita, co-fundador da Sony, orgulhava-se na sua autobiografia em 1986 que o Japão se concentrava na formação de engenheiros, enquanto os Estados Unidos contavam com muitos advogados.

Ainda hoje, muitas empresas japonesas dependem da tecnologia para enfrentar a concorrência com os coreanos e taiwaneses. Uma pesquisa efetuada pelas empresas japonesas informa que no ano passado dois terço delas sentiam as limitações da disponibilidade de pessoal técnico capacitado voltado à tecnologia.

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Mudanças Efetivas no Suporte do JBIC

8 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Um interessante artigo de Michiyo Nakamoto, de Tóquio, acaba de ser publicado hoje no Financial Times, dando conta de uma mudança efetiva na atitude do governo japonês no suporte de empresas daquele país, a fim de concorrer com outros países asiáticos. Informa que Tadashi Maeda, do JBIC – Japan Bank for International Cooperation, efetuou uma longa viagem pelo exterior, de forma a tornar o Japan Incorporation competitivo na área dos trens rápidos até usinas atômicas.

O Japão ficou traumatizado quando perdeu para a Coreia a concorrência para construir usinas atômicas nos Emirados Árabes Unidos. É um setor onde conta com tecnologia competitiva e uma longa tradição das usinas mais seguras ao longo de muitos anos, controlando até a Westinghouse norte-americana que fornece para os Estados Unidos, por intermédio da Toshiba.

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Mudanças Expressivas na Construção Naval Mundial

8 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Existem muitos setores industriais que estão se deslocando para novos países produtores, mas o exemplo mais dramático parece ocorrer no setor estratégico de construção naval. É uma indústria de base que, além de construir navios e seus componentes, também constroem equipamentos pesados, como as plataformas que dão suporte para a extração petrolífera e de gás nas costas marítimas.

O Brasil chegou a ser a primeira produtora no mundo, mas deixou de ser competitiva, e está agora recomeçando a retomar suas atividades em função das imensas necessidades do pré-sal. A falta de visão de longo prazo deixou-nos longe dos produtores asiáticos, que disputam acirradamente as grandes encomendas, pois o mundo globalizado vai continuar exigindo transportes marítimos de grandes distâncias.

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Calor Humano nos Robô

6 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Tecnologia | Tags: , ,

O jornalista Michael Fitzpatrick, da BBC News de Tóquio, postou um interessante artigo sobre o acompanhamento mundial da experiência japonesa no uso do robô para o atendimento de pacientes no Japão. Todos sabem que nas atividades industriais repetitivas, como na indústria automobilística, está se intensificando o uso do robô. A grande carência de pessoal para atendimento dos pacientes idosos nipônicos enfrenta a dificuldade de licenciamento de profissionais provenientes de outros países, e muitas tentativas estão sendo feitas com equipamentos robotizados.

É evidente que, mesmo efetuando esforços para que tais robôs tenham algumas reações humanas, como alegria e contrariedade, ainda não se conseguiu substituir os seres humanos, cujo trabalho está se tornando proibitivo pelos seus custos em todo o mundo para atendimento dos muitos idosos necessitados. Algumas tarefas, como medidas dos dados vitais, inclusive exames de eletrocardiogramas, já estão sendo efetuadas por equipamentos, como camas hospitalares, instalações de toilets especiais bem como celulares com funções específicas de atendimento de alguns pacientes. Até alguns animais robotizados estão sendo utilizados para o atendimento de pacientes de Alzheimer com capacidade de transmitir um mínimo de afeição, a partir dos equipamentos destinados ao atendimento de crianças.

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Robôs estão cada vez mais com aparência e funções humanizadas

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Empresas Japonesas Tentam Fusões

4 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , , | 1 Comentário »

O importante jornal econômico norte-americano The Wall Street Journal como o japonês Nikkei noticiaram, observando a demora da operação, que as japonesas Nippon Steel e a Sumitomo Metal Industries anunciaram o plano de se fundirem até outubro de 2012. Estas siderúrgicas, que eram as mais importantes do mundo até algumas décadas passadas, precisaram tomar estas medidas para poder se aproximar da atual líder mundial indiana Acelor Mittal e competir com a chinesa Baosteel e a coreana Posco.

Estas fusões vêm ocorrendo ao longo da história econômica destes países. A Nippon Steel nasceu de uma fusão da Yawata com a Fuji no pós-guerra e, em 2002, a NKK (Nippon Kokan) fundiu-se com a Kawasaki Steel, dando origem a atual JFE.

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Esforços da NEC Para se Adaptar ao Novo Quadro

2 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , | 1 Comentário »

nec-logo-small As grandes empresas japonesas, como a NEC – Nippon Eletric Company, se empenham profundamente para se adaptar ao novo quadro econômico, encerrando algumas atividades, procurando novas parcerias, adotando novas estratégias. O jornal japonês Nikkei publica uma extensa matéria sobre os esforços que a NEC está efetuando.

Os seus negócios com PC serão transferidos para uma nova joint venture que estabeleceram com a chinesa Lenovo. Eles já não produzem mais microchips que passaram a adquirir de terceiros. As vendas anuais do grupo devem se reduzir em 60% com o que tinham no ano 2000.

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Cooperação da Coreia com a Índia

31 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Existe uma constante discussão em todo o mundo sobre as compatibilizações das necessidades de desenvolvimento com os cuidados ambientais, envolvendo agora a Índia e a Coreia. Um artigo da jornalista Alexandra Stevenson publicado no Financial Times informa que a gigantesca Posco coreana conseguiu um novo avanço na Índia, para a instalação da usina siderúrgica que implica em US$ 12 bilhões de investimentos no estado de Orissa, na Índia, com uma autorização provisória.

A Índia projeta uma grande necessidade de produtos siderúrgicos e existem alguns projetos importantes da ArcelorMittal, Tata Metaliks e JSW Steel, e as preocupações ecológicas estão crescendo também naquele país. Evidentemente, do ponto de vista industrial existem hoje tecnologias para evitar poluições, mas que implicam em investimentos pesados. Uma grande siderurgia acaba provocando impactos ambientais amplos em muitos setores, mas os indianos possuem recursos humanos competentes para fazer face a todos estes problemas.

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Logotipo da Posco em sua sede, em Seul

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A China e o Trem Rápido no Festival da Primavera

31 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia | Tags: , ,

Os chineses estimam que neste Ano Novo Lunar que marca a entrada no Ano do Coelho, também chamado de Festival da Primavera, cerca de 230 milhões de pessoas se deslocarão dos seus atuais lugares de trabalho para suas terras natais. É uma massa impressionante, sem paralelo no mundo, e algumas delas utilizarão o sistema de trem rápido implantado recentemente que já chegou a 8.358 quilômetros construídos, como parte das medidas antirrecessivas da China.

Numa matéria publicada pelo acadêmico Liu Wellin no China Daily, informa-se que a passagem entre Guangzhou e Wuhan, nestes trens rápidos e confortáveis, em primeira classe chega a custar 780 yuans, muito acima da possibilidade de um chinês normal. O ticket normal custa 490 yuans, sendo que a passagem aérea é de cerca de 800 yuans, mas existem ofertas especiais deste período que chegam a 300 yuans.

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Verdadeira multidão comemora o Festival da Primavera

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