Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Sobre Senkakus/Diaoyus

21 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 1 Comentário »

A revista inglesa de circulação internacional The Economist trata do assunto das disputas das ilhas asiáticas na sua edição desta semana ignorando que também os ingleses foram envolvidos nas disputas de Folkland/Malvinas com a Argentina localizada bem longe de suas águas territoriais. Estas atuais disputas ocorrem entre China, Japão, Coreia do Sul, Vietnã, Taiwan e Filipinas em variadas ilhas. As retórias oficiais e as manifestações populares que vêm se verificando em diversos lugares, com mais intensidade na China, chegaram a paralisar atividades de conhecidas empresas, e podem comprometer as relações internacionais por longos períodos.

Segundo a revista, o governo chinês está tentando tardiamente minimizar a disputa ciente dos interesses econômicos envolvidos, pois o Japão é o principal parceiro da China. Estes fatos têm importância eleitoral, ainda que no caso chinês a sucessão esteja restrita a influência dos elevados escalões do Partido Comunista. O turismo dos chineses para o Japão é relevante, e nos supermercados japoneses os produtos chineses chegam a ocupar 70 a 80% dos que são vendidos.

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Ilhas de Senkaku / Diaoyu

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Diversidade dos Pontos de Vista dos Economistas

20 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , ,

O jornal econômico brasileiro Valor Econômico vem publicando diariamente uma interessante série de artigos de economistas convidados para arriscar as previsões do que pensam do futuro da economia mundial e brasileira. Na sua maioria, de forma cautelosa, os autores procuram diagnosticar o que aconteceu recentemente na economia mundial, a partir dos Estados Unidos em 2008, fazendo alguns paralelos com o que aconteceu depois da crise de 1929, com repercussões sobre a Europa e a China, enfatizando aspectos diferentes. O primeiro da série foi elaborado pelo professor Fernando Cardim de Carvalho, da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Seguiu-se uma de Alexandre Schwartsman, professor da Insper entre outros títulos, que beirou a brincadeira, como se fora um comentário elaborado no seu centésimo aniversário. O único estrangeiro da série foi Michael Pettis que se destaca pela análise da China, por ser da Universidade de Pequim. Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp, prima por uma visão ampla, considerando ideologias. Luiz Fernando de Paula é conhecido como presidente da Associação Keynesiana Brasileira. Bernardo Guimarães é professor da Escola de Economia da FGV. Yoshiaki Nakano é diretor da Escola de Economia da FGV e sempre tem contribuições interessantes. O último publicado hoje é de Samuel Pessôa, pesquisador do IBRE – FGV. Espera-se que se sigam alguns outros.

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Questões Sensíveis Em Muitos Países

19 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

O mundo está sendo informado, de forma dramática, que alguns assuntos considerados extremamente sensíveis do ponto de vista religiosos e outros de caráter nacional acabam provocando reações violentas e surpreendentes, exigindo desdobradas cautelas nos seus tratos. Um lamentável e precário vídeo foi considerado altamente ofensivo pelos muçulmanos por envolver a figura de Alá, provocando violentas manifestações em muitos países árabes, principalmente contra os norte-americanos e seus aliados considerados responsáveis pela elaboração deste curto e infeliz vídeo, provocando já várias mortes, inclusive de diplomatas dos EUA. As muitas manifestações populares, algumas violentas, continuam se multiplicando na China contra os japoneses, comprometendo anos de incremento das relações bilaterais, diante dos impasses nas disputas de ilhas pretendidas pelos dois países, chamadas de Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses.

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Ataque à embaixada dos Estados Unidos na Líbia

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Disputa pela ilha Senkaku ou Diaoyu provoca manifestações na China

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Os Problemas das Fronteiras Internacionais

18 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Numa entrevista apresentada por Heitor e Silvia Reali com o embaixador Rubens Ricúpero para a revista Brasileiros procura-se fazer um balanço parcial da contribuição de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, cujo legado informa até hoje a orientação básica da diplomacia brasileira no que se refere ao estabelecimento de suas fronteiras internacionais. Vendo as dificuldades atuais do Japão com a China e a Coreia do Sul na disputa de algumas ilhas, é possível aquilatar melhor a capacidade de Rio Branco nas negociações dos pontos críticos de nossas fronteiras internacionais, do Chuí ao Oiapoque.

Tendo trabalhado com o Itamaraty na Comissão da Faixa de Fronteiras e no INCRA, que administrava as terras federais nas fronteiras internacionais, posso dizer que acumulei algumas experiências concretas na importância dos critérios que foram estabelecidas na fixação destes limites com os nossos vizinhos. Não possuímos problemas que sejam contestados pelos brasileiros como pelos países vizinhos.

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Barão do Rio Branco e Rubens Ricupero

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Mario Draghi do BCE Conseguindo a Estabilidade Europeia

17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Desde julho Mario Draghi, o novo presidente do BCE – Banco Central Europeu, com uma política dura está conseguindo salvar o euro das 17 nações europeias, apreciado com relação as demais moedas relevantes no mundo. O custo para a proteção contra o default está o mais baixo dos últimos 15 meses, e a confiança nos bancos da região fez com que suas ações subissem 33% desde junho, segundo o artigo publicado no site da Bloomberg por John Detrixhe, Liz Capo McCormick e Allison Bennett.

Ele já tinha uma fama de elevada competência, conquistada na direção do Banco da Itália, o banco central daquele país, que está sendo confirmada por acadêmicos e operadores do mercado financeiro. Até agora o BCE não teve que desembolsar nada, conseguindo o que os políticos não tinham conseguido, transferindo a responsabilidade às entidades políticas.

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                                                                Mario Draghi

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Filipinas Pronta Para o Desenvolvimento Econômico

17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Muitos países bastante populosos do Sudeste Asiático estão ingressando numa fase de desenvolvimento econômico, como a Indonésia, Mianmar e também as Filipinas, que é um arquipélago com mais de 7 mil ilhas e uma população próxima de 100 milhões de habitantes. Num artigo publicado pelo The Diplomat, Jon Morales, que é da The Asia Foundation para as Filipinas, mostra que o país se destaca na melhoria contínua do Índice Global de Competitividade elaborado pelo World Economic Forum, tendo subido dez posições nas duas últimas versões.

A agressividade da China nos mares da região provocam preocupações, pois as Filipinas, que tinham uma forte influência dos ibéricos antes da Segunda Guerra Mundial, ficaram do lado dos Estados Unidos para bloquear as pretensões japonesas de avanço na região. As perturbações políticas e militares não favorecem as pretensões atuais das Filipinas na conquista de padrões mais elevados de desenvolvimento, aproveitando os seus pobres recursos humanos que ainda procuram empregos nos países mais dinâmicos ou desenvolvidos daquela parte do mundo.

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Aceleração do Crescimento da Economia Mexicana

17 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Num artigo dos jornalistas David Luhnow e Bob Davis publicado pelo The Wall Street Journal informa que o México, cuja economia vem se destacando na América Latina pelo crescimento, aproveita a elevação dos salários na China para recuperar algumas atividades industriais que tinha perdido. Mantendo um sistema de livre comércio com os Estados Unidos e o Canadá, estabeleceu uma zona onde se instalam as indústrias conhecidas como “maquiadoras” que destinam sua produção principalmente para o mercado norte-americano. Vinha sofrendo a concorrência da produção feita na China, que volta ser competitiva no México.

Diversas empresas de consultoria econômica e empresarial confirmam que as empresas instaladas no México contam com vantagens comparadas com as instaladas na China e nos Estados Unidos para aproveitamento do mercado norte-americano. As produtividades no México são mais elevadas que as chinesas, e a proximidade do mercado determinam custos de transportes mais baixos e prazos de entrega menores. Os seus custos são mais baixos que nos Estados Unidos, ainda que existam problemas como da elevada criminalidade ligada às drogas. Muitas indústrias estrangeiras de automóveis estão instaladas no México. E os mexicanos conseguiram montar uma cadeia de suprimento para o mercado dos Estados Unidos.

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Limitações Humanas Dificultam Propósitos Coletivos

16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Mesmo com fortes disposições coletivas no Vietnã, verifica-se que fraquezas humanas ocorrem até nas sociedades sujeitas a fortes controles. The Economist relata fatos que mancham o cenário positivo geral que prevalece naquele país, mostrando que os seres humanos são propensos a cometer irregularidades difíceis de serem coibidas, mas que os culpados são punidos de forma a não disseminar a impunidade. Como todos sabem, os vietnamitas lutam para construir uma sociedade emergente no Sudeste Asiático, depois de passarem por histórias de guerra que galvanizaram a sua população, mas também lá ocorrem problemas que necessitam ser corrigidos, de forma a não comprometer a sua consolidação. São problemas que têm dificultado alguns países que passaram por períodos de forte controle central, para caminharem por sistemas com maior transparência.

O Vietnã enfrenta também problemas com instituições financeiras, executivos em fuga, prisões, saída de recursos para o exterior, como não tinha ocorrido nos últimos anos. A ponto de correrem boatos da necessidade do FMI para resolver seus problemas. Due Kien é um empresário extravagante que criou o ACB, um dos maiores bancos do país, e está sendo obrigado a deixar os seus negócios acusado de irregularidades, uma má gestão econômica. Quando a economia apresentava rápido crescimento com o ingresso de investimentos estrangeiros, muitos dos seus problemas foram negligenciados. Hoje, o Vietnã enfrenta concorrências na região com a melhoria de Camboja, Indonésia e Mianmar, segundo a revista.

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The Economist Analisa a Política Econômica Brasileira

16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

No mundo econômico atual, é difícil que alguém esteja satisfeito com as medidas duras que precisam ser tomadas pelas autoridades. Elas estão limitadas pelos constrangimentos existentes na economia, ainda que desejem ativar as atividades econômicas, e mesmo assim Dilma Rousseff consegue manter o seu prestígio pessoal, o que tem sido difícil para outros governantes. Mesmo no processo de combate à corrupção, onde o Supremo Tribunal Federal está surpreendendo com a sua dureza, a presidente Dilma Rousseff vem mantendo uma postura positiva, mesmo tendo alguns dos seus partidários atingidos.

O artigo do The Economist mostra que parte deste esforço está sendo reconhecido, notadamente no que se refere à política econômica. Ainda que não possa se igualar a Margareth Thatcher, o fato concreto é que conseguiu resistir às greves dos funcionários públicos que possuem estabilidade nos seus empregos, informando que o governo procura criar os que beneficiam os que ainda não contam com postos de trabalho. Conseguiram conter com um aumento de 15,8% nos próximos três anos, o que pode ficar abaixo da inflação, portanto sem nenhum ganho real.

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Dilma Rousseff

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Reunião do FMI e BM em Tóquio

16 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

É surpreendente que somente depois de cerca de 50 anos, a reunião do FMI – Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial venham a se realizar em Tóquio. O Japão foi por muito tempo a segunda economia do mundo, e um dos grandes financiadores de ambas as instituições para poder assistir a outros países. A reunião deve atrair cerca de 20 mil visitantes do exterior, do mais alto nível, que acompanham as autoridades dos 188 países que devem estar representados. Um artigo do jornal japonês Nikkei informa que a maior parte da capacidade hoteleira da cidade já está reservada.

Todos sabem que estas reuniões ajudaram a acelerar as consolidações de importantes cidades como Seul, pois com estas reuniões acabam sendo vitrines para o resto do mundo. As estruturas hoteleiras bem como os locais para amplas reuniões necessitam ser preparadas, e Tóquio conta com as melhores condições para tanto. Ainda assim, as principais reuniões devem ocorrer nas dependências do tradicional Hotel Imperial. Como muitos bancos promovem reuniões paralelas aproveitando a oportunidade para contatos importantes, os principais hotéis de Tóquio já estão com suas dependências reservadas, estimando-se que sejam de 250 eventos. As reuniões devem se realizar entre os próximos dias 9 a 14 de outubro.

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Hotel Imperial de Tóquio

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