Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Valor Econômico Entrevista CEO do Grupo Zegna

16 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: ,

Uma entrevista concedida por Gildo Zegna, CEO do consagrado Grupo Zegna, para a jornalista Maria da Paz Trefaut, do Valor Econômico, esclarece algumas características dos consumidores dos seus produtos considerados de luxo em todo o mundo. Ele esclarece que os chineses já consomem 40% dos produtos com a marca Ermenegildo Zegna, uma das mais consideradas voltadas para o público masculino, cujas vendas atingiram 1,1 bilhão de euros em 2011, ao mesmo tempo em que informa como veem as características dos principais consumidores de mais de 90 países onde atuam.

Ele considera que é preciso ter sensibilidade e percepção para apostar e investir em design e produtos novos, principalmente para os mercados como do Brasil e da China que possuem público mais jovem, que têm muito interesse em novidades. Ele informa que os brasileiros preferem uma moda mais casual, possivelmente pelo clima, mas lamenta que aqui os seus produtos sejam os mais caros do mundo, depois do pagamento das tarifas alfandegárias e impostos. Muitos brasileiros adquirem produtos Zegna no exterior.

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Gildo Zegna e alguns produtos da grife Ermenegildo Zegna

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Lições das Cúpulas das Américas para o Rio + 20

16 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Todos os jornais estão noticiando que a 6ª Cúpula das Américas realizada em Cartagena, na Colômbia, reunindo os presidentes de 30 países das Américas, inclusive Barack Obama, dos Estados Unidos, e Dilma Rousseff, do Brasil, foi um fracasso, não se conseguindo sequer um acordo sobre um comunicado conjunto. Dois tópicos parecem ter sido os que não unificaram as posições dos participantes, a participação de Cuba nas próximas reuniões do grupo que vêm sendo realizadas desde 1994 e a menção de Folkland/Malvinas em solidariedade às pretensões da Argentina.

Na ânsia de aumentar a presença mundial de países que ganharam importância internacional nos últimos anos, vêm se repetindo reuniões de cúpula sem o adequado preparado de um mínimo de base consensual. Sem a apresentação de alguns resultados objetivos, o recomendável é que estas reuniões não se repitam como parece que está sendo cogitado no caso da Cúpula das Américas. Os mais experientes sabem que costuma haver uma minuta de decisões mínimas preparadas antecipadamente pelos diplomatas dos principais países participantes, que acabam recebendo somente um reforço dos dirigentes máximos.

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Dificuldades das Autoridades com as Usinas Amazônicas

16 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Quando se observam os artigos como os publicados por Michael Smith no Bloomberg Markets Maganize e Daniela Chiaretti e André Borges no Valor Econômico sobre as usinas hidroelétricas na Amazônia, notadamente Belo Monte, constata-se que as autoridades brasileiras estão perdendo, no mínimo, na batalha das comunicações sociais. As pessoas mais ponderadas sabem que não existe um desenvolvimento com a concordância plena de toda a opinião pública, e sempre as autoridades acabam sendo colocadas como vilãs nas duras decisões tomadas, considerando as vantagens e os seus custos, que sempre existem. Mas parece que é indispensável que as autoridades apresentem todos os balanços necessários, procurando minimizar as naturais resistências que devem encontrar.

As desvantagens acabam sendo agigantadas quando existem problemas naturais de execução dos projetos ao que se somam ineficiências na consideração das dificuldades que podem ser geradas, dentro da nova consciência da opinião pública sobre os valores da preservação ambiental. Dificilmente, houve avanços em toda a história da humanidade onde os interesses de grupos não foram afetados. Atualmente, as simpatias da opinião pública se voltam para alternativas, como se eles também não tivessem seus custos sociais, pois até a cana de açúcar e seus derivados não estão isentos dos lançamentos de carbonos.

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Locais que serão afetados pela construção de Belo Monte e que são motivos de polêmicas

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Ajustamentos na Economia Brasileira

13 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 1 Comentário »

O atual tom da discussão entre o governo e o sistema financeiro brasileiro certamente não está beneficiando ninguém, principalmente com as notícias veiculadas na imprensa dando a impressão de conversas de bicudos. Que os juros estão elevados no Brasil todos concordam, inclusive elevando a inadimplência, mas uma forma mais elegante para promover a sua baixa poderia ser adotada. O governo não teve a habilidade, para muitos, na preparação das condições para tanto, com entendimentos prévios com os principais responsáveis pelo sistema financeiro privado, como já ocorreu no passado. Os mesmos resultados poderiam ser obtidos, pois imaginar que o setor financeiro privado pode enfrentar as autoridades não parece ser a coisa mais inteligente. Todos, na economia brasileira, acabariam sendo prejudicados, sem ganho para ninguém.

É de se acreditar que o sistema financeiro brasileiro nunca teve a pretensão de manter-se intocável, com o poder de provocar um desastre mundial como o que ocorreu em 2008 com o papel preponderante dos bancos internacionais. Sendo privado, sempre estará pensando na máxima rentabilidade possível e já promoveu uma elevação substancial do custo dos seus serviços, e certamente não imagina que poderá continuar com esta posição privilegiada, provocando prejuízo relativo para todos os demais setores da economia, inclusive o segmento público.

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Uso de Medicamentos Genéricos no Japão

13 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Não faz muitos anos que vêm ocorrendo mudanças no mercado japonês de medicamentos. No passado, os médicos que atendiam nos hospitais prescreviam medicamentos para os seus pacientes que eram fornecidos no próprio hospital, na quantidade exata da prescrição. Depois, começaram a ser vendidos em farmácias localizadas nas proximidades das residências japonesas. Agora, o jornal Nikkei informa que está havendo um aumento substancial do uso de medicamentos genéricos, muitos produzidos no exterior.

A partir de 1º de abril último, os médicos que prescreverem medicamentos de marca precisam escrever também todas as alternativas genéricas existentes. Os genéricos respondiam por 23,6% no final de 2011, mas existem previsões que devem se elevar nos próximos anos. As indústrias farmacêuticas estão se ajustando para atender a nova demanda japonesa.

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Farmácias no Japão

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Agiotas Chineses Condenados à Morte

12 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Todos os números que envolvem a China são astronômicos, e a Bloomberg publica um artigo de Jun Luo, de Xangai, e Yidi Zhao, de Beijing, com a editoria de Peter Hirschberg, citando cifras inacreditáveis de operações dos agiotas, pois suas ações não estão regulamentadas. Ren Xianfang, economista da IHS Global Insight, de Beijing, estima que os chamados “Shadow Banks” estariam com empréstimos e investimentos da ordem de US$ 1,3 trilhão, que corresponde ao déficit do governo dos Estados Unidos em 2011. Ou, segundo Yao Wei, economista do Societé Generale, somando-se as “trust companies” ligadas aos bancos, o total chegaria a US$ 2,4 trilhões, quase o endividamento das famílias norte-americanas.

Este assunto vem sendo discutido na imprensa e pelas autoridades chinesas, pois existem muitos condenados à morte pelas práticas ilegais, tendo o primeiro-ministro Wen Jiabao comentando o tema numa entrevista à imprensa em 14 de março último. Segundo ele, as empresas chinesas, especialmente as pequenas, necessitam destes fundos, e é preciso efetuar os financiamentos privados de forma regulamentada. Segundo a Bloomberg, o caso que se tornou mais conhecido foi a condenação à morte de Wu Ying, de 28 anos, conhecida como a “Rich Sister”, que foi considerada culpada por tomar dos investidores US$ 55,7 milhões sem pagar de volta. Ela não é a primeira, não se sabendo ao certo quantos estão condenados, o que vem sendo veiculado pela Xinhua News Agency e pelo People’s Daily, que são oficiais do governo chinês. Também nos altos organismos do Partido Comunista da China, estes assuntos estão sendo discutidos, com alguns entendendo que a condenação à morte não é a sua solução.

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Computação nas Nuvens Chega à Agricultura

9 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Aqueles que imaginam que a agricultura de hoje ainda continua com tecnologias tradicionais podem estar enganados. Um artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei informa que até a agricultura japonesa está mudando, deixando de ser feita pelos idosos, mas incorporando jovens com elevada tecnologia. A NEC está oferecendo tablets que são utilizados não somente para controle dos custos e das previsões de safra, mas para fornecer aos distribuidores as informações das próximas safras de legumes e outros produtos agrícolas, mesmo com as variações do clima. Os produtores de commodities agrícolas do Brasil estão ligados com as cotações do mercado de Chicago, sabendo exatamente as opções entre a produção de soja ou milho, por exemplo.

Desde janeiro de 2011, as empresas agrícolas do Japão já utilizam estes sistemas de computação nas nuvens, tanto para a avaliação dos fertilizantes e outros insumos a serem utilizados como para o andamento de sua produção, tendo informações de outros produtores. Ao mesmo tempo, uma cadeia de lojas de conveniência como a Lawson, utiliza estas informações para as suas programações de compras. Tanto produtores como distribuidores acabam sendo beneficiados, não somente com os dados da sua produção como de outros produtores.

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Os Cuidados Ecológicos Exigidos Pelo Pré-Sal

9 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Aos poucos vão ficando mais claros os desafios que existem para a exploração sustentável do pré-sal brasileiro. Ainda que tenham sido localizadas reservas promissoras na região, o conhecimento mais profundo de suas condições, inclusive geológicas, mostra a magnitude dos desafios existentes. A Folha de S.Paulo publica duas matérias que chamam atenção sobre dois aspectos relevantes. O primeiro, relacionado com os marcos regulatórios indispensáveis, utilizando o lançamento do livro de Maurício Trombino Tolmasquin e Helder Queiroz Pinto Junior sobre a experiência internacional disponível, ressaltando o exemplo da Noruega na exploração do Mar do Norte. O segundo, apontando que a logística exigida aumenta os riscos de acidente do pré-sal, com muitas informações úteis para a sua avaliação.

Há um consenso internacional que a Noruega apresenta uma regulamentação cuidadosa, com flexibilidade suficiente para enfrentar os problemas que se apresentam na exploração offshore. A própria Petrobras atribui muitos dos seus conhecimentos tecnológicos a sua participação nos esforços para a exploração do Mar do Norte, que devem ser aproveitados também para o pré-sal. O livro organizado por Maurício Tolmasquim, da Empresa de Pesquisa Energética do governo, e pelo professor da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Helder Queiroz Pinto Junior, informa o artigo da Folha, apresenta a experiência do Brasil e da Noruega, além de outros nove países, sobre o assunto da regulamentação da exploração do petróleo. Deve ajudar no aperfeiçoamento da regulamentação brasileira.

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Capa do livro Marcos Regulatórios da Indústria Mundial do Petróleo e vazamento de petróleo da Chevron no campo de Frade

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O Complexo Problema da Energia Elétrica no Brasil

5 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Entre os muitos problemas enfrentados pela economia brasileira, de difícil compreensão para todos, está o do custo da energia elétrica, e dentro do pacote de correções recentes que foram introduzidos pelo governo muitos empresários notaram a ausência de qualquer medida. Em termos internacionais, o Brasil é um dos países que conta com a energia hidroelétrica na sua matriz, que deveria ser mais barata que as geradas por outras fontes. No entanto, os empresários alegam que pagam custos elevados que tendem a subir, tornando-os menos competitivos que os seus concorrentes externos, em parte devido a tributações elevadas sobre seus fornecimentos.

O problema é de grande complexidade, pois existem diferenças regionais pelos setores consumidores de energia e também para os grandes consumidores a possibilidade de contarem com fornecimentos próprios ou adquiridos de terceiros em leilões. Além das dificuldades de gerações, existem os relacionados com a sua transmissão até chegarem aos consumidores, que continuam deficientes. E, nos últimos anos, as precipitações pluviométricas contribuíram para manter os reservatórios abastecidos, o que nem sempre tem sido favoráveis.

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Termoelétrica de Candiota (RS), Hidrelétrica do Funil (RJ) e usina de etanol

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Importância das Pesquisas e Tecnologias no Brasil

4 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

As tradicionais empresas multinacionais também estão se voltando às pesquisas necessárias no Brasil, pois parecem convencidas que os desafios da economia brasileira exigem tecnologias de ponta para assegurarem seus fornecimentos. Dois casos noticiados hoje pelo Valor Econômico mostram casos concretos em que esta orientação está sendo adotada. A filial da Boeing no Brasil, comandada por Donna Hrinak, ex-embaixadora dos Estados Unidos no país, anuncia a montagem de um centro de pesquisas com vistas ao desenvolvimento de biocombustíveis. A FMC Technology, fornecedora de soluções de tecnologia para a indústria de petróleo, anuncia um acordo de US$ 1,5 bilhão com a Petrobras para o fornecimento inicial de 78 equipamentos (valor de US$ 900 milhões), as chamadas árvores de natal submarinas que serão utilizadas no pré-sal, submetidas às maiores profundidades e pressões.

As necessidades brasileiras estão se tornando mais complexas, e a Boeing estima que a demanda do Brasil de aeronaves nos próximos 20 anos devem chegar a US$ 100 bilhões. Mas, no estágio inicial das pesquisas, os montantes investidos são modestos, devendo girar em torno de US$ 4 a 5 milhões. Além do biocombustível, as pesquisas devem ser voltadas ao controle do tráfego e desenvolvimento de novos materiais para a aviação. Além da Embraer, deverá se manter entendimentos com a FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

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Donna Hrinak, da Boing no Brasil, e José Mauro Ferreira, diretor comercial da FMC Technology no Brasil

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