Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Terras Raras e Outros Exemplos Mostram Preços Funcionando

30 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 6 Comentários »

Mesmo com o controle imposto pelos chineses para a exportação de terras raras, grandes consumidores como a Toyota Motors e a General Eletric tomaram medidas que estão provocando a violenta queda de preço de algumas delas, conforme informa a Bloomberg. Os mecanismos de preços provam o seu funcionamento nestes e outros casos, a sua elevação acaba derrubando a sua demanda pelas descobertas de alternativas, como peças de automóveis ou de equipamentos elétricos.

Quando o preço de algum produto, mesmo essencial como a energia elétrica, eleva-se, acabam sendo desenvolvidos esforços para o seu menor consumo, sendo um mecanismo eficaz de defesa dos consumidores, ainda que isto demande um pouco de tempo. Os equipamentos elétricos estão sendo fabricados para que seus consumos sejam os menores possíveis, além de estimular fontes alternativas de energia, muitos deles renováveis e não poluentes.

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Os Meios Eletrônicos de Pagamentos

29 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 6 Comentários »

O sistema financeiro brasileiro costumava estar na vanguarda mundial das inovações no que se refere ao uso da tecnologia da informática e das comunicações. Mas, como o conjunto todo necessita estar avançando juntos, tudo indica que, segundo o suplemento especial do Valor Econômico, os meios eletrônicos de pagamento parece estar absorvendo o que já está em uso no Japão há algum tempo. Possivelmente, porque o sistema bancário já obtinha ótimos resultados com os elevados juros e as pesadas tarifas cobradas, que não levaram seus profissionais a acompanhar o que já estava ocorrendo no resto do mundo.

Tudo indica que o sistema bancário brasileiro, como em muitos países, também controla as empresas que operam os cartões, a moeda plástica. Agora procura dominar todos os meios eletrônicos de pagamento e não visa atender as conveniências dos clientes, mas os seus próprios. Observei no Japão que um chip inteligente incluído na carteira de identidade permite o pagamento do sistema metropolitano, dos pedágios, como serve também para exercer as funções das moedas plásticas de crédito ou de débito, e pelos móbiles todas as operações bancárias podem ser efetuadas, por estarem sendo associadas aos tais chips.

Novos Blackberry

Chip de novos blackberry poderá agir como carteira de identidade e cartão de crédito e débito

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Presença Global das Empresas Brasileiras

28 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Existe no Brasil uma organização chamada SOBEET – Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica que vem publicando com o jornal Valor Econômico um suplemento sobre as multinacionais brasileiras nos últimos quatro anos. Além dos dados estatísticos sobre esta presença das empresas brasileiras no exterior, informações preciosas sobre as mesmas são publicadas para conhecimento de todos. Informa-se que, em 2008, 23% das empresas brasileiras atuavam no exterior, e os dados atuais indicam que chegaram a 33,6%. Cinco delas chegaram a um patrimônio superior a US$ 10 bilhões cada, ou seja, a Vale, a Petrobras, a Ambev, a Votorantim Cimentos e a Gerdau, mas ainda são poucas comparadas mesmo com os países emergentes.

Segundo os levantamentos, estas empresas buscam o mercado externo pela competitividade internacional, redução da dependência do mercado interno, busca da economia de escala, demanda mundial, estabelecimento de plataformas de exportação, acompanhar os concorrentes no exterior, entre outros motivos.

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As Relações Comerciais entre os Estados Unidos e a China

28 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

O jornal econômico norte-americano The Wall Street Journal publicou um importante artigo de autoria de Justin Lahart sobre os estragos que as importações dos produtos chineses pelos Estados Unidos estão provocando na sua economia, como também está sendo reclamado por muitos outros países. Ele se refere a um estudo de um grupo de economistas sobre o intercâmbio comercial entre os dois países que já foi apresentado numa reunião, mas ainda não está publicado na sua versão final. Existe uma controvérsia entre economistas sobre as vantagens deste intercâmbio e suas inconveniências.

O artigo refere-se às preocupações de economistas que a importação de muitos produtos baratos da China está eliminando empregos nos Estados Unidos, como também ocorre em outros países como o Brasil. As novas pesquisas efetuadas mostram que os estragos são mais profundos do que os supostos, dado o desemprego que vem se constituindo num grave problema na economia norte-americana, dificultando a sua recuperação.

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Toyota e Montadoras Japonesas se Curvam à Realidade

27 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 4 Comentários »

A notícia publicada no jornal japonês Nikkei mostra que, mesmo com a resistência das montadoras automobilísticas tradicionais do Japão, como a Toyota, elas precisam se curvar à realidade econômica que está fazendo com que os consumidores daquele país também tendam a demandar veículos de menor porte. Segundo o artigo, a venda doméstica de veículos no ano fiscal de 2010 (que terminou em março de 2011) caiu 40% com relação ao pico de 1989. Mas os miniveículos se tornaram populares, graças à baixa demanda de combustíveis e reduzido custo de manutenção.

Eles representaram 37% das novas vendas no Japão entre janeiro a agosto deste ano, chegando a acima de 50% em oito províncias da região oeste daquele país. O percentual mais alto foi atingido na província de Nagasaki, tendo chegado a 54,7%.

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O miniveículo Pixis Space da Daihatsu Motor

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Informe Comercial Russo na Folha de S.Paulo

26 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Como já noticiamos neste site, a Folha de S.Paulo inclui mensalmente um encarte comercial na forma de um suplemento, com matérias provenientes da Gazeta Russa, que neste número apresenta artigos variados e interessantes, alguns críticos sobre a situação daquele país, como o desemprego e a preferência para colocação dos mais jovens. Ainda que vise a promoção daquele país, algumas matérias contam também observações sobre seus problemas, como sobre os táxis “ciganos” banidos de Moscou ou as dificuldades com a comunidade islâmica na Rússia. Isto acaba proporcionando maior credibilidade às demais matérias.

Uma matéria de maior destaque é a volta da empresa brasileira Marcopolo, montadora de ônibus à Rússia. Segundo a notícia, a Marcopolo tentou em 2006 uma joint venture com o Grupo GAZ, mas não obteve sucesso e agora tenta em 2012 com a montadora russa Kamaz, iniciando com 250 unidades anuais, procurando chegar em 2016 com 3.000, que é evidentemente um volume pequeno.

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Suplemento Sobre Mineração do Valor Econômico

26 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Se existe um setor econômico que vem se mantendo privilegiado no Brasil, este é o da mineração. A demanda mundial de minérios continua num patamar elevado, mesmo com eventuais ajustes, mantendo preços altamente estimulantes. O Brasil é um país que conta com muitos recursos minerais, variados, abundantes e de boa qualidade, que além de serem exportados para atender as necessidades de outros países, principalmente os emergentes atuais, procura agora tirar partido dos mesmos para adicionar valor, criando empregos de qualidade para os seus recursos humanos.

O jornal Valor Econômico, no seu suplemento especial sobre mineração, no artigo principal de Roberto Rockmann, retrata o recorde bilionário deste segmento econômico brasileiro, que, segundo ele, deve realizar US$ 68,5 bilhões de investimentos até 2015, uma cifra altamente expressiva, mesmo considerando as dimensões brasileiras. As atuais economias dinâmicas do mundo, como a China e a Índia, além de demandarem as produções destas minerações, também procuram participar deste esforço, visando assegurar o seu adequado abastecimento.

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Kirin Disposta a Adquirir a Parte Minoritária da Schincariol

26 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 10 Comentários »

Como já expresso no artigo postado no dia 2 de agosto último neste site, a Kirin – empresa japonesa da indústria de bebidas, principalmente de cervejas, adquiriu a parte majoritária do controle da Schincariol, empresa brasileira envolvida em controvérsias fiscais e disputa entre grupos de acionistas. No domingo, dia 25 de setembro, numa notícia publicada no jornal econômico japonês Nikkei, consta que a Kirin se mostra disposta a adquirir também a parte minoritária deste controle, visando superar uma disputa que está se travando no Judiciário brasileiro.

Segundo a notícia, a Kirin Holding planeja entrar em negociações com os minoritários, para tornar-se a acionista única da Schincariol, da qual adquiriu uma empresa holding que detém 50,45% das ações que representam o seu controle. Como se sabe, os atuais administradores da Schincariol são sobrinhos do seu fundador, cujos filhos detêm a parte minoritária com outra holding, mas ingressaram em juízo alegando dispor da preferência para a aquisição da parte majoritária, criando um impasse grave.

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Artigo de Thais Oyama Sobre a China na Veja

25 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

A experiente e competente jornalista brasileira Thais Oyama publicou um artigo especial na revista Veja sobre a China, com o título “China, a próxima revolução”. Baseado em leituras, viagem à China, entrevistas com personalidades, e usando toda a sua experiência no trato de coberturas complexas, ela aponta que existem duas tendências básicas em disputa naquele país que deverão conviver dentro do Partido Comunista Chinês, que controla tudo que é relevante naquele país, nos próximos anos.

Como amplamente divulgado na imprensa mundial, inclusive nos jornais oficiais da China, ela informa que no próximo ano haverá grandes mudanças na liderança política chinesa, com Xi Jianping, atual vice-presidente substituindo o presidente Hu Jintao. E o vice-primeiro-ministro Li Keqiang substituindo o titular atual Wen Jiabao. Segundo a jornalista Thais Oyama, duas personalidades deverão ganhar destaque na China: Bo Xilai, de Chongqing, que é um dos responsáveis pela nova onda de tendência maoísta, e o seu oponente ideológico Wang Yang, de Guangdong, que teria uma tendência mais liberal, da linha de Deng Xiaping.

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Xi Jianping, Li Keqiang, do Bo Xilai e Wang Yang

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O Discurso de Dilma Rousseff na ONU

21 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Destaque, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , ,

Um discurso de estadista. Dilma Rousseff, presidente do Brasil, como é da tradição da ONU, fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da organização. Um discurso forte, cheio de substância, que orgulha todos os brasileiros e as mulheres de todo o mundo, pois ela se colocou na posição de representante delas. Antecedeu o de Barack Obama, que ficou sem o brilho, ofuscado por esta grande figura que se lança como estadista para o cenário internacional, no palco mais qualificado de todo o mundo.

Abriu o discurso qualificando-se como uma voz feminina, representando mais da metade da humanidade, sem pretensão, mas com muito orgulho. Mostrou as credenciais de um país emergente que vem fazendo a sua lição de casa, com condições de contribuir para a solução da atual crise econômica. Colocou claramente que não se trata da disponibilidade de recursos econômicos, mas falta de recursos políticos e, algumas vezes, de clareza de ideias. Mostrou que o problema principal do mundo atual é o desemprego.

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A presidente Dilma Rousseff faz o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU,. Foto: AP

Expressou ser de um país emergente que está no pleno emprego, menos afetado pela atual crise, mas não imune. Que é preciso um novo tipo de cooperação entre desenvolvidos e emergentes. Que há uma crise econômica de governança e de coordenação política.

Que é possível utilizar os mercados internos dos diversos países para ajudar a resolver os problemas. Mas que há necessidade de reformas das instituições financeiras multilaterais e eliminar o protecionismo. Que é preciso combater as causas, havendo uma inter-relação entre desenvolvimento, paz e segurança. E que o Brasil já vem colaborando, podendo ampliar sua ajuda na segurança alimentar, tecnologia agrícola, energia limpa, combate à pobreza.

Que o Brasil é um país onde árabes e judeus vivem pacificamente, não se tolerando o emprego da força. Que medidas preventivas devem ser tomadas e não intervenções depois de ocorridos os conflitos.

Com uma lógica invejável, justificou a pretensão brasileira de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, mostrando a tradição brasileira de soluções diplomáticas das controvérsias. Colocou-se a favor dos direitos humanos, condenando todos os preconceitos. Lamentou que a Palestina ainda não conquistasse o direito a um assento na ONU, que atenderia aos anseios de Israel por paz com seus vizinhos. Tratou dos assuntos de meio ambiente.

Afirmou que o Brasil descobriu que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Saudou a ONU Mulher, que terá Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, como secretária executiva.

E finalizou: “Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade”. Arrancou aplausos demorados da plateia mais qualificada do mundo.