Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Para Melhor Compreensão dos Efeitos da Radiação

22 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Tecnologia | Tags: , ,

Diante da radiação detectada nos espinafres e no leite, o jornal japonês Yomiuri, no seu site em inglês, explicou o problema com base nas informações fornecidas por cientistas credenciados.

Radioatividade

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O Mundo Ajuda a Reduzir o Exagero de Recursos Para o Japão

19 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , | 2 Comentários »

Muitas vezes, em economia até as melhores intenções podem acabar prejudicando um país. Muitos recursos financeiros de fundos japoneses estavam aplicados no exterior, pois suas poupanças são elevadas. Com as recentes dificuldades japonesas, muitos destes recursos retornaram instantaneamente para o Japão, até para ajudar nos processos de sua recuperação. O iene chegou a uma cotação exageradamente valorizada de 76 por dólar norte-americano exigindo que os países desenvolvidos ajudassem a evitar parte destes recursos, fazendo com que o iene desvalorizasse para acima de 80 por dólar. Muitos jornalistas, economistas mal preparados e alguns que só pensam em especular com estas bruscas variações acabam distorcendo algumas interpretações, não observando que a valorização exagerada do iene prejudica as exportações japonesas e consequentemente o emprego e a recuperação do Japão.

Isto não acontece somente naquele país. A Folha de S.Paulo, associando os noticiários relacionados com a visita de Barack Obama ao Brasil, informa que foram registrados 27 fundos para investimentos no Brasil, e outros estariam a caminho. Estes recursos podem ajudar o país se forem destinados a investimentos físicos de longo prazo. Mas estes não costumam ser o alvo destes fundos, que apresentam elevada volatibilidade, procurando aplicações de curto prazo que proporcionem alta rentabilidade. Se surgirem outras oportunidades, podem sair do Brasil com grande velocidade, além de provocar uma valorização do real, que prejudica nossas exportações e facilita a importação de produtos do exterior. As autoridades brasileiras estão atentas a estes problemas, como as japonesas, procurando neutralizar estes recursos especulativos.

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Brasil Pode Minorar Problemas Mundiais

17 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

No mundo cercado de grandes dificuldades, o Brasil se apresenta como uma alternativa para ajudar a resolver alguns problemas. Os lamentáveis danos provocados pelos terremotos e tsunamis no Japão, seguido dos problemas das usinas atômicas de Fukushima, forçam o mundo a utilizar as fontes de combustíveis que dispõem, além de fornecimentos adicionais de matérias primas e alimentos. Problemas que são agravados pelas dificuldades por que passam os países árabes. As atuais cotações do petróleo são uma indicação destas limitações.

O Financial Times, mesmo com suas idiossincrasias, registra num recente artigo que o Brasil pode servir como uma das plataformas para o crescimento, não só próprio, mas ajudar nas limitações mundiais. A brilhante entrevista de Dilma Rousseff ao Valor Econômico confirma a firme convicção da presidente sobre este desafio e sobre as formas pelas quais pretende enfrentá-lo. Não há nenhum risco da economia brasileira enfrentar a doença holandesa de que fala o jornal inglês, pois ela conta com maior diversificação, pensando fortemente na melhoria do seu mercado interno, contando com um sistema democrático como poucos no mundo.

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Gráfico publicado em matéria no New York Times

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Medidas Preventivas para Terremotos

14 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Tecnologia | Tags: , ,

Ao longo da história existem registros de grandes terremotos que arrasaram cidades importantes como Tóquio, no Japão; São Francisco, nos Estados Unidos; e Lisboa, em Portugal. Neles, os incêndios que se seguiram foram importantes. Um interessante artigo foi publicado por John Schwartz, do The New York Times, publicado hoje no O Estado de S.Paulo. Ele reconhece que o Japão era um dos mais preparados, e registra a declaração de Ivan Wong, da URS Corporation, da Califórnia: “ainda estou em estado de choque”.

Todos sabem que o Japão, como a Califórnia, se localiza nas falhas onde as placas tectônicas se encontram, prevendo-se que haja grandes terremotos a qualquer momento. O Japão se preparou para o terremoto, mas todas as suas medidas preventivas somente tiveram a possibilidade de reduzir os prejuízos em vidas e patrimônio, principalmente com o tsunami. A Califórnia não conta com preparação equivalente.

Iwanuma, norte do  Japão. 11/03/2011. Foto: Kyodo News/APc7edaa20223f92a641b53e4146f13070size_380_nordeste-do-japao-apos-terremoto

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Avaliações Distorcidas dos Estrangeiros Sobre o Japão

14 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , | 2 Comentários »

Existem muitas dificuldades dos estrangeiros entenderem o Japão e o seu povo, que desenvolveu uma cultura de um arquipélago pobre em recursos naturais. Os estudos existentes, como os efeitos do terremoto de Kobe, indicam que estes desastres naturais são estatisticamente insignificantes na determinação do produto nacional, e mostram a importância da aglutinação nacional dos seus esforços. Os investimentos que serão efetuados para a reconstrução do Japão podem provocar um novo surto de crescimento, servindo como um desafio para a sua população, e não uma recessão. O Japão vinha utilizando parte das suas poupanças internas para financiar empreendimentos no exterior, que voltarão agora para os projetos internos, de forma prioritária. Os impactos destas obras ativarão a sua economia.

Muitos avaliam que a economia japonesa estava estagnada, quando o seu crescimento se observava no exterior, como na China e no sudeste asiático. Hoje, cerca de 70% do suprimento, desde alimentos até produtos semielaborados eram provenientes das subsidiárias instaladas no exterior, com poupanças japonesas. Agora, as necessidades nacionais de recuperação vão voltar parte substancial destes recursos para o próprio Japão, cuja dívida pública é importante, mas a custos baixos e prazo longo.

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Efeitos Econômicos do Terremoto e Tsunami no Japão

13 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , , | 38 Comentários »

Uma dúvida que está intrigando a todos os analistas são os efeitos econômicos dos terremotos e tsunamis na economia japonesa, que se encontrava em situação frágil. A Reuters, por exemplo, elaborou um relatório especial sobre o problema, mostrando que os grandes desastres naturais nas economias desenvolvidas não provocaram efeitos significantes. Mas existem circunstâncias especiais no Japão atual que não permitem conclusões claras, pois existem fatores estimulantes como limitações.

O atual desastre vem provocando uma devastação estimada em cerca de 700 vezes a que ocorreu na região de Kobe em 1995, que não alterou a evolução do PIB japonês naquele ano. Está havendo uma aglutinação significativa de toda a sociedade japonesa, fazendo com que a oposição política declare que apoiará o governo em todas as medidas para minorar as dificuldades do povo do Japão. Os trabalhos de reconstrução estimulam a economia, mas o poder público japonês está extremamente endividado, tendo limitações para a mobilização de novos recursos para as obras necessárias. No entanto, toda a dívida pública vem sendo financiada pelas poupanças do povo japonês, não dependendo do exterior, como em muitos países em dificuldades.

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As características do povo japonês, mais que de outros países, tendem a juntar os seus esforços nos desastres naturais, pois tem a cultura de um arquipélago, onde todos dependem dos demais de forma mais direta. As poupanças japonesas, onde o principal instrumento são os depósitos no sistema de correios, representam volumes impressionantes, estáveis, e com custos extremamente baixos. Eles podem ser mobilizados para as compras dos bônus do governo japonês, com custos baixos e prazos longos.

A região mais afetada do Japão não é de concentração industrial, que se situa na área mais próxima de Tóquio e se prolonga para o sul. No entanto, naquele país utiliza-se muito o sistema do “just on time”, pois contavam com sistema eficiente de logística, exigindo poucos estoques de componentes industriais. Foi o aspecto que imobilizou muitas indústrias no episódio de Kobe. Mas foi instituído um sistema de rodízio de corte de energia elétrica por região, por algumas horas durante cada dia, pois sem as usinas atômicas há um risco de black out nacional.

O sistema de transportes está prejudicado, e necessitará de tempo para ser totalmente restaurado. Isto provoca dificuldades nas atividades econômicas, mas as preocupações com o abastecimento da população são de prazo mais curto, pois a agricultura que foi atingida representa hoje menos de 20% da alimentação japonesa.

A dimensão do desastre atual é inusitada. Não há forma de avaliar os prejuízos sobre os recursos humanos, pois muitos estão traumatizados, sofrendo naturais dificuldades psicológicas. Algumas organizações estrangeiras cogitam transferir parte do seu pessoal para áreas menos sujeitas a desastres desta natureza.

O sistema bancário, ainda com dificuldades de comunicação, já começa a funcionar para proporcionar recursos financeiros aos afetados. As prateleiras dos supermercados estão vazias, mas o seu reabastecimento depende do sistema logístico, que pode ocorrer em algumas semanas, ainda que sofrendo limitações.

Quanto aos dados da estagnação da economia japonesa nas últimas décadas, ela pode estar superestimada, pois muitas empresas japonesas cresceram no exterior, na China como no sudeste asiático que passou a ser importante para o abastecimento japonês, inclusive de componentes e produtos industrializados como confecções e eletrodomésticos.

Os poucos estudos econômicos existentes informam que os efeitos dos prejuízos patrimoniais, em países desenvolvidos, não afetam demais a economia, que pode ser estimulada pelas obras necessárias. Com a mobilização de toda a sociedade japonesa, com a ajuda marginal do exterior, tudo indica que a economia japonesa vai acabar se recuperando, podendo representar um desafio que não se observava no Japão recente.


Problema da Usina Atômica Fukushima Um

12 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , , | 6 Comentários »

Como decorrência do terremoto no Japão, seguido do tsunami, diversas usinas atômicas tiveram seu funcionamento suspenso. O problema mais grave ocorreu na usina de Fukushima Um, que sofreu um aquecimento anormal. Isto exigiu que o governo determinasse a evacuação da população de um raio de 20 quilômetros, tornando-se o problema de maior preocupação e urgência naquele país, ao lado do socorro aos atingidos pelo tsunami.

Houve uma explosão de grande dimensão e os técnicos fizeram uma avaliação do que teria acontecido, temendo-se que os equipamentos tivessem sido danificados. Constatou-se que as paredes de concreto que isolam os equipamentos não resistiram ao terremoto recorde de 8,9 graus Richter, seguido do tsunami que fez um grande estrago na região. Isto foi anunciado pelo primeiro-ministro do Japão, e detalhado nas explicações pelo chefe da Casa Civil do governo japonês, numa entrevista transmitida pela NHK para todo o mundo, com a assessoria dos técnicos na matéria.

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Usina nuclear de Fukushima: aquecimento acima do normal

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Folha de S.Paulo Avalia o Crescimento Chinês

11 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: ,

A jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, publica um extenso artigo sobre o crescimento das principais economias do mundo, destacando que a China deve superar PIB dos Estados Unidos até 2020. Seu artigo se baseia numa série de estudos efetuados pela Goldman Sachs, Citigroup e HSBC, para chegar a esta conclusão, que compara o comportamento das principais economias até 2050.

Ela cita o relatório “3G – Geradores Globais de Crescimento” do Citigroup que, ousado, tem uma projeção que a China supere os Estados Unidos antes de 2020, e mais, que a Índia se tornará a primeira superando a China até 2050. Isto decorre de uma estrutura populacional mais jovem da Índia, enquanto os Estados Unidos estará com a população decrescendo e a China com muitos idosos. Willem Buiter, economista chefe do Citi, um dos autores do relatório, indica que países emergentes ainda estão com a renda baixa, atraindo novos investimentos estrangeiros.

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Xangai, na China,Mumba, na Índia, e ilha de Manhattan, em Nova Iorque

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Problemas Demográficos Chineses e Suas Consequências

11 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Se existe algo confiável para os economistas são as tendências demográficas e suas consequências na economia, que costumam ser estáveis salvo uma calamidade como uma guerra avassaladora. Na atual reunião do Congresso Nacional do Povo do Partido Comunista Chinês, informa-se que está em discussão a modificação da política de um filho ou filha por casal da etnia han, que vigora nos centros urbanos. As estimativas dos especialistas nestas questões informam que a futura estrutura demográfica chinesa, com uma proporção muito elevada de idosos, é uma redução percentual da mão de obra ativa. A China tende a ser ultrapassada na economia pela Índia em algumas décadas. O assunto tem sido divulgado por muitos jornais, inclusive o China Daily.

De outro lado, o Wall Street Journal publica um artigo da Brenda Cronin informando que alguns estudos relacionam a falta de noivas na China com sua elevada poupança, que desequilibra o mundo. Um estudo divulgado por Shang-Jin Wei, diretor do Instituto Chazen e professor da Columbia Business School, informa que existem 1,15 homens na idade pré-casamento para cada mulher naquele país. E, por causa disto, seus pais utilizam a educação e a riqueza para que seus filhos tenham possibilidade de casamento no incrivelmente competitivo mercado destas uniões, como ele anunciou no prestigioso Council on Foreign Relations em Nova Iorque.

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Pirâmide da população chinesa no geral

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Pirâmide da população chinesa proporcional

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Déficit Comercial Chinês

10 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Para surpresa de muitos analistas a China registrou em fevereiro um expressivo déficit de cerca de US$ 12 bilhões em fevereiro último, o maior desde fevereiro de 2004. Os feriados do Ano Lunar afetaram as exportações que ficaram abaixo do esperado, e os analistas entendem que este resultado é temporário, devendo se retornar à tendência de elevados superávits, conforme registrou o site da IG, mas também foi noticiado nos principais jornais do mundo, inclusive o China Daily.

O déficit é um resultado positivo para as autoridades chinesas, ajudando a reduzir a pressão que sobre de muitos países para uma valorização do seu câmbio. As exportações cresceram somente 2,4% com relação ao mesmo mês do ano passado, ficando bem abaixo dos 26,2% previstos. Também as importações cresceram 19,4% quando se esperava 32,3%.

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Imagens do Porto de Xangai

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