Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Máquina Caseira de Pão de Arroz

12 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: ,

O jornal econômico Nikkei informa o lançamento, com grande sucesso, do novo aparelho da Sanyo, hoje uma subsidiária da Panasonic, que permite produzir pão a partir do grão comum de arroz. O que já existia de forma limitada no Japão é o pão produzido de uma farinha de arroz, cujo preço sempre foi muito mais elevado que o do arroz em grão, cereal largamente consumido pelos orientais. Os aparelhos para o preparo do arroz foram os primeiros introduzidos há décadas, inicialmente para a forma consumida pelos orientais, mas que passaram a ser utilizados também no Ocidente, permitindo variações como o preparo de alguns tipos de risoto.

Os destinados à produção do pão de trigo também têm um largo consumo, para um tipo mais semelhante ao pão de forma, permitindo que se utilizem outros cereais como centeio e assemelhados. O sucesso de venda deste novo aparelho após o seu anúncio foi tão grande que o seu lançamento acabou sendo antecipado, e atualmente só é possível atender os consumidores que já fizeram a sua encomenda antecipadamente. Ele custa, no varejo, um pouco mais de US$ 600 cada.

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Resumo das Decisões do G20 em Seul

12 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , , , , , | 2 Comentários »

A importante reunião de cúpula do Grupo dos 20 em Seul, na qual compareceu o presidente Lula da Silva acompanhado da presidenta eleita Dilma Rousseff, procurou um avanço nos entendimentos possível entre posições divergentes de países relevantes no atual cenário internacional. Não se podia esperar por decisões radicais, mas tudo indica que há uma consciência geral que o mundo passa por uma fase importante, e que todos necessitam envidar esforços para correção dos desequilíbrios que possam ser identificados.

No comunicado conjunto que veio sendo elaborado ao longo de semanas de negociações entre as delegações dos diversos países, anuncia-se um Plano de Ação de Seul que orienta as principais medidas a serem tomadas até a próxima reunião em fins de 2011, a ser realizada na França.

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Líderes mundiais durante encontro do G20, em Seul. Foto AP

Ficou decidido que serão elaborados indicadores dos desequilíbrios econômicos que estejam ocorrendo nas relações entre os diversos países, com a ajuda do FMI – Fundo Monetário Internacional, a fim de permitir a identificação e a correção para a sustentabilidade da economia globalizada, e eles devem ser objetos de decisão na próxima reunião de 2011.

Reafirmou-se que o câmbio entre as diversas moedas deve continuar a ser estabelecido pelo mercado, evitando-se a desvalorização competitiva que está ocorrendo atualmente, mantendo-se a flexibilidade cambial. Na análise da situação mundial, prestigiou-se o papel do FMI, que está sofrendo ajustamentos para acomodar a importância que os países emergentes ganharam no cenário internacional.

Os diversos fóruns específicos, realizados no âmbito das Nações Unidas, foram reconhecidos, como os relacionados com o clima, a biodiversidade, insistindo-se que os esforços de liberalização do comércio devem ter prosseguimento, ainda que as rodadas como a de Doha continuem com dificuldades, estimulando iniciativas de acordos regionais ou bilaterais de livre comércio ou de parcerias econômicas.

Numa análise ainda preliminar, deve-se admitir que esta reunião do G20 acabou sendo de grande utilidade para a colocação franca das posições de muitos países sobre os problemas econômicos internacionais, ainda que não seja possível tomar ações corretivas por ora. Ficou claro, no mínimo, que há um consenso sobre os desconfortos de todos, havendo necessidade da elaboração de indicadores que permitam o estabelecimento de negociações sobre os limites de suas variações, bem como os mecanismos que serão adotados para suas correções.

Seria muito difícil conseguir resultados mais concretos, mas as reafirmações dos chefes de governos e das principais organizações mundiais sobre estes problemas aparentam um avanço, estabelecendo um compromisso com os aperfeiçoamentos necessários, que deverão ser discutidos e negociados durante um ano.


Denso Escolhe Brasil Para Implantar um Centro de Pesquisa

11 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , | 2 Comentários »

A General Eletric anunciou sua intenção de efetuar US$ 500 milhões de investimentos no Brasil, inclusive estabelecendo um centro de pesquisas para utilizar a criatividade dos brasileiros. De forma similar, a Denso japonesa, uma das maiores empresas de autopeças no mundo, anunciou no jornal econômico japonês Nikkei que decidiu estabelecer em Santa Bárbara do Oeste, Estado de São Paulo, um centro de pesquisas para produtos voltados aos países emergentes.

Além das notícias que alimentam a guerra econômica mundial antecedendo a reunião do G20 na Coreia do Sul, as empresas que operam mundialmente parecem convencidas que os países emergentes, como o Brasil, devem ser objeto de atenções especiais para uma nova fase que envolve pesquisas, preparação de mão-de-obra qualificada, usando as qualificações dos recursos humanos locais. Não se trata somente da competitividade da produção utilizando a mão-de-obra barata ou outras facilidades, mas de um profundo convencimento que estes mercados tendem a continuar com elevadas taxas de crescimento. Já noticiamos as pesquisas e treinamento de mão-de-obra que os japoneses desejam fazer na Bolívia.

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Panasonic Investe no Brasil

9 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , | 2 Comentários »

A empresa japonesa Panasonic divulgou, por intermédio do jornal japonês Nikkei, sua decisão de construir uma fábrica de 170.000 metros quadrados no subúrbio de São Paulo para as produções de eletrodomésticos, que até o momento estão sendo importados de Taiwam. A empresa já vinha estudando como aumentar seus investimentos em países emergentes, não só no Brasil como na Índia. O seu presidente visitou São Paulo, onde esteve com empresários que atuam no varejo de seus produtos, ficando impressionado com o mercado, bem como atuação dos seus concorrentes.

Segundo a notícia, inicialmente eles produzirão 500.000 unidades de refrigeradores, que estão estimados para estarem à venda no varejo em outubro de 2012. As máquinas de lavar roupas em número de 200.000 estão previstas para março de 2013.

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Investimento Público Privado Japonês na Bolívia

9 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: ,

O respeitável jornal econômico japonês Nikkei anunciou hoje que um inédito consórcio público privado japonês ganhou a concorrência para um projeto de teste de exploração de lítio na Bolívia, vencendo a China, a Coreia do Sul e outros países. Pelo que se sabe é a primeira vez que um consórcio público privado desta natureza é formado pelo próprio METI – Ministério de Economia, Indústria e Comércio do Japão, Kyoto University, Sumitomo Co., Japan Oil, Gas and Metals, National Institute for Advanced Industry, Science and Technology, Mitsubishi Co. e University of Kitakyushu.

Segundo a notícia, o Japão importa atualmente 86% do lítio do Chile, e este material é estratégico para a produção de baterias de lítio que são utilizadas para veículos elétricos, uso de energia solar e eólica. O projeto será desenvolvido no Salar de Uyuni, imenso antigo lago de sal situado no oeste boliviano e considerado a maior reserva de lítio do mundo. Será estudada a localização mais conveniente de sua exploração, bem como tecnologia do seu enriquecimento e purificação. Deverá ter início em 2011 e será estendida por 18 meses.

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Salar de Yuni, na Bolívia

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Vale em Parceria com a Posco no Ceará

5 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , ,

Se havia um comportamento pouco compreensível da Vale que se concentrava na exportação de minérios no Brasil e exploração de jazidas no exterior, depois do presidente Lula da Silva ter manifestado a sua insatisfação ao presidente da Vale, Roger Agnelli, parece que a empresa mudou totalmente de orientação. O jornal O Estado de S.Paulo, num importante artigo da jornalista Mônica Ciarelli, informa que a usina de Pacém, no Ceará, será implementada com a Vale contando com 50% do seu controle, a Dongkuk coreana com 30% e a Posco, a primeira siderurgia coreana e terceira do mundo, com 20%, utilizando a tecnologia e experiência comercial da última.

Não só isto, mas o artigo informa que a Vale tem em seus planos a Companhia Siderúrgica do Atlântico, no Rio de Janeiro, a Companhia Siderúrgica, de Vitória, no Espírito Santo, e a Aços Laminados, do Pará, no Estado do Pará. Dispondo dos melhores minérios do mundo, o mais racional, como imaginado pelo governo, era que a Vale caminhasse celeremente na sua industrialização, acrescentando emprego e valor adicionado no Brasil.

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Sobre os Resultados da COP 10 em Nagóia

30 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , , | 4 Comentários »

A imprensa mundial relatou os esforços que representantes de cerca de 200 países realizaram ao longo de 10 dias, procurando chegar a um acordo global sobre a preservação da biodiversidade, bem como os mecanismos para tanto, além das formas de seu financiamento. A versão sobre a reunião que está reproduzida no site da Globo parece refletir o ponto de vista dos países que possuem uma grande biodiversidade, desejam mantê-la e procuram dividir os seus custos com os países desenvolvidos que aproveitam estes recursos para diversas finalidades, como a produção de medicamentos.

O ponto de vista expresso pela agência Kyodo, bastante divergente da primeira, parece refletir o ponto de vista do país sede, o Japão, que, além de colocar alguns recursos para estes programas, deseja que o evento seja considerado um passo positivo para futuros entendimentos.

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Ministro japonês Ryu Matsumoto no telão durante convenção em Nagóia

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Crescentes Atenções Sobre a Índia

28 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , ,

O gritante desconhecimento dos latino-americanos sobre a Ásia, e vice-versa, faz com que nosso conceito sobre países como a Índia e também a China seja de países extremamente pobres e populosos. Mas as atenções sobre a Índia estão se atualizando, na medida em que se constata que ela vem registrando nos últimos 30 anos um crescimento médio impressionante de 6,3% ao ano, contando com uma classe média estimada em mais de 600 milhões de consumidores, enquanto no Brasil se conta com cerca de 40 milhões.

O BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento vem tentando suprir este desconhecimento, com elogiáveis iniciativas como a publicação de um Special Report on Integration and Trade, coordenado pelo brasileiro Maurício Mesquita Moreira, com o título “India: Latin America’s Next Big Thing?” Ele concedeu uma entrevista publicada hoje no jornal Valor Econômico.

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Crescente Participação Chinesa na Economia Mundial

26 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: ,

A China, com o seu recente desenvolvimento acelerado, se tornou o principal parceiro comercial das mais importantes economias do mundo, como os Estados Unidos, o Japão e até o Brasil. Agora, avança com assustadora velocidade sobre a América Latina toda, bem como sobre a África Subsaariana, como anunciam dois artigos publicados no Valor Econômico, o primeiro do presidente do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Luis Alberto Moreno. Não se trata somente do Brasil, mas de toda a América Latina que junta possui um PIB próximo do chinês em 2009.

O segundo artigo, da jornalista Sarah Childress, do Wall Street Journal, mostra que na África Subsaariana, onde os chineses são extremamente agressivos na obtenção de fontes de matérias-primas básicas, o comércio com a China contribui muito para a sua expansão.

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Intercâmbio Sino-Brasileiro

26 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: , ,

O Conselho Empresarial Brasil-China, presidida pelo embaixador Sérgio Amaral na sua parte brasileira, vem desempenhando um papel de grande importância no intercâmbio bilateral. Segundo a sua recente publicação trimestral, o embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, participou de uma mesa-redonda em São Paulo, da qual participaram 50 empresas chinesas e brasileiras. Ele ressaltou que o Brasil é uma prioridade para a China e que empresas chinesas vêm uma série de oportunidades de investimentos neste país. Convidou as empresas brasileiras a examinarem as oportunidades na China, e declarou que o mercado chinês está aberto para os brasileiros.

A mesma publicação relata a visita efetuada pela delegação brasileira do CEBC à China, mantendo reuniões com os chineses em Xangai, no pavilhão brasileiro da Expo Xangai 2010. No dia 9 de outubro, houve uma reunião do presidente da seção brasileira, embaixador Sérgio Amaral, com o presidente da seção chinesa, Miao Gengshu, que será substituído brevemente. Discutiu-se a utilização de universidades para promover cursos e eventos em ambos os países. Colocoram-se aos chineses as oportunidades existentes com a próxima Copa do Mundo e Olimpíadas.

CEBC

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