Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Gestão Pública e Contabilidade

20 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , ,

Se há um setor da economia de qualquer país que é seguramente a que abocanha a maior parcela dos recursos de qualquer sociedade, este é sem dúvida o setor público. No Brasil e em alguns países escandinavos, chega próximo ou supera os 40% do PIB – Produto Interno Bruto, ou seja, mais de um terço do que se produz em todo o país. Mesmo os que contam com menor participação governamental, ficam em torno dos 20%, e nem sempre estes recursos são geridos com eficácia, apresentando os serviços públicos necessários para a coletividade, em quantidade e qualidade.

O jornal Valor Econômico apresenta um caderno especial sobre esta Gestão Pública, relatando os esforços que estão sendo efetuados neste sentido, com um simpósio sobre os Avanços e Perspectivas da Gestão Pública. Recentemente, a Escola Fazendária do governo federal reuniu funcionários dos três níveis da administração pública sobre os avanços da contabilidade pública como instrumento para melhoria destas gestões. O Brasil vem se destacando, recentemente, com a maior produção acadêmica neste setor, mostrando que a contabilidade deixou de ser mero registro das contas, mais um verdadeiro centro de dados informatizados, para melhor gestão das coisas públicas.

Tiago Falcão, secretário de Gestão do Ministério do Planejamento

Secretário Tiago Falcão durante seminário Avanços e Perspectivas da Gestão Pública

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Aprendendo Com as Multinacionais Experientes

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

É sempre interessante acompanhar os movimentos de experientes multinacionais como a Louis Dreyfus que opera com muitas commodities agropecuárias. Agora, além de ampliar suas operações com sucos de laranja do Brasil, ingressa também nos sucos de limão, além de associar-se com os chineses nas transações com suco de maçã, pouco demandado no mercado brasileiro, mas importante no resto do mundo. Como consta de um artigo sobre o assunto publicado pelo Valor Econômico em matéria do jornalista Fernando Lopes.

Com tradição de alguns séculos, estão dotados de experiências e tecnologias para grandes volumes nos mais variados mercados, com perspectivas de longo prazo, e elevada capacidade financeira. Se produzem e exportam sucos de laranja e limão do Brasil, certamente pensaram em utilizar a sua capacidade logística para a importação, de forma a tirar o máximo proveito de todo o sistema, o que deve ser imitado por outros grupos.

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Crescente Integração Asiática

17 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , ,

Todos reconhecem que o desenvolvimento chinês na última década, e nos últimos anos depois da crise que afetou todo o mundo, tem sido importante para o universo globalizado. Nos países que são seus vizinhos, como a Coreia e o Japão, ele é mais marcante, mas também no Sudeste Asiático, é muito importante.

Hong Kong acabou sendo integrado à China, preservando um “status” especial, o que deve acontecer no futuro com Taiwan, de forma semelhante. Mas também Cingapura, a Tailândia, a Indonésia e outros países do Sudeste Asiático contam com fortes presenças de chineses e seus descendentes que chegam a ser de um terço da população local, ao lado dos indianos. E Cingapura, um país-cidade, tornou-se um forte centro financeiro e de serviços que exerce uma liderança regional.

George Yeo

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Davos de Verão na China

15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: , , ,

Evidentemente, mesmo a China não é totalmente avessa às críticas que as empresas multinacionais fazem às suas regras econômicas, ainda que todos estejam ansiosos por se beneficiarem do elevado ritmo do desenvolvimento daquela economia. O premiê Wen Jiabao assegurou que as empresas estrangeiras atuantes naquele país contarão com igualdade de condições com as locais, respondendo a algumas críticas efetuadas por elas, que temem um confronto mais explícito.

Todos sabem que as empresas estrangeiras efetuaram investimentos na China para aproveitar a sua mão de obra barata, e algumas começam a visar o mercado interno que inicia sua expansão. Poucas são as empresas que conseguem lucros naquele país, mas os resultados são obtidos no exterior, quando comercializam os produtos lá fabricados, quer sejam roupas, eletrônicos em seus países de origem ou no mercado internacional.

Wen Jiabao e Klaus Schwab em foto de Yang Shizhong do China Daily

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A Questão do Câmbio Chinês

15 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Integração | Tags: ,

Num interessante artigo publicado no Valor Econômico, o professor Dani Rodrik, da Universidade de Harvard, mostra que a valorização do câmbio chinês, reclamado por muitos, não é uma unanimidade. Os países desenvolvidos, como muitos emergentes, entendem que esta mudança é indispensável para equilibrar o comércio mundial, pois as exportações chinesas inundam muitos países, enquanto as suas importações continuam contidas, dificultando a recuperação da economia de muitos países.

O autor coloca, no entanto, que muitos países menos desenvolvidos dependem das exportações de matérias-primas para a China, que teria o seu ritmo de desenvolvimento reduzido, como vem ocorrendo com os minérios brasileiros e produtos agropecuários como a soja. O que Dani Rodrik coloca é que estas exportações são temporárias e que estes países necessitam promover a sua diversificação, com uma política industrial que lhes permitiria um desenvolvimento mais sustentável.

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Trabalhador da construção civil em uma rua no distrito de negócios de Shenzhen na China. Foto de Bobby Yip / Reuters

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Intensificação do Intercâmbio Ásia/América do Sul

14 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: , ,

Se de um lado é extremamente auspicioso constatar que aumentam as notícias sobre os intercâmbios entre a Ásia, principalmente China e Japão, com a América do Sul, onde se destaca o Brasil, de outro se teme o desconhecimento recíproco entre os agentes que estão envolvidos nestas novas relações. Já de algum tempo, nota-se que pequenos investidores, até donas de casa, passaram a aplicar parte de suas economias nos países que remuneram melhor suas reservas, mas verifica-se que nem sempre os riscos cambiais são devidamente considerados, além de desconhecimento das instituições vigentes em cada país. Acabam sendo seduzidos pelas brutais diferenças de juros entre as duas regiões, e nem sempre são adequadamente assessorados pelos agentes financeiros, mais interessados em seus lucros imediatos.

Noticia-se, também, que executivos que conhecem a língua e a cultura dos chineses estão sendo procurados para permitir um relacionamento de parcerias em alguns empreendimentos, que vão além do simples comércio. Mesmo nas importações e exportações, as diferenças brutais de tradição comercial fazem com que muitas operações acabem gerando problemas, quanto mais se os projetos exigem uma convivência de prazo mais longo.

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Participação Coreana no Trem Rápido Brasileiro

13 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: , , ,

O jornal O Globo publica uma notícia sobre a criação de uma agência especial em Seul para concorrer na licitação do trem rápido brasileiro. Especialistas bem informados dão conta que os coreanos são os favoritos nesta disputa, por contarem com uma forte determinação do seu governo, já transmitido para as autoridades brasileiras. Fontes japonesas, normalmente bem informadas, dizem que os coreanos possuem custos baixos na produção dos vagões, e que até mesmo o consórcio japonês para manter a sua competitividade teria que produzir parte substancial dos seus na Coreia.

A experiência coreana com trem rápido já em funcionamento naquele país apresenta algumas características semelhantes com São Paulo e Rio de Janeiro. Seul teria a dimensão da capital paulista e Busan teria a dimensão de Rio de Janeiro, informando-se que a sua operação tornou-se rentável depois de um ano e meio.

Trem rápido coreano

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Chineses Poderiam Participar de Uma Holding Brasileira

12 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

É frequente o aparecimento de notícias veiculadas na imprensa que acabam dando a impressão de algo especulativo em marcha, exigindo cautelas redobradas na sua consideração. Sempre existem grupos que captam volumosos recursos no mercado, anunciando o potencial futuro dos seus projetos, ainda que haja pouca efetividade nos seus gigantescos investimentos, até o momento. Vão da mineração, de indústrias, de infraestrutura, tanto no Brasil como no exterior, envolvendo grandes recursos, que parecem virtuais para muitos analistas.

Noticia-se que foram localizadas importantes jazidas de gás natural em áreas onde um grupo possui concessões. Como foram obtidas tais e outras concessões? Mesmo que sejam comprovadas, para se tornarem rendimentos que remunerem adequadamente os capitais investidos, haverá um grande espaço de tempo, exigindo pesadas inversões. Enquanto isto, os investimentos financeiros só se baseiam em projetos que existem no papel, apresentando riscos elevados. Ou não geram todos os lucros que permitam substanciais rendimentos para os investidores em papéis.

A constante repetição destas vultosas captações assombra os analistas, ainda que estejam baseadas em jazidas prospectadas. Todos sabem que gerar recursos próprios em volumes apreciáveis necessita de trabalhos e investimentos ao longo de muito tempo, não podendo aparecer como um lance de mágica, com a mera troca de papéis. Muitos resultados aparentam ser resultantes da compra e venda de empresas, sem que haja uma produção real que justifique grandes fortunas.

Os exageros promocionais geram desconfianças do mercado, parecendo lances de relações públicas, envolvendo até autoridades e meios de comunicação social, ainda que ressalvas sejam efetuadas. Pode ser que os relacionamentos permitam aportes de recursos externos, mas é preciso que se considerem os compromissos que estão sendo assumidos, que não podem colocar em risco patrimônios nacionais que são da coletividade e que dependem de autorizações oficiais, obtidas de formais duvidosas.

Todos os exageros de ousadia acabam despertando críticas ou até invejas, pois sempre aparecem muitas outras informações de compromissos não cumpridos integralmente. Ou de inquestionáveis comportamentos morais que se exigem dos grandes empresários. No mercado, sempre haverá os que aceitam elevados riscos e até os ingênuos que acreditam que fortunas podem ser feitas sem muito trabalho duro comprovado no lado real da economia.

Lamentavelmente, o mercado financeiro, até internacional, vem demonstrando que se venderam muitos papéis que nada valem ou representam, disseminando um comprometimento da credibilidade, sem que regulamentações mais rígidas sobre alavancagens sejam impostas. Os que desejam grandes lucros precisam estar conscientes que também estarão envolvidos em grandes riscos. O envolvimento de asiáticos nem sempre significa a garantia que todos sairão lucrando, ainda que alguns possam ficar com a parte do leão.


Mercado Mundial Como Referência

10 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

O jornal econômico Nikkei publica um artigo mostrando que muitas empresas japonesas estão usando produtos aceitos nos mercados externos para aproveitá-los no comércio interno do Japão. No passado, os produtos bem conceituados no mercado japonês eram promovidos no exterior, mas com a atual recessão tiveram que mudar de estratégia. Citando casos concretos, estão constatando que também no mercado interno está se procurando produtos a preços mais acessíveis.

Na realidade, na atual dinâmica das economias mundiais, muitos produtos se tornaram descartáveis num prazo muito curto, ficando sem sentido materiais de elevada qualidade e de longa duração. Os automóveis que deveria durar décadas agora são substituídos em poucos anos, por modelos mais atualizados, como acontece com muitos produtos, como os eletrônicos.

Masahiro Shima, presidente da Shima Seiki

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Grande Teste Para a Usina de Três Gargantas

10 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: , ,

Como é do conhecimento de todos, a hidroelétrica de Itaipu, localizada entre o Brasil e o Paraguai, era a maior usina do mundo, até ser superada recentemente pela chinesa Three Gorges (Três Gargantas), que utiliza muita da experiência que os chineses absorveram no Brasil. Até chegar a Itaipu, nosso país acumulou muitas experiências em usinas de grande porte, como Ilha Solteira e Jupiá, e muitas missões chinesas visitaram esta e outras usinas brasileiras, para verificarem as tecnologias que eram utilizadas.

Missões brasileiras, há décadas, também foram examinar a localidade de Three Gorges, fornecendo informações sobre as nossas experiências, sabendo-se que ambas as localidades apresentam situações peculiares, mas todas as grandes estruturas necessitam de tecnologias comuns. O Brasil possui mais experiência no mundo sobre estas grandes estruturas hidroelétricas.

Vista do Three Gorges_Foto da Asianewsphoto

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