Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Notícia Sobre Crime na China Publicado na Ásia

25 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Uma das notícias políticas mais surpreendentes da China nos últimos anos foi à destituição de Bo Xilai, o poderoso chefe do Partido Comunista em Chongqing que pretendia posições mais elevadas na hierarquia chinesa, um dos nove lugares no seu Politburo. Atribuem a ele diversas atrocidades durante a sua carreira. Recentemente, verificou-se a morte do empresário inglês Neil Heywood, com a suspeita de ter sido eliminado pelos seus conhecimentos das operações irregulares pelas quais Bo Xilai teria enviado parte dos seus recursos para o exterior. A notícia do credenciado jornal tailandês Bangkok Post citando como fonte o importante jornal japonês Asahi Shimbun é que sua esposa Gu Kailai teria confessado ser a responsável pela morte do inglês, com uma bebida contendo cianeto. Mesmo com uma tentativa de confirmação desta informação nos jornais chineses e japoneses, não consegui ainda este intento.

Todo o processo de destituição de Bo Xilai foi cercado de eventos espetaculares como a deserção do seu chefe de política e morte de um dos seus auxiliares diretos na fuga. Ele conseguiu um desenvolvimento econômico surpreendente em Chongqing e tudo indica que se comportava como um ditador violento. Sua esposa Gu Kailai era considerada uma controvertida e poderosa empresária e já estava considerada como a principal suspeita da morte do inglês Neil Heywood. Um roteiro fictício de filme policial teria dificuldade de rivalizar com estes fatos.

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Bo Xilai e sua mulher Gu Kailai / Neil Heywood

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Ministro de Defesa Não Político no Japão

20 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

No complexo quadro político japonês, o atual primeiro-ministro Yoshihiko Noda e seu partido, o DPJ – Partido Democrata do Japão, não contam com o suporte necessário para efetuar as reformas indispensáveis, principalmente para a sua proposta da elevação substancial dos impostos sobre as vendas, visando que sua dívida pública não se torne impagável. Ao mesmo tempo, o Japão precisa encontrar um entendimento com os Estados Unidos para assegurar a sua defesa externa, tendo como ponto crucial a transferência das forças estacionadas em Okinawa que se tornou um problema emblemático. Num gesto de desespero, necessita também do apoio do partido da oposição, o LDP – Partido Liberal Democrata, para enfrentar questões cruciais.

Na última modificação do quadro de ministros, o primeiro-ministro acabou por escolher para o complexo cargo de ministro da Defesa Satoshi Morimoto, considerado um profissional extremamente qualificado, não político, que já serviu diversos governos do atual partido oposicionista, o LDP. Jeffrey W.Hornung que é professor no Centro Pacífico-Asia para Estudos de Segurança em Honolulu, Estados Unidos, escreveu um artigo sobre o assunto publicado no prestigioso The Diplomat, com o título “Japan’s Sensible New Defense Chief”.

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Satoshi Morimoto

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Reportagem de Envergadura Sobre a China

18 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: ,

The Economist costuma ser crítica sobre a China, pela sua posição ideológica mais liberal, o que ressalta a importância desta reportagem especial que tem o título em inglês de “Pedalling prosperity”. Ela foi republicada em português pela revista CartaCapital na sua íntegra, com exclusividade, apesar de ocupar mais de 10 páginas. Traz informações que esclarecem aspectos que são erroneamente considerados até pelos que acompanham a evolução daquele país asiático nas últimas décadas, e que exige aperfeiçoamentos para continuar no seu caminho de desenvolvimento, vital para o resto do mundo.

Num gráfico expressivo que compreende informações desde 1980 até hoje, com dados compilados pela CEIC Data, especializada em estatísticas sobre os países emergentes, a reportagem mostra que o crescimento do PIB chinês veio dependendo fortemente dos seus investimentos e consumos internos, e marginalmente de suas exportações líquidas, ou seja, deduzidas as importações. O seu consumo privado veio declinando desde o início de sua decolagem, menos que ocorreu no Japão e na Coreia, sendo que seus investimentos superaram o que ocorreu neste outros dois países do extremo leste da Ásia. A reportagem informa que cerca de metade do PIB daquele país é poupada, não dependendo do exterior para financiamentos e investimentos.

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Remunerações dos Funcionários Públicos Brasileiros

15 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , | 2 Comentários »

Ainda que o assunto não tenha merecido no Brasil uma divulgação que mereceria, até o The Economist publicou uma matéria sobre as absurdamente exageradas remunerações dos funcionários públicos no país. E nem todos os dados ainda estão transparentes, pois as elevadas vantagens das aposentadorias do Judiciário, do Legislativo e do Executivo apresentam gritantes discrepâncias com as modestas daqueles que trabalharam no setor privado, com a acumulação de vantagens que continuam sendo pagas até para os seus herdeiros. Isto se observa também com as estatais que contam com fundos generosos de aposentadoria inclusive no exterior, para os quais concorreram não somente a contribuição de parte dos funcionários, mas foram os resultados destas empresas, portanto recursos públicos.

O artigo do The Economist faz referência ao comentário do prefeito Gilberto Kassab quando soube que a remuneração do chefe da garagem da Câmara Municipal era superior à dele. O artigo refere-se à legislação baixada pela presidente Dilma Rousseff que visando à transparência relacionada às obscuras questões dos terroristas durante o período autoritário acabaram chegando até a necessidade de divulgação das remunerações dos funcionários públicos de todo o governo, Executivo, Legislativo e Judiciário. As remunerações chegam a 12 vezes aos pagos pelo setor privado, segundo a revista, e não incluem às aposentadorias que chegam a 33 vezes. Acabou-se divulgando que o ex-presidente da República e atualmente presidente do Senado Federal, José Sarney recebe R$ 62.000,00 mensais no qual está incluído as suas aposentadorias.

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Charge publicada no The Economist

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Reação Japonesa Inclusive em Pesquisas Científicas

14 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , | 21 Comentários »

Começaram a surgir vários sinais que o Japão, pressionado pelas suas necessidades, reage positivamente em diversos setores introduzindo inovações que não eram frequentes numa sociedade e economia como a japonesa, tradicional, mas já desenvolvida, considerada industrializada. Um deles é a mudança da Japan Society for the Promotion of Science, criada em 1932 como entidade quase governamental, mas que a partir de 2003 entrou numa nova fase, passando a ser independente. Empenham-se atualmente em aperfeiçoar a eficiência, oferecendo serviços de qualidade para pesquisadores, universidades, indústrias e institutos de pesquisa.

Eles organizaram a WPI – World Premier International Research Center Initiative dentro desta instituição, congregando o chamado AIMR on material science da Universidade de Tohoku, o chamado Kavli IPMU on physics and mathematics da Universidade de Tokyo, o chamado iCeMS on materials science and stern cells da Universidade de Kyoto, o chamado IFReC da Universidade de Osaka, o chamado I²CNER on carbon-neutral energy da Universidade de Kyushu e o chamado MANA on nanotechnology do National Institute for Material Science que está localizado na cidade científica de Tsukuba. Estes nomes são estranhos para os leigos, com letras maiúsculas e minúsculas, mas com grande significado para os cientistas.

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Os japoneses, reconhecendo que suas pesquisas não eram competitivas no mundo, com exagero na estruturação hierárquica com a idade (influência do confucionismo), sem contar com pesquisadores estrangeiros e de mulheres em postos de comando, mantendo-se isolados, procuraram alterar os seus comportamentos, introduzindo inovações raras no mundo para os cientistas que costumam ser estranhos. Uma das inovações foi a criação de um novo ambiente que propicie o intercâmbio entre os pesquisadores, introduzindo um chá da tarde ou um happy hours onde eles são estimulados a trocar informações.

Muitos pesquisadores estrangeiros foram envolvidos, valorizou-se a produção individual, quando os trabalhos no Japão tendiam a um exagero de coletivismo. Foram estimuladas as apresentações de “papers”, inclusive individuais para as revistas internacionais especializadas, e os resultados foram surpreendentes.

Estas organizações que formam o chamado WPI Centers já conseguiram, entre 2007 a 2010, publicar 2.497 artigos, atingindo a faixa top de 1% em termos de citação, segundo dados da entidade especializada Thomson Reuters. Ficaram somente abaixo da Rockfeller University, superando as consagradas MIT, Princeton, Harvard, Caltech, Stanford, UCLA-Berkley, Max Plank, Cambridge, Washington e Oxford, as mais renomadas do mundo.

Dos 700 papers apresentados pela IFReC, 12 tiveram mais de 150 citações e 4 tiveram mais de 300 citações. Isto significa que a comunidade científica internacional está utilizando estes conhecimentos para elaborar os seus próprios, reconhecendo as contribuições das quais se beneficiaram.

Eles estão trabalhando nos setores de ponta do conhecimento científico, tendo como orientação prestigiar os pesquisadores jovens, o intercâmbio científico internacional, conceder bolsas para pesquisadores científicos, cooperação com a comunidade científica e a indústria, coletar e distribuir informações científicas e as atividades de pesquisa, dentro da orientação governamental do Japão.

Para conseguirem estes resultados, as liberdades para os pesquisadores são amplas, como não conhecidas no Japão no passado. Os salários podem ser elevados livremente, dependendo da competência dos pesquisadores e de acordo com o mercado internacional. Alguns pesquisadores podem exercer outras tarefas em instituições no Japão ou no exterior. A unidade da Universidade de Tohoku é comandada por uma mulher, Motoko Kotani.

Estas inovações estão revigorando as pesquisas científicas no Japão, como foi publicado como advertisement feature num dos suplementos da prestigiosa revista Science, mundialmente reconhecida como uma das fontes básicas para a transmissão dos conhecimentos científicos de ponta.

Além deste empenho na pesquisa básica, nota-se hoje no Japão um grande esforço de internacionalização ou globalização de suas principais empresas. Os japoneses estão se destacando no mundo como os maiores investidores no exterior, adquirindo organizações empresariais tradicionais em outros países.

Isto não ocorre somente na Ásia, mas está se estendendo não somente pela Europa e Estados Unidos, como na Austrália, América do Sul e África. Os que imaginavam que o Japão tinha entrado em decadência precisam observar o que está acontecendo de relevante, para superar as dificuldades a que estão sujeitos.

O que ainda parece defasado no Japão é a sua classe política e as lideranças das entidades empresariais. Certamente ,está ocorrendo dentro da sociedade e economia japonesa algumas coisas que merecem ser observadas.


Edição Especial da Análise da Gestão Ambiental

13 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Como nos ensinou a prêmio Nobel de Economia, Elinor Ostrom, no artigo sobre o qual postamos uma nota neste site, a reunião de cúpula das Nações Unidas conhecida como Rio + 20 não pode ser considerada um fracasso devido ao momento desfavorável da economia mundial. Ainda que algumas expectativas sejam consideradas baixas, como num artigo publicado pelo O Estado de S.Paulo, significativos avanços estão ocorrendo na base até da economia brasileira. Um relatório minucioso e precioso acaba de ser publicado pela Análise Editorial, em português e inglês, mostrando o que está se fazendo no Brasil de forma concreta.

O abastecimento de água passou de 96% dos municípios em 1989 para 99% em 2008, a coleta de lixo de 80% em 1992 passou para 98% em 2008, a coleta de esgoto de 47% em 1989 para 55% em 2008, a reciclagem de alumínio de 39% em 1992 para 98% em 2010, o licenciamento ambiental emitido pelo Ibama de 2 em 1992 para 624 em 2011, as áreas verdes protegidas de 67 milhões de hectares para 75 milhões em 2010, gases nocivos à camada de O³ de 8 mil toneladas para 0,4 mil toneladas em 2009, enquanto a população brasileira passou de 147 milhões em 1991 para 192 milhões em 2011. Existem muitas coisas a serem feitas ainda, mas o que vem se conseguindo já parece expressivo.

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Última Proposta de Uma Prêmio Nobel Para Rio + 20

13 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

A complexa problemática da sustentabilidade, assunto que deverá ser discutido na reunião das Nações Unidas na chamada Rio + 20, foi elaborada num artigo pela prêmio Nobel Elinor Ostrom, que faleceu em no último dia 12 de junho, e foi divulgado pelo Project Syndicate. Ela era a assessora científica chefe da organização Planet Under Pressure e professora de Ciência Política da Universidade de Indiana e, pela circunstância dramática do seu passamento, este artigo deverá merecer a consideração especial de todos que se preocupam com o assunto, apesar da dificuldade de sua compreensão. A autora conta com a autoridade conferida pelo seu título, como pelos trabalhos e considerações ponderadas sobre o desenvolvimento sustentado. O complexo e sofisticado texto integral do seu artigo em inglês pode ser obtido no www.project-syndicate.org/print/green-from-the-grassroots .

Ela apresenta a posição que o assunto deve ser considerado com seriedade por todos os participantes do Rio + 20, mas não recomendou que houvesse uma decisão única sobre um assunto tão complexo que apresenta facetas diversas dos mais variados pontos de vista. Não viu possibilidade de uma solução única de cúpula, mas reconheceu que está havendo um avanço profundo do que ela chamou de “Green from the grassroots”, ou algo como uma consciência base decorrente da opinião pública. Ela entendeu que muitos se dirigem à reunião como se fosse para estabelecer um Plano A para o Planeta Terra para uma decisão singular para um sistema para proteger a vida, prevenindo-a da crise global da humanidade.

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Elinor Ostrom

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Problemas Políticos Até em Cingapura

4 de junho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , | 2 Comentários »

Para quem não conhece, Cingapura é hoje uma cidade-país com cerca de 5 milhões de habitantes, com renda per capita estimada em cerca de US$ 60 mil, considerada a terceira mais alta do mundo. É formada de chineses, hindus, malaios e seus descendentes e até os anos sessenta do século passado era considerado um país pobre. É a mais importante metrópole do Sudeste Asiático, extremamente moderna, o grande centro financeiro da região.

Impressiona hoje pela limpeza e contemporaneidade quando antes era formada por bairros chineses, hindus e malaios imundos. Conquistou a sua total independência da Malásia dois anos depois dos ingleses deixarem aquele país em 1965. O primeiro-ministro Lee Yuan Yew veio governando o país com mão-de-ferro, promovendo o seu rápido desenvolvimento, que lhe deu a denominação de Tigre Asiático. Hoje, o seu filho Lee Hsien Loong detém o poder por intermédio do People’s Action Party – PAP, que começa a ser incomodado pelo WP – Worker’s Party.

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Aumento das Tensões da China com os seus Vizinhos

27 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

Yuriko Koike foi ministra de Defesa do Japão e é atualmente a líder da oposição na Dieta daquele país, considerada uma das mais competentes especialistas em assuntos internacionais. Num novo artigo distribuído pela Project Syndicate, ela expressa que a China está expandindo o conceito de seus “interesses fundamentais”, fazendo fracassar a recente reunião de cúpula entre os três países do Extremo Oriente, o Japão, a Coreia e a China, além de aumentar as tensões com relação aos seus vizinhos. Intensificou-se a ação chinesa nas disputas das chamadas Scarborough Schoal com as Filipinas e as ilhas Senkaku do Japão.

A autora explica que a China está reafirmando as suas posições com relação a Taiwan, Tibet e Xinjiang, não admitindo discutir os problemas dos direitos humanos relacionados aos seus habitantes, considerando os como seus “interesses fundamentais”. Quando da recente reunião de cúpula do Japão, Coreia e China, o premiê Wen Jiabao mencionou que os movimentos de independência de Xinjiang Uyghur e os relacionados com as Ilhas de Senkaku também faziam parte dos seus “interesses fundamentais”, sendo a primeira vez que tal qualificação era usada com relação ao Mar do Sul da China. Isto levou ao fracasso da reunião de cúpula, não permitindo sequer a condenação da Coreia do Norte sobre seus testes com foguetes, segundo a autora, como esperado pelo Japão e pela Coreia.

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Yuriko Koike

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O Novo Normal na Atual Economia Mundial

23 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Dois artigos de autores diferentes, um de R.Daniel Kelemen, professor de Ciência Política e Diretor do Centro para Estudos Europeus da Rutgers University, New Jersey, USA, outro de Noeleen Heyzer, de Cingapura, subsecretária geral das Nações Unidas e secretária executiva da Comissão Econômica e Social para a Ásia e o Pacífico, utilizam a mesma expressão “novo normal” para países europeus e do Sudeste Asiático. O primeiro foi publicado no Foreign Affairs e o segundo no Project Syndicate, ambas as instituições são respeitáveis e se dedicam à divulgação de estudos de profundidade. Os dois credenciados autores informam sobre as instabilidades dos países europeus e asiáticos no atual quadro internacional. Como isto também ocorre na América Latina, notadamente no Brasil, pode-se deduzir que se trata de um fenômeno praticamente universal, sendo necessário se adaptar ao novo quadro.

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Noeleen Heyzer e R.Daniel Kelemen

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