Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Incompreensível Falha no Conhecimento Político

16 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

No aumento do intercâmbio entre países, todos admitem que os relacionamentos com políticos e dirigentes públicos são importantes e podem estabelecer canais importantes. No entanto, um artigo publicado no jornal econômico japonês Nikkei constata que poucos dos novos líderes políticos chineses, conhecidos como “pró-Japão” são conhecidos e cultivados. Noticiam que Liu Yandong, atual country’s state councilor, pode se tornar a primeira mulher como membro do Politiburo Standing Committee, o órgão máximo de decisão do Partido Comunista Chinês. Ela vem ajudando a resolver alguns problemas bilaterais cruciais, como a crise decorrente de barcos pesqueiros.

Ela informou a Koichi Kato, presidente da Associação de Amizade entre o Japão e China e parlamentar do LDP, que ordenou um estudo governamental sobre o sucesso obtido pelo futebol feminino japonês, que ficou conhecido como Nadeshiko. Assim, haveria muitas coisas que os chineses teriam que aprender dos japoneses. Ela é considerada muito chegada ao presidente Hu Jintao.

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Elio Gasperi Aponta a Sinofobia

8 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Um dos jornalistas brasileiros de maior competência, com longa vivência no exterior, Elio Gasperi escreve na sua habitual coluna na Folha de S.Paulo problemas que estariam acontecendo em determinados setores da economia brasileira que apontam as dificuldades criadas pela China. É um problema que estamos apontando neste site e não ocorre somente no Brasil. Parte da imprensa norte-americana vem atribuindo muitos dos seus problemas não somente às suas dificuldades internas, mas aos chineses. É sempre mais fácil apontar os problemas para o exterior do que os resolver internamente, que exigem opções e sacrifícios.

Todos sabem que não somente a China, mas todos os países emergentes apresentam problemas que vão se resolvendo paulatinamente. As reclamações se concentram nos baixos custos da mão-de-obra que não atendem os atuais reclamos mundiais de adequada proteção dos trabalhadores. Devemos ter a humildade de reconhecer que no Brasil, até recentemente, o número de carteiras de trabalho eram baixo, e que continuam a existir massas de trabalhadores cujos empregadores não arcam com todos os encargos sociais.

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Término da Presidência do Conselho de Segurança pelo Brasil

2 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Se o Brasil vinha se destacando em política internacional, o atual período de participação ativa no Conselho de Segurança da ONU, na qualidade de seu presidente, mesmo ainda não sendo membro permanente, deixou um marco significativo. Num cenário com as posições polarizadas de alguns grupos, o Brasil marcou a sua independência, optando sempre pela negociação diplomática na solução dos difíceis problemas atuais. Na entrevista concedida para O Globo, a competente embaixadora Maria Luiza Viotti, que comandou a delegação brasileira, deixou clara a importância que ganhou, principalmente com a constituição do grupo hoje conhecido como IBAS, composto pela Índia, Brasil e África do Sul que influíram nas decisões cruciais.

Este papel foi reconhecido pelo embaixador norte-americano Tom Shannon, como o país que constituiu uma liderança regional e internacional com o chamado Soft Power, sem armas de destruição de massas, mas pelas forças das posições diplomáticas, mesmo contrariando os atuais poderosos no cenário mundial.

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Embaixadora Maria Luiza Viotti

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Combate à Corrupção no Mundo

2 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Nesta passagem do ano de 2011 para 2012, diversos problemas afloraram no mundo, como as dificuldades relacionadas com a crise econômica que se generalizou por todo o mundo globalizado. No entanto, começaram a esboçar-se as manifestações populares expressando a inconformidade com os problemas da corrupção, como os que estão no fundo da Primavera Árabe ou do movimento Ocupação de Wall Street, e parece que a manifestação mais enfática de reação acaba ocorrendo na Índia. Noticiou-se que um indiano, de forma semelhante com Mahatma Gandhi, declarou-se em greve de fome contra a corrupção que também afeta o Parlamento Indiano. A presidente Dilma Rousseff vem se declarando disposta a fazer uma limpeza na política brasileira, mas ainda não recebeu o apoio popular indispensável para tal operação.

O jornal The Time of India registra que o primeiro-ministro Manmohan Singh divulgou a população a decisão do seu governo sobre “iniciativas de transformação” para capacitar as pessoas a combater a corrupção, listando os cinco desafios pessoais para o ano novo. Ele reconhece que tudo demandará um bom tempo, mas se comprometeu a trabalhar pessoalmente para transformar o seu governo em algo eficiente e honesto, procurando uma economia mais competitiva e robusta, e uma ordem mais justa social e politicamente.

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Reflexões Sobre as Perspectivas Humanas Coletivas

19 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Os novos mecanismos de comunicação social no atual mundo globalizado parecem estar exagerando as perspectivas pessimistas entre muitos segmentos da população, mesmo quando os dados disponíveis no universo real não apresentem um quadro tão catastrófico como os difundidos pelos setores financeiros que exageraram nas suas influências. A população mundial continua crescendo, muitos dos seus novos segmentos estão se alimentando melhor, generalizam-se as vestimentas humanas adequadas, as habitações humanas melhoram em quantidade e qualidade, o acesso à cultura e ao lazer se amplia moderadamente. As necessidades básicas dos seres humanos continuam sendo atendidas sem graves desequilíbrios, ainda que estejamos insatisfeitos com o seu ritmo.

Mesmo que se aspirem melhorias mais rápidas na educação, na saúde, na assistência social, não parecem existir dados objetivos que indiquem que os mesmos estejam piorando. Pelo contrário, as pressões populares estão exigindo dos governantes o atendimento de suas aspirações com maior urgência. Divulgam-se as corrupções humanas que sempre existiram e nem sempre foram explicitadas, e, mesmo sem o aparecimento de estadistas de destaque mundial, divulgam-se as insatisfações que mostram que as imposições autoritárias ficam cada vez mais difíceis de serem perpetuadas.

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De Wall Street ao Mundo Árabe: protestos ocorrem no mundo inteiro

Tornaram-se frequentes as notícias sobre novas descobertas científicas ou tecnológicas que estão facilitando a vida humana. Os fatos que provocam as deteriorações do meio ambiente estão sendo denunciados, ainda que as medidas preventivas efetivas estejam demorando mais que o desejável.

As insatisfações que estão sendo explicitadas acabam forçando medidas para o atendimento das aspirações populares, sem o que os que estão temporariamente no poder não encontram respaldos para a continuidade de sua posição. As divulgações das dificuldades se tornaram mais rápidas e generalizadas, mesmo com medidas dos controles de alguns dos seus mecanismos que estão se tornando cada vez mais difíceis.

Parece conveniente que não se confunda as suas divulgações com os aumentos das dificuldades. O que antes se mantia limitado em conhecimento parece estar chegando mais rapidamente para muitos, acabando por exigir medidas para as suas soluções, ainda que não exista o milagre de que elas sejam imediatas. Muitas dependem da Justiça e são decorrentes da falta de ações por longos períodos, e só poderão ser resolvidos com providências que exigem tempo e recursos, mas que necessitam ser iniciadas.

Há que se estabelecer prioridades, e algumas emergências exigem o sacrifício de outros objetivos igualmente perseguidos. Meios mais eficazes também podem ser descobertos ou copiados, pois muitos já estão sendo utilizados em outras regiões ou países.

Existem limitações no mundo real e ainda que sonhos dos poetas ajudem a conscientizar a todos dos que seriam desejáveis existem restrições que demandam tempo para serem atendidas, mesmo que isto não seja uma desculpa aceitável. Sempre é possível haver divergências sobre os meios mais eficazes de atendê-las, inclusive porque nem sempre existe um consenso sobre o que é prioritário.

Os simples desencantos sobre as deficiências dos sistemas políticos pouco ajudam nos seus aperfeiçoamentos. Vivemos nas sociedades dos seres humanos, que não são perfeitos. Se não contribuirmos para os seus avanços podemos estar sendo complacentes na perpetuação de suas imperfeições. Parece que só fazemos jus aos nossos reclamos se estivermos ajudando nas suas correções, ainda que no regime democrático tudo isto exija um pouco de paciência.

Se acharmos injustos alguns privilégios é preciso que se manifestemos sobre as inconformidades. O processo de melhoria do bem-estar da população nem sempre ocorre de forma igual para todos, havendo uma tendência de agravamento da distribuição dos seus benefícios em alguns períodos. Poucos possuem um espírito de filantropo abrindo mão do que possuem. A sociedade é que precisa exigir o máximo de igualdade nas condições de competição, por muitos mecanismos que existem, como os tributários. Muitos desejam redistribuir o que é dos outros, mas poucos contribuem com o que consideram seus.

Parece que hoje todos aceitam que existe um mínimo de condições que devem ser atribuídos para os seres humanos, desde a sua concepção, pois é na gravidez e na primeira infância que todos adquirem o cabedal que necessitam para a compreensão do mundo, de forma que todos partam para a concorrência de um ponto razoavelmente igual. As aspirações igualitárias são conquistas consolidadas, mas nem sempre as condições necessárias e suficientes para tanto estão sendo proporcionadas.

Ainda que sempre existam imperfeições, parece que o simples pessimismo pouco contribui para a melhoria da situação presente. Um realismo mais objetivo possível pode ajudar na criação de um mínimo de confiança, que parece hoje um fator de grande escassez. Ainda que todas estas considerações pareçam um tanto românticas. Mas será que não precisamos um pouco disto?


Iniciativas Chinesas Para a Energia Limpa

15 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Muitos ficaram frustrados com os resultados objetivos alcançados na COP-17, a recente conferência do clima em Durban, África do Sul. Ainda que para 2020, pela primeira vez os Estados Unidos e a China, os maiores poluidores do planeta, assumiram o compromisso que não tinham feito no Protocolo de Kyoto de 1995. Um artigo publicado no Foreign Affairs, que não pode ser considerado apaixonado, por J. Julio Friedmann, que é o líder insuspeito do Carbon Management Program at Lawrence Livemore National Laboratory, informa sobre os esforços que os chineses estão fazendo, inclusive cooperando com os norte-americanos. A China está investindo US$ 50 bilhões anuais em pesquisa e desenvolvimento para obter energia limpa, tornando-se o principal centro mundial de inovação na área.

As cifras chinesas, como sempre, são impressionantes. Todos os anos, a China produz cerca de 100.000 megawatts mais que o ano anterior, mais do que o total gerado pela Califórnia ou Texas. Com isto, veio poluindo para crescer 11% por ano em PIB, e gerar 20 milhões de novos empregos, utilizando muitas usinas de carvão mineral poluentes. Uma lei de 2007 estabeleceu que o país devesse ganhar quatro por cento ao ano em eficiência energética até 2012, fechando minas de carvão de baixa eficiência e fábricas de cimento, fazendo novos investimentos em energia solar, eólica e outras renováveis.

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O Controle dos Representantes pelos Representados

8 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Observando-se os inúmeros problemas recentes nos mais variados países diante da crise que está se enfrentando em todo o mundo, que inundam todos os veículos de comunicação social a ponto de provocar uma saturação na capacidade da população em absorver tantas notícias restritivas, identificam-se alguns problemas que têm origem comum. As populações representadas não encontram um mecanismo eficiente no controle das decisões tomadas pelos seus representantes, processo que é conhecido em inglês difícil de ser traduzido adequadamente, como “accountability”. As eleições em muitos países estão mostrando a insatisfação da população com as medidas tomadas pelas suas autoridades, preferindo substituí-las por outros eleitos que devem enfrentar dificuldades semelhantes. No fundo, os recursos disponíveis não permitem atender todas as aspirações da população, mas em muitos países os dispêndios continuam sendo maiores que os suportáveis, gerando déficits indesejáveis.

No caso brasileiro, tanto o Legislativo como o Judiciário, bem como algumas instituições como as universidades, em nome de suas autonomias, decidem sobre suas próprias remunerações tendendo a aumentar as despesas públicas. Mas quem acaba sendo cobrado pelos déficits públicos são os membros eleitos do Executivo. Não há uma cobrança funcional da população e dos eleitores sobre os eleitos para o Legislativo ou sobre os membros do Judiciário que têm asseguradas elevadas vantagens em suas carreiras. Por exemplo, as aposentadorias dos membros do Judiciário no Brasil são muitas vezes superiores aos do Legislativo, que são bem melhores que do Executivo. E todos são bem superiores que os do setor privado. As responsabilidades por todas estas faltas de funcionalidades acabam se concentrando nos membros eleitos para o Executivo.

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Palácio do Planalto, o Congresso e o STF

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Demissões de Ministros no Brasil Acusados de Corrupção

5 de dezembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Com as frequentes demissões de ministros acusados de corrupção, muitos eleitores acabam perguntando por que as pessoas nomeadas não tiveram seus passados antecipadamente examinados pelos que influíram nas decisões de suas admissões. E se os intensos noticiários correspondem efetivamente à realidade do que ocorre nos bastidores da política nacional. Por mais objetivos que sejam as análises efetuadas, não se pode assegurar que elas não estejam eivadas das convicções pessoais dos analistas, pois muitas podem apresentar divergências significativas entre elas, principalmente as mais divulgadas pela imprensa.

A arte da política exige muito mais do que está consubstanciada nas teorias políticas, e nos ensinamentos de Niccolò Machiavelli e de muitos sábios chineses como Sun Tzu. Acabam exigindo suplementações nos dias atuais, onde as informações, corretas ou não, acabam se propalando mais rapidamente por um universo mais amplo que no passado.

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Gravuras de Niccolò Machiavelli e Sun Tzu

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Euforia na Imprensa Brasileira com a Dilma no New Yorker

29 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Não é sempre que um mandatário supremo do Brasil merece um artigo com tanto destaque na revista New Yorker, voltada para um público mais exigente, com matérias que exigem um mínimo de preparo para a sua apreciação. A revista não é de cunho popular ou de divulgação semanal, mas provoca reflexões mais profundas. A presidente Dilma Rousseff mereceu um artigo de 14 páginas de Nicholas Lemann, que procura ser equilibrado, mas reflete uma surpreendente admiração, considerando-a “ungida” não só pelo Lula da Silva, mas por ter conseguido o que poderia se chamar a tríplice coroa, com o crescimento econômico, que se destaca com os Estados Unidos e a Europa enfrentando problemas, liberdade política, diferente de muitos países autoritários, e uma respeitável melhoria na distribuição de renda.

A repercussão do artigo na imprensa brasileira é inusitada, com praticamente todos os veículos de comunicação destacando a matéria, com resumos diferentes, pois sua circulação é da edição de 5 de dezembro próximo. O artigo refere-se também aos pontos problemáticos do Brasil como a corrupção, criminalidade, educação precária, deficiências de infraestrutura. Mas ressalta que a presidente tem um estilo diferente de governar do seu antecessor, Lula da Silva, por quem foi indicado como candidata, e ter sido beneficiada por uma economia que se encontrava em boas condições. Reconhece que ela procura atacar os problemas existentes como pode.

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Uma Visão da Disputa Norte-Americana e Chinesa no Pacífico

16 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

No site do The Diplomat, geralmente bem informado e fundamentado, aparece um artigo de David Axe que contraria as notícias predominantes na imprensa internacional. O próprio artigo registra que os planejadores da defesa dos Estados Unidos costumam apontar que os chineses estão aumentando a sua presença no Pacífico e no Estreito de Málaga que faz a ligação para o Oceano Índico, com a alegação da necessidade de proteção de uma rota vital para o seu abastecimento. Mas o artigo informa que é os Estados Unidos que estão intensificando a sua infraestrutura militar na região.

No último ano, o Pentágono ampliou a sua presença de suas bases no Vietnã, Cingapura, e no Norte da Austrália, combinado com as bases existentes no Japão, no Guam e o acesso convidado nas Filipinas. Segundo a notícia, os rumores da instalação de uma base chinesa no Paquistão revelaram-se falsos.

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