Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Novo Bioplástico Japonês até Para uso nos Automóveis

31 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Todos sabem que os pesquisadores japoneses estão trabalhando na produção de bioplásticos que evitem contaminações ambientais, sendo absorvíveis nos lixos. Um artigo de Yu Fujinami, publicado no jornal japonês Asahi Shimbun, informa que o professor Tatsuo Kaneko, do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia do Japão, forneceu notícias a respeito.

Um filme feito de um bioplástico resistente ao calor recentemente desenvolvido (fornecido por Tatsuo Kaneko, professor do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia do Japão)

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Em se Plantando Tudo dá…

28 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Agricultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Quando se observa o que está ocorrendo no Brasil, pode-se supor que os brasileiros e suas principais autoridades não conhecem o suficiente este país. Pero Vaz de Caminha, que acompanhava Pedro Álvares Cabral, registrou que nas novas terras “descobertas” em se plantando tudo dá… O cacau e a borracha, entre outros produtos, eram originários do Brasil, mas acabaram sendo produzidos em outros países, de onde importamos para atender as nossas atuais necessidades. Da America do Sul, a batata foi levada para a Europa para evitar que milhões lá falecessem pela fome. Algo semelhante aconteceu com o milho, que era conhecido no México por milênios. O café, do qual Brasil se tornou o maior produtor do mundo, veio do Mediterrâneo. Estes intercâmbios no setor rural sempre foram importantes.

Mais recentemente, Brasil se tornou um dos maiores produtores de soja e caminha agora para a produção do trigo tropical. Mas o país também teve seus fracassos, pois o dendê, mais conhecido como “palm oil”, o óleo mais consumido no mundo, tem neste país uma produção insignificante. O açaí brasileiro se tornou conhecido no mundo recentemente, o melão está sendo exportado e o vinho brasileiro produzido da uva irrigada está sendo reconhecido pela sua qualidade, como alguns queijos. Diversos tipos de carne, bovinas, suínas e de frango, estão sendo colocados em mercados externos.

Na economia brasileira, o setor agropecuário é dos mais avançados quando comparados com outros países, mas existem muitos produtosque ainda não estão devidamente explorados, ajudando na criação de empregos para as atividades complementares e com o uso das tecnologias mais atualizadas, comparáveis com as usadas no setor de cereais. Muitos produtos podem proporcionar empregos adicionais interessantes e proporcionar retornos compensadores para os empresários que atuam no setor, sem subsídios, mas somente tendo o reconhecimento de sua prioridade pelo governo.

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Emprego de tecnologias avançadas na produção de cereais no Brasil

Recentemente, algumas frutas provenientes do exterior, do outro lado do mundo, estão sendo produzidas no Brasil, como a lichia e o kiwi, com qualidade razoável que ainda pode ser melhorada. Elas já são conhecidas no mercado mundial. Muitas outras originárias das diversas regiões do Brasil apresentam perspectivas promissoras, por serem de áreas tropicais, como o abacaxi, maracujá, goiaba e o caju, entre muitas outras. As menos conhecidas, até dos brasileiros, são o bacuri, cupuaçu, mangaba, pitanga, cajá e outros que podem ser exportadas como sucos ou sorvetes, proporcionando rendas compensadoras e empregos para os recursos humanos que estão sendo necessários. As compensações para os atingidos pela crise da Covid-19 não são sustentáveis por muito tempo, mas estas atividades podem ser ampliadas com os correr dos anos.

O país dispõe de entidades de pesquisas para os seus aperfeiçoamentos técnicos, como a Embrapa, além de treinamento de recursos humanos, como as instituições relacionadas com o chamado sistema S, do tipo SENAI e SESC. Parece que estas cogitações se adaptam às necessidades brasileiras.


Para os que Conhecem o Japão Superficialmente

28 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Um artigo interessante de Luke Mahoney foi publicado no Japan Today, ele que começou a viver como expatriado no Japão, onde alguns costumes são bem diferentes dos usados em outros países, notadamente do Ocidente. Alguns já são conhecidos no exterior, mas existem muitos detalhes que podem reduzir as gafes na vida cotidiana entre os japoneses. Acrescento algumas experiências pessoais. Normalmente, as residências japonesas são de pequena dimensão comparada com as de outros países, o que exige alguns cuidados como deixar os calçados em lugares adequados, pois muitas contam com os chamados “tatamis” sobre os quais se deve caminhar sem os sujar. Todos os espaços são bem aproveitados, prevendo-se onde devem ficar muitos objetos, como em armários que existem atrás das poucas portas, usualmente que deslizam lateralmente.

O autor do artigo refere-se a sua participação numa cerimônia do chá e, como era o único estrangeiro, ele ocupou o lugar de honra, e tudo transcorria segundo seus desejos. O normal é clip_image002que o chá seja servido parcimoniosamente dentro de um rito, mas por cortesia foi lhe perguntado se desejava repetir, com o que ele concordou por mais duas vezes. Terminada a operação, ele foi advertido por um amigo que isto costumava custar um alto valor e não era usual.

Cerimônia do chá no Japão que obedece a um rigoroso rito

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A Cidade Sagrada Koyasan do Japão

28 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , , | 2 Comentários »

clip_image001Um artigo de Randiah Camille Green, do GaijinPot, foi publicado no Japan Today, e pode aparentar estranho para os brasileiros que pretendem ser monoteístas, e lá convivem os xintoístas com os budistas da linha Shingon, que o monge Kobo Daishi levou da China no ano 816.

Budismo da linha Shingon, da China, que convive com templos shintoistas em Koyasan, província de Wakayama, no Japão

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Amy Coney Barrett Para a Suprema Corte dos EUA

28 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Um artigo publicado pelo The Economist relaciona uma longa lista de casos que será examinada nos próximos meses, onde a expressiva maioria de conservadores pode mudar a orientação que vinha sendo adotada pela Suprema Corte dos Estados Unidos recentemente. Estas guinadas não são bruscas, mas podem ocorrer ao longo do tempo. Os democratas imagetentarão aumentar o número de membros daquela corte, para que haja maior equilíbrio, mas isto exige uma mudança constitucional que não é fácil de ser obtida.  

Amy Coney Barrett foi aprovada no Senado norte-americano por 52 a 48 para compor a Suprema Corte dos Estados Unidos

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Combate ao Mosquito com a Ajuda da NASA

28 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Sempre que ocorre uma elevação da temperatura em São Paulo, os moradores e os que trabalham na região próxima ao rio Pinheiros se queixam da proliferação dos mosquitos. Uma informação divulgada pela Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, informa que a EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energias está testando um novo equipamento clip_image002desenvolvido com a ajuda da NASA – Agência Espacial Norte Americana, que provoca uma temperatura do corpo humano para atrair os pernilongos que são sugados por um ventilador a vácuo.

O combate ao pernilongo no rio Pinheiros, trabalho da EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energias, com equipamentos desenvolvidos com a ajuda da NASA – Agência Espacial Norte-Americana

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Embrapa Pode Aumentar a Produção do Trigo no Cerrado

25 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Um artigo publicado por Vinicius Valfré, de O Estado de São Paulo, com base nas informações dadas pelo presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti, dão indícios das possibilidades de aumento da produtividade do trigo no cerrado brasileiro, triplicando a atual. O Brasil é ainda um grande importador do trigo, mas usando técnicas como as que foram aplicadas na soja, cruzando variedades adequadas para as condições climáticas do cerrado, pode-se em alguns anos atingir a autossuficiência deste produto. O calor do cerrado é mais intenso, muitas vezes seco. 

Hoje, o Brasil importa metade do seu consumo anual, que é de 12 milhões de toneladas, utilizando 2,2 milhões de hectares em diversas áreas do país, notadamente na região sul. A soja também era da região temperada do mundo e obtiveram-se, pelo cruzamento, as clip_image002variedades adequadas dos cerrados, que são mais quentes e secos. No primeiro momento, poderá ter reduzida a importação de R$ 400 milhões anuais.

Novos campos de trigo no cerrado brasileiro. Foto do artigo no Estadão, que vale a pena ser lido na sua íntegra

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A Universidade de Harvard Dedica-se a Estudar o Brasil

25 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Educação | Tags: , , ,

clip_image002Jorge Paulo Lemann já mantém um longo relacionamento com a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos. Agora, um professor daquela entidade se dedicará a estudos sobre a educação e desenvolvimento infantil no Brasil, conforme informação divulgadas por Joana Cunha, do Painel da Folha de S.Paulo.

O bilionário brasileiro José Paulo Lemann manterá um professor permanente na Universidade de Harvard para estudos de problemas brasileiros

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Facetas Humanas de Pelé

24 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Esporte | Tags: , ,

clip_image002É mais que natural que todos se lembrem dos aspectos brilhantes de Pelé, um herói como poucos num mundo cada vez mais carente de heróis, mostrando a importância dos esportes. Mas todos os seres humanos possuem as qualidades que são ressaltadas quando se completa 80 anos e também suas naturais limitações são lembradas, com toda franqueza possível. Se assim não fosse, eles seriam deuses e não humanos.

Olimpio da Silva e Sá, da Gazeta Esportiva, e Pelé

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Um Presidente Conta Com Muitos Especialistas

24 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Houve um período em que o Brasil fornecia aços para os chineses e como pagamento à China, que se propunha fornecer para uma empresa brasileira uma quantidade enorme de aspirina. Ela era vendida em todo o mundo por uma famosa empresa suíça, usando sua marca, mas os brasileiros não estavam habilitados para executar estas volumosas comercializações. Muitos dos medicamentos chamados genéricos são produzidos hoje na Índia para serem vendidos no mundo, inclusive no Brasil. Que o presidente ignore estes fatos não seria relevante, mas ele não ouvir seus auxiliares em medicamentos parece uma falha que precisa ser corrigida com a imagebrevidade possível, para deixar de falar coisas que não fazem sentido. Tudo indica que esta revisão começa a ocorrer, mesmo com o desgaste desnecessário do presidente, que fica nu em muitos assuntos.

Vacina pesquisada pelo Instituto Butantã junto com os chineses da Sinovac

Uma vacina para Covid-19 depende de contribuições de organizações de diversos países e uma famosa, que está em fase avançada de pesquisas com a participação da prestigiosa Universidade de Oxford, do Reino Unido, tem componentes chineses. Assim é o mundo globalizado e quem pensa que tudo é feito somente num país está mal informado.

Quando o mundo resolveu montar os automóveis chamados modelos mundiais e a economia brasileira estava em condições melhores que as atuais, algumas empresas aqui instaladas produziam motores destes veículos e outros componentes que eram exportados para o Japão, que montados eram colocados no mercado norte-americano. O relevante era que os recursos humanos brasileiros eram utilizados e valores eram agregados nestes produtos no Brasil. Se hoje vacinas puderem ser produzidas, mesmo em parte neste país, os brasileiros estariam em melhores condições econômicas. A equipe do governo federal conta com pessoas qualificadas que entendem destes assuntos, mas quando o presidente pensa entender de tudo, fica difícil sair do buraco em que estamos metidos. As posições como “O presidente sou eu” em nada contribuem para o Brasil.

Muitos outros produtos no mundo utilizam componentes brasileiros. Um exemplo seria o papel e papelão que utilizam a celulose brasileira, não havendo ninguém que pergunte se esta matéria-prima é brasileira ou não. O Brasil necessita ampliar a pauta de seus produtos exportáveis, não se restringindo a minérios e produtos agropecuários. Só se pergunta se a carne é brasileira pelas exigências religiosas de judeus e muçulmanos, que são diferentes.

Seria interessante que auxiliares do presidente os informem que já estamos no século XXI e na democracia não faz mais sentido posições que eram adotadas por Luís XIV e Maria Antonieta, na França, antes da queda de Bastilha.