Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A China Continua Crescendo Puxada Pela Indústria

14 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , ,

Todos esperavam uma desaceleração da economia chinesa diante dos problemas inflacionários que enfrenta como o resto do mundo. No entanto, segundo artigo publicado por Jamil Anderlini, do Financial Times, republicado no Valor Econômico de hoje, no segundo trimestre deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado, o PIB chinês cresceu solidamente em 9,5%. Muitos temiam um pouso turbulento daquela economia, diante das medidas restritivas de crédito que vêm sendo adotadas pelas autoridades chinesas, depois que a inflação chegou a 6,4% em junho último, tendo o Banco Central daquele país elevado os juros pela quinta vez.

O crescimento anual da economia no primeiro trimestre do ano tinha sido de 9,7%, e o do segundo trimestre foi puxado pela indústria que apresentou em junho 15,1% quando tinha sido de 13,3% em maio. O preço dos alimentos, considerado crucial pelas autoridades chinesas, apresentou um crescimento anual de 14,4% em junho, mas acredita-se que a inflação tenderá a se acomodar. As autoridades chinesas entendem que o combate à inflação é prioritário, pois pode provocar uma insatisfação perigosa dos seus trabalhadores.

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Imprensa Chinesa Também no Brasil

14 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , , , | 2 Comentários »

Marli Olmos, a competente jornalista do Valor Econômico, foi convidada junto com outros repórteres de países latino-americanos a visitarem a China pelo governo daquele país, e está publicando uma série de artigos de suma importância para se conhecer aspectos pouco difundidos, mas que interessam a todos. Hoje, ela publica um artigo sobre a imprensa chinesa, principalmente a TV daquele país que se prepara para estabelecer a sua base em São Paulo para América Latina.

Como é do conhecimento daqueles que acompanham as notícias chinesas, uma novela brasileira, “A Escrava Isaura”, fez um grande sucesso na China, quando o país ainda não estava muito aberto para o exterior. Luciana Santos, que estrelou a novela, tornou-se uma das brasileiras mais conhecidas naquele país, pois como o governo chinês tinha proibido novas importações de novelas, naquela época, ficou-se repetindo esta por todo o país, e por muito tempo. E a atriz aproveitou para até difamar o Brasil, afirmando que a escravidão ainda existia no país, nos moldes retratados na novela, numa das visitas que ela efetuou na China, obtendo grande admiração.

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Eventos Estimulando Inovações Gastronômicas Brasileiras

14 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, webtown | Tags: , ,

O Brasil vem atraindo as atenções internacionais por variados motivos, além dos econômicos e políticos. Muitos renomados chefs da gastronomia internacional ficam maravilhados com a biodiversidade com que se conta no país, fornecendo novos materiais que vão sendo incorporados nas melhores cozinhas do mundo, que também passa por um processo de globalização.

Anuncia-se que, entre os próximos dias 28 a 31 de julho, em São Paulo, serão realizados muitos workshops com consagrados chefs brasileiros mostrando a ampla diversidade de produtos brasileiros, até os pouco conhecidos no país, além dos provenientes das diversas regiões brasileiras, que ganham novos usos. O evento leva o nome de Paladar Cozinha do Brasil, e deverá atrair um grande público, além dos profissionais do setor.

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Foto: Tadeu Brunelli
ATENÇÃO: Toda foto deve ser publicada com o crédito do autor, de acordo com a Lei Nº 9.610 de 19/02/1998.

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Foto: Tadeu Brunelli
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Reciclagem de Materiais e Uso de Não Poluentes

14 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Quando vivi em meados dos anos oitenta do século passado no Japão, uma das primeiras instruções que recebemos da proprietária do imóvel que aluguei foi sobre o lixo. Havia que se separar pelos diversos tipos de materiais recicláveis como os papéis, vidros, latas e os orgânicos, que eram poucos quando comparados com os do Brasil. Hoje, está se generalizando também em países como o Brasil as separações destes lixos de forma a contribuir com o meio ambiente, utilizado de materiais que demandam recursos naturais, como as árvores das florestas.

A resistência para que estas medidas sejam mais amplas sofrem restrições culturais. Um exemplo expressivo é o exagero do uso dos chamados “waribashi” (hashi – palitos para usados para comer, descartáveis) de madeiras, que diariamente consomem o equivalente a florestas no Japão, quando deveria se disseminar o uso de hashis de plásticos e outros materiais reutilizáveis, como fazem os chineses.

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Reportagens Sobre o Brasil na Imprensa Internacional

13 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

De longe, a China é o país mais noticiado na imprensa internacional, mas o Brasil também desperta muito interesse, com uma ponta de ironia nos jornais ingleses, como o Financial Times, como num longo artigo escrito por Joe Leahy ontem. Já começa alertando que um programa econômico que se beneficiou do boom mundial das commodities corre o risco de ser colocado fora da atual corrente. Mas rende-se à realidade que o governo Lula da Silva promoveu o desenvolvimento com uma melhoria da distribuição de renda, ainda que atribua a maior contribuição aos fatos como Bolsa Família. Ele toma o caso da pequena cidade de Lauro de Freitas, na proximidade de Salvador, na Bahia, como indicador do que estão chamando de “Lulismo”, que combina uma marca de economia do bem-estar social, aumentos generosos de salários e crédito fácil, que começa a ser adotado também em outros países sul-americanos.

Mas o artigo admite que de 2003 até hoje cerca de 49 milhões de brasileiros ascenderam para a classe média ou até à classe média alta, segundo a Fundação Getúlio Vargas. A renda familiar da chamada classe D e E aumentou 1,8% ao ano desde que Lula da Silva assumiu o poder, e o número desta população declinou de 96 milhões para 64 milhões, ao contrário da China onde a renda familiar cresceu menos 2% ao ano do que o PIB daquele país. O Brasil aumentou seus shoppings centers, causando inveja aos europeus que amargam dias difíceis.

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Reflexões Sobre o Passado Pensando no Futuro

13 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, webtown | Tags: , , ,

Alguns eventos que acontecem no presente nos levam a reflexões do que foi feito no passado, pensando no que poderá ocorrer no futuro. Vai se realizar nos próximos dias 9 e 10 de agosto em Salvador, Bahia, a XIV reunião do Comitê Empresarial Brasil-Japão, que passou a ter o nome em português de Comitê de Cooperação Econômica entre os dois países, mas em inglês utiliza-se o “Joint Economic Committee Meeting” (cooperation em inglês carrega a noção de uma ajuda do mais para o menos desenvolvido, que não é o caso e não tem a mesma conotação em português). Ajudamos a organizar este mecanismo de entendimento bilateral e participamos em 1974 da sua primeira reunião. O Keidanren, como se chamava simplificadamente na época a cúpula da organização econômica privada japonesa, era a porta de entrada do Brasil no Japão, que era uma poderosa organização que ajudou a viabilizar os “projetos nacionais” com o Brasil, como os Corredores de Exportação, Sistema Logístico que viabilizava colocar os minérios brasileiros nas siderurgias japonesas tanto pelo porto de Tubarão como depois de Carajás, pelo porto de Itaqui, ou o projeto de Desenvolvimento dos Cerrados, bem como outros projetos de vulto com a Siderúrgica de Tubarão. Os tempos mudaram muito.

Como não havia uma organização similar no Brasil, a parte brasileira ficou com a coordenação da CNI – Confederação Nacional da Indústria, com as limitações de ser uma das entidades de cúpula do sistema sindical patronal setorial no Brasil, quando o Keidanren reúne também as tradings e os bancos. Se do lado japonês contava-se com um verdadeiro think tank japonês preocupado com o aumento do intercâmbio com os brasileiros, o mesmo não ocorria neste lado com uma entidade que pudesse fazer um legítimo lobby a favor do Japão, apesar de todos os esforços desenvolvidos por décadas.

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Atrativos Turísticos da China

12 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Turismo, webtown | Tags: , , ,

Ao mesmo tempo em que uma enxurrada de turistas chineses se dirige para o exterior, nota-se um esforço das autoridades da China promovendo suas atrações para um mundo ávido em conhecer melhor aquele país. Os jornais, como o The New York Times, publicam variados atrativos daquele país, desde os mais suntuosos, como os que podem ser encontrados nos becos que ainda existem em Beijing, como em qualquer grande cidade, que permitem um turismo barato.

Num artigo do Michael Wines, ele se refere a suntuosas construções numa pequena vila de Huaxi, com cerca de 2.000 habitantes a cerca de duas horas de carro de Xangai, no Nordeste daquele país.

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No andar tèrreo do New Village in the Sky, uma sala de concerto de grande luxo para acomodar 1.600 espectadores, parecendo inspirado em Dubai, em fase final de acabamento.

Eles construíram um enorme edifício de 74 andares que ninguém entende, parecendo uma utopia do tempo de Mao, mais alto que o prédio da Chrysler em Manhattan. Terá um hotel 5 estrelas, um shopping center e o maior restaurante giratório da Ásia.

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A localização da vila de Huaxi está nos mapas acimas

A vila já é visitada por 2 milhões de turistas anualmente, para ver a maravilha construída. Está criando emprego e provocando um impacto positivo no seu desenvolvimento. Cercado de uma pequena siderúrgica, uma fabrica têxtil e complexos de produções agrícolas com vinil houses, é um oásis de prosperidade. Aproveitando o capitalismo chinês, transformaram uma área quase rural num próspero reduto de turismo e centro de compras. Eles proporcionam um voo gratuito de helicóptero, andam em carros de luxo, usufruindo o melhor do que se dispõe nos países desenvolvidos. Moram em casas amplas, contam com boas assistências médicas, boas escolas e até férias anuais pagas pelas autoridades locais. Um verdadeiro milagre.

Até apresentam aos turistas uma pequena ópera relatando as maravilhas de um socialismo, que os permitiu chegar onde estão, afirmando que até os americanos sonham com suas realizações. Tudo é administrado por uma companhia, a Jiangsu Huaxi Group Corporation, que conta com os habitantes da vila como acionistas e já possuem 57 subsidiárias, além de outras sete holdings. Estão interessados em produtos de alumínio, medicina tradicional, roupas de poliéster e até investimentos imobiliários. Quem forneceu as informações para o repórter era formado na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e estudou os modelos de negócios da General Eletric. Os dados não foram possíveis de serem conferidos, pois não existem auditorias externas para estas empresas.

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O edifício que inclui o hotel cinco estrelas e o restaurante giratório, símbolo de Huaxi

Numa outra matéria escrita por Collen Kinder, também do The New York Times, republicada pelo O Estado de S.Paulo no seu caderno de turismo, informa-se sobre os becos renovados de Pequim, onde podem se efetuar refeições ligeiras acompanhadas de bebidas locais, de baixíssimo custo. Estão muito frequentados por turistas, ficando perto do Templo Lama, também conhecido como Yonghe.

Seria uma espécie de Vila Madalena em São Paulo ou SOHO em Nova Iorque, onde bares e restaurantes podem ser complementados por compras, relaxamento e lembranças de baixo custo, mas autênticos, por turistas que não desejam gastar muito.

Quem conhece pessoalmente a China sabe que esta variedade de atrações turísticas é real, dispondo de alternativas para todos os bolsos, sempre mostrando alguns aspectos ainda pouco conhecidos da vida dos chineses, que vale a pena conhecer.


Governo Brasileiro Anuncia Política Industrial

12 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , ,

Todos se mostram preocupados, pois a indústria brasileira tinha atingido uma complexidade bastante grande, com uma sofisticação elevada em relação ao nível de renda do Brasil, e vinha exportando razoavelmente. Agora, ela vem sofrendo uma retração importante, principalmente com a atual taxa de câmbio. Existem outras limitações, como os juros elevados, os tributos pesados, a infraestrutura deficiente e todo o conjunto de fatores que se convencionou chamar de “custo Brasil”, mas é o câmbio que não permite a indústria local competir com os produtos importados, afetando-a de forma decisiva. Isto reduz o emprego, o que preocupa profundamente tanto a população como as autoridades.

As tendências dos juros não podem ser alteradas bruscamente, cujos diferenciais com as do exterior determinam um forte influxo de recursos financeiros, que acabam valorizando o câmbio, afetando todas as atividades econômicas. O governo se vê obrigado a instituir uma política industrial para tentar reverter a apresente situação, mesmo que seja de alcance mais limitado e os resultados possam ser colhidos num prazo mais longo. O jornal Valor Econômico anuncia uma nova política industrial num artigo elaborado pela competente Claudia Safatle, dando algumas indicações gerais do que seria um pacote, com o possível nome de “Brasil Maior”. A mesma notícia com menos indicações estão em outros jornais.

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Presidente Dilma Rousseff

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Reflexos do Comportamento da Economia Brasileira

11 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Os dados expressivos coletados pelo Jornal Valor Econômico referem-se ao que passou no começo deste ano, mas os sentimentos atuais percebíveis e as perspectivas que se formam sobre o futuro acabam formando um quadro que, no mínimo, exigem medidas corretivas das autoridades. No artigo de Sérgio Lanucci, utilizando informações sobre os investimentos estrangeiros diretos do Banco Central nos quatro primeiros meses deste ano, fica nítido que os dirigidos para a indústria e mesmo para as atividades primárias estão se reduzindo ou estagnados, enquanto crescem somente na área dos serviços. Parte disto decorre do que consta de outro artigo de Denise Neumann, no mesmo jornal, sobre o crescente déficit comercial externos das indústrias, principalmente nos setores de alta tecnologia.

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Gráficos publicados pelo Jornal Valor Econômico

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Limitações de Energia Elétrica no Japão Afetam Economia

11 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, webtown | Tags: , , , | 4 Comentários »

O jornal econômico japonês Nikkei publicou um artigo hoje informando que o racionamento da energia somado aos problemas do yen caro e as elevados impostos aumentam as ansiedades das empresas no Japão. A atual política energética do governo afeta as perspectivas das empresas. A empresa chinesa ZTE informou aos fornecedores japoneses a necessidade de transferirem suas unidades produtoras para outros países ou terão que substituir seus fornecedores para outros asiáticos.

Entidades japonesas começam a alertar sobre os problemas que estão se acumulando, aumentando as pressões sobre as empresas produtoras japonesas. Fornecedores importantes de componentes de circuitos para celulares inteligentes, o de materiais para painéis LCD, começam a ser afetados.

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Usinas nucleares de Genkai e Hamaoka

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