Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Promoção Cultural do Japão no Mediterrâneo

24 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais | Tags: , ,

Todos sabem que houve um período em que havia um grande interesse dos artistas franceses pelo que chamavam de japonismo (japónisme), envolvendo figuras como Paul Cézanne, que pintaram motivos inspirados em aspectos da cultura japonesa. Existe uma instituição chamada Casa do Japão no Mediterrâneo (Maison Du Japon em Méditerranée), que tem como presidente Olivier Personnic, como deveria ser algumas das similares da América do Sul.

Ela promove neste ano o oitavo evento anual que hoje tem o nome de “Le Printemps Du Japon” (A Primavera do Japão), homenageando a reconstrução depois dos desastres naturais ocorridos naquele país. É uma programação de 15 dias cobrindo os principais aspectos da cultura japonesa, voltada para o público internacional que visita Aix en Provence, que além da população local atrai muitos turistas.

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The Economist Publica Suplemento Especial Sobre a China

24 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , ,

A prestigiosa revista de circulação internacional, The Economist, reconhecida pela sua tendência liberal, publica um importante suplemento especial sobre a China. Apesar de reconhecer o seu formidável desenvolvimento recente, aponta os problemas que estão surgindo, prevendo que aquele país enfrentará grandes dificuldades que podem comprometer o seu atual desenvolvimento.

Aponta que o atual Partido Comunista Chinês, que continua sendo o único no país, passou a depender do suporte da nova classe média chinesa, que está em ascensão acelerada, e que foge dos padrões dos seus fundadores, e os novos lideres apontados terão que enfrentar problemas políticos importantes. O atual crescimento que vem desde 1990 enfrenta problemas de avanço do número e percentual dos idosos e os custos da seguridade social, pressões inflacionárias, aumento das despesas e investimentos públicos, distribuição regional da renda, entre muitos outros.

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Verão no Hemisfério Norte e Inverno no Hemisfério Sul

22 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, webtown | Tags: , , , | 4 Comentários »

Tudo indica que o verão começou com muito calor no Hemisfério Norte e o inverno rigoroso no Hemisfério Sul. Os problemas energéticos mundiais agravam os rigores do clima, pois ares condicionados e outras formas de regular os seus efeitos estão sofrendo restrições, tanto com a necessidade de economia das suas fontes, como a nuclear, quanto pelos seus efeitos poluentes. Seus efeitos são mais sensíveis para as populações idosas que continuam aumentando, provocando lamentáveis vítimas fatais.

Os ecologistas atribuem estes problemas climáticos pelas ações humanas que, lançando mais CO2, estariam aquecendo o planeta, mas as provas científicas ainda não são suficientes. Mesmo quando os seres humanos não eram capazes de provocar tamanhos estragos, houve períodos de rigores climáticos acentuados, tanto para o frio como para o calor. Os fenômenos como La Niña e El Niño são conhecidos secularmente e eras do gelo já ocorreram muito antes que os seres humanos tivessem alguma importância. De qualquer jeito, cuidar do meio ambiente virou uma necessidade e uma consciência universal, ainda que os países não consigam chegar a um consenso sobre as metas a serem atingidas no futuro.

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Problemas de Trânsitos Urbanos São Universais

22 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, webtown | Tags: , , , , | 2 Comentários »

Com o aumento brutal da produção de veículos automotores em todo o mundo, o trânsito nas cidades, não só nas grandes metrópoles, está ficando impossível. Muitos países e cidades adotam medidas restritivas, mas não conseguem conter, mesmo com o aumento das ruas, avenidas, estradas e estacionamentos, os inconvenientes do trânsito.

A cidade mais inteligente que tomou uma medida radical foi a pequena Cingapura, que é uma cidade-país, com regime político autoritário ainda que esclarecido. Para se adquirir um carro novo há que se apresentar um certificado que um velho foi sucateado, de forma que o estoque de veículos não aumente, e como os novos possuem eficiência maior na redução da poluição, provoca-se como subproduto uma melhoria no meio ambiente.

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Os congestionamentos são comuns em São Paulo, atingindo mais de 100 quilômetros diários

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Avanços na Endoscopia e Colonoscopia no Japão

21 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Saúde | Tags: , , | 4 Comentários »

Nni20110621D21JF471108091O jornal econômico japonês Nikkei anunciou hoje que, num projeto conjunto da Universidade de Ryukoku e Osaka Medical College, uma equipe de pesquisadores desenvolveu um aparelho na forma de uma cápsula de um centímetro por 4,5 centímetros de comprimento, que é autopropelido e controlado por controle remoto.

Todos sabem que os seres humanos devem efetuar exames regulares de check up, principalmente os japoneses e seus descendentes, pois possuem elevados riscos de desenvolver úlceras e câncer no estômago, além de outros problemas do aparelho digestivo, principalmente com o avanço da idade.

Os aparelhos japoneses de endoscopia e colonoscopia, como os utilizados pelo Dr. Luis Maruta em São Paulo, costumam ser eficientes e permitem também a retirada de pólipos e outras formações mais complexas que aparecem, com frequência, entre alguns idosos.

Para diagnósticos rápidos e menos evasivos, é possível que estes avanços obtidos no Japão, e que estão sendo relatados pelo professor Naotake Otsuka, emérito da Ryukoku University sejam práticos e de baixo custo. Poderiam ser utilizados desde o esôfago até o reto, passando por todo o aparelho digestivo, inclusive intestino delgado.

Estas notícias parecem promissoras, mostrando que equipamentos cada vez menores e de grande eficiência estão ajudando numa medicina de melhor qualidade, para atender toda a população.


Debates Sobre a Política Econômica Brasileira

21 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Mesmo tentando ser o mais imparcial possível, todos nós acabamos viesados pelo convívio de muitos anos com pessoas que pensam de forma semelhante e que tenham contribuído para a nossa formação. É o caso do artigo do professor Antonio Delfim Netto, publicado no Valor Econômico de hoje, como parte de uma série de depoimentos de outros conhecidos economistas brasileiros. A sua reconhecida profundidade acadêmica e a longa experiência pragmática do exercício da política econômica brasileira permite uma percepção lúcida dos principais problemas existentes e as soluções possíveis.

Ele começa apontando que na histórica econômica já havia uma advertência sobre os riscos como os de 2008, quando a teoria macroeconômica separou-se da economia financeira, tendo sido superado de forma razoável pelo Brasil. E resume as atuais dúvidas em duas questões fundamentais: a) a natureza do processo inflacionário que está atingindo o Brasil e a maioria dos países do mundo e b) as consequências da atual taxa de câmbio que está colocando em risco o setor produtivo brasileiro. Todos os interessados nestes assuntos precisam analisar direta e profundamente o seu artigo publicado no Valor Econômico, pois vamos tentar somente um resumo didático para os leigos.

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Ele explica que todas as inflações decorrem de um desequilíbrio permanente da oferta e da procura, de um aumento da expectativa inflacionária da população criada pelas informações publicadas e uma queda da oferta que ocorre dentro de um país ou proveniente do exterior. Indica que ainda no Brasil há que se acrescentar a indexação ainda existente, numa explicação resumida.

O artigo expõe que no Brasil, apesar de se adotar uma política de taxa flexível de câmbio, ela funciona praticamente como fixa, influenciada pelo forte influxo de capitais com o aumento das disponibilidades externas de recursos, e a ação do Banco Central como um mecanismo de defesa, temendo uma ação que possa prejudicar as necessidades futuras de recursos externos. Isto acaba custando R$ 180 bilhões por ano como bolsa para os rentistas, pois se aumenta a dívida pública com juros elevados para neutralizar a expansão monetária. Os instrumentos utilizados em política econômica no Brasil não são suficientes para atingir todos os objetivos que se persegue simultaneamente, estimulando a produção. Há uma valorização cambial ao longo do tempo, provocando o risco de prejudicar as atividades produtivas.

Delfim Netto explica que a elogiável ascensão social observada no Brasil na última década acabou exercendo uma pressão inflacionária, pois surgiram demandas novas, e para neutralizá-las o Banco Central tenta restringir o volume de crédito, provocando a elevação dos juros.

O artigo mostra que existe um otimismo com a compreensão das autoridades com relação aos atuais problemas existentes, e o governo tenta fazer mais com os mesmos recursos, ou seja, procura elevar a eficiência do setor público com uma melhor gestão. Isto permitiria reduzir gradativamente a da dívida pública e as necessidades de juros elevados, minorando também os problemas da taxa cambial.

Evidentemente, estas explicações resumidas neste artigo postado são pedestres e os que possuem um pouco de conhecimento da economia devem analisar profundamente o apresentado pelo professor Delfim Netto, que engloba um quadro teórico e prático, mostrando que existe uma linha de política econômica que pode resolver os diversos problemas existentes.


Indústria de Aviação Francesa se Prepara Para o Futuro

20 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Tecnologia | Tags: , , ,

Como é do conhecimento geral, o Salão da Indústria Aeronáutica mais importante do mundo ocorre em Bourget, onde participa tradicionalmente a Embraer brasileira. Logo que se abriu a exposição, a casa matriz da Airbus, segundo publicado no Le Figaro desta segunda-feira, iniciou suas pesquisas para o lançamento do novo avião que pretende cobrir Paris a Tokyo em duas horas e meia, sem agredir o meio ambiente. Espera-se que o projeto esteja concluído em 2050. O Concorde voou comercialmente pela última vez em 2003 e é uma das frustrações francesas.

O voo do novo avião pretende atender o mercado dos executivos, comportando entre 50 a 100 passageiros, e tem como alvo principal a ecologia, com emissão zero de poluentes. O projeto foi batizado de ZEHST (Emissão Zero no Transporte de Alta Velocidade – Zero Emission High Speed Transport), numa associação das empresas EADS, L’Onera, do Laboratório de Pesquisa Aeroespacial da França, como do Japão.

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Concorde, cujo projeto fracassou comercialmente, e o novo projeto batizado de Zehst

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Por Uma Reconstrução Segura, Eco-Amigável e Humanizada

20 de junho de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Notícias, webtown | Tags: , , , , , , , | 2 Comentários »

Passados 100 dias do grande terremoto e tsunami no Leste japonês, o trabalho de recuperação segue árduo nas áreas atingidas. Com ajuda que vem sendo liberada pelos governos federal e provincial, e pela distribuição de cotas de doação através da Cruz Vermelha Japonesa, a capacidade local de produção industrial e comercial está se restabelecendo, em maior ou menor grau e rapidez, dependendo das áreas atingidas. O consumo vem crescendo visivelmente; se no primeiro momento ele visava bens comestíveis, agora a população já está começando a recompor suas vidas. Supermercados e lojas de departamentos ampliam ofertas de móveis, eletrodomésticos, roupas de cama e banho, cosméticos, vestuário etc., para fazer face à crescente procura.

A comissão do governo que estuda medidas de prevenção a terremotos e tsunamis fez a terceira reunião em Tóquio, no domingo, para finalizar minuta que será apresentada nos próximos dias. Os especialistas, baseados nos relatórios dos estragos registrados em tempos passados, concordam que os preparativos devem considerar os cenários piores para desastres naturais. É preciso que diques e outras prevenções litorâneas de defesa contra tsunamis sejam construídos combinados com rotas de escape que levem para locais mais altos, onde a população possa se abrigar em estruturas seguras. A construção dos diques deve manter o alto padrão atual, mas eles devem ter a capacidade de brecar e ajudar a reduzir o peso e a velocidade de gigantescas ondas (que, em 11 de março, em muitas localidades chegaram a 37 – 40 metros de altura), sem se romper ao primeiro impacto, dando tempo para as pessoas escaparem. O governo estuda subsidiar fontes de energia renovável (eólica, solar e geotérmica) para uso em repartições públicas, escolas e hospitais nas cidades afetadas – assim como patrocinar custos para o estudo do impacto ambiental por empresas que queiram entrar no negócio da geração de energia.

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Discriminação dos Japoneses

20 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, webtown | Tags: , , , , | 37 Comentários »

Um interessantíssimo e fundamentado artigo foi publicado na importante revista The Diplomat, de autoria da Hiroko Ogawa, sobre a discriminação feita pelos japoneses. Como se trata de uma coletividade homogênea, mesmo com o aumento da presença dos estrangeiros no Japão, continua mantendo uma discriminação, chamando-os de gaijin, que deriva da palavra gaikokujin (que significa uma pessoa do exterior). Mas a autora admite que isto ocorra também com minorias como os ainus (nativos de Hokkaido) e japoneses retornados que residiram por muito tempo no exterior.

Hiroko Ogawa faz um detalhamento desta situação e espera que haja avanços sobre o assunto no Japão, mas parece que sua análise se refere mais sobre os aspectos das minorias étnicas. No entanto, ela nota que os japoneses discriminam tudo que é diferente do padrão adotado pela maioria, inclusive no que se refere ao comportamento das pessoas. E expressa à esperança que isto venha a mudar, ainda que leve muito tempo.

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Presença Crescente dos Asiáticos na Europa

20 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Mesmo com o mongol Genghis Khan tendo criado no seu império que ia da China até a Europa, introduzindo o correio, a imunidade diplomática e criado o mercado comum com isenção tributária já na sua época, ele foi considerado pelos europeus como um bárbaro sanguinário. Recentemente, mesmo com a ascensão dos países asiáticos emergentes, parece que está aumentando o fluxo daqueles que nasceram na Ásia em todo o mundo, como parte da globalização, que não se efetua somente com mercadorias e recursos financeiros.

Ainda que existam resistências, o fluxo de imigrantes de países mais pobres para os mais desenvolvidos vai continuar ocorrendo, legal ou ilegalmente. Se a emigração fosse totalmente livre, estes desequilíbrios mundiais na distribuição de renda pessoal poderiam ser reduzidos. A Europa, mesmo com a crise econômica, continua recebendo os asiáticos, africanos e sul-americanos, tanto para um trabalho mais modesto como até empresários de grandes e razoáveis portes, mas principalmente de pequenos.

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Presença de chineses, indianos e vietnamitas cresce na Europa

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