Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Xintoísmo na Era Global e Ecológica

15 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Um dos conceitos mais difíceis para ser entendido para os que foram criados em países onde prevalece o monoteísmo como o cristianismo, o judaísmo ou o islamismo é esclarecer o que acontece no Japão com a convivência do xintoísmo e o budismo, ou outras religiões, mesmo para os que adotam uma posição ecumenista, conversando com os membros de todas as religiões. No monoteísmo, tende-se a rejeitar as demais religiões, quando um japonês pode ser ao mesmo tempo xintoísta e budista, por exemplo. Um artigo publicado por Takeshi Nishide no The Japan Times relata um seminário realizado em Tóquio, onde se reuniu diplomatas e famílias estrangeiras para explicar no que consiste o xintoísmo, participando de algumas de suas práticas, o que foi entendido como uma experiência cultural.

Os participantes receberam aulas sobre os elementos xintoístas da vida no Japão, como a prática de visitar um santuário no início do ano novo, e para otradicional “shichi-go-san”, rito de passagem das crianças de 3, 5 e 7 anos. Eles tomaram parte de um pequeno “mikoshi”, uma espécie de procissão carregando um santuário simbólico nas costas, no ritmo de um “wasshoi”, que é repetido continuamente, com o uso de um quimono tipo “happy cout”. Nos festivais em diversas cidades japonesas, estes mikoshis reúnem toda a população e muitos visitantes.

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Mikoshi, festival japonês onde se carrega um santuário simbólico

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Aquisição de Terras Africanas Pelos Estrangeiros

15 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Peter Singer é um australiano, professor de ética na conhecida Universidade de Princeton dos Estados Unidos e Laureado Professor da Universidade de Melbourne na Austrália, e escreveu um importante artigo sobre a maciça aquisição de terras africanas pelos estrangeiros que merece uma adequada atenção. Parece que ele, ao generalizar o problema, pode levar a conclusões algumas vezes injustas, que deveriam ser ressalvadas. Ele informa que desde 2000 até hoje, mais de 83 milhões de hectares de terras agrícolas foram adquiridas pelos estrangeiros, nos países mais pobres, na África, principalmente, cifra que corresponderia a um país como Quênia.

Ele agrupa os investidores públicos e privados em três grupos diferentes: as economias emergentes como a China, a Índia, o Brasil, a África do Sul, a Malásia e a Coreia do Sul; os ricos países produtores de petróleo, como os do Golfo; e os desenvolvidos, como os Estados Unidos e os europeus. Em média, a renda per capita dos investidores seria quatro vezes maiores do que os que estão vendendo. Ele não inclui os australianos, devendo-se lembrar de que naquele país as terras agrícolas são concedidas por prazos longos, sem serem vendidas, como acontece em alguns países que foram influenciados pelos ingleses.

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Professor Peter Singer

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Poluição em Beijing e Outros Problemas Ambientais

15 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , , ,

Todos sabem que os dois países que mais poluem no mundo são os Estados Unidos e a China, que continuam resistindo na fixação de metas quantitativas mesmo com as sucessivas reuniões internacionais, com o patrocínio das Nações Unidas, como a última realizada em Doha. As calamidades provocadas pelo aquecimento global estão à vista de todos. Além das matérias distribuídas pelas agências internacionais de notícias, até o China Daily, que é o órgão oficial do governo chinês, admite que Beijing chegou ao limite máximo tolerável, exigindo a paralisação ou a redução de muitas atividades, inclusive a suspensão das aulas nas escolas.

Aquele jornal oficial informa que o Índice de Qualidade do Ar na maior parte de Beijing chegou a 500, o máximo de poluição, pelo terceiro dia, exigindo a tomada de medidas de emergência, inclusive com as informações fornecidas pelas autoridades municipais sobre o assunto, a chamada Beijing Municipal Environmental Protection Bureau. Atividades esportivas ao ar livre foram suspensas, assim como as aulas nas escolas primárias e secundárias. As construções foram suspensas em 28 lugares, e 54 empresas reduziram em 30% suas atividades.

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Foto publicada no China Daily mostra a poluição que atingiu a chamada Third Ring Road no sábado

A foto publicada no China Daily é assustadora, e mostra a chamada Third Ring Road, ou seja, algo como a Estrada do Terceiro Anel de Beijing. O artigo informa que Beijing possui uma população fixa de cerca de 20 milhões de habitantes, com cerca de 5,2 milhões de veículos. E admitem que a poluição decorre dos combustíveis usados, inclusive com os carvões minerais utilizados no inverno rigoroso, sem que haja ventos que os transportem para outras áreas.

Também muitos cientistas norte-americanos admitem que as irregularidades climáticas, como o desastre provocado pelo furação Sandy, decorrem do aquecimento das águas dos oceanos, que está acelerando os degelos, ao mesmo tempo que ocorrem nevascas pouco observáveis no Hemisfério Norte. Inclusive em Israel, provocando também inundações na Palestina, regiões onde estes fenômenos são pouco frequentes, na intensidade observada.

As inundações que estão ocorrendo em muitas regiões dos trópicos são decorrentes de precipitações concentradas e elevadas, mostrando que o clima caminha de forma irregular, mais que o esperado. Ainda que as provas científicas não permitam diferenciar dos longos ciclos climáticos que afetam todo o globo, certamente a coincidência é chocante, com a perda de muitas vidas e grandes prejuízos materiais.

Não é possível que as autoridades dos dois maiores países poluidores do mundo continuem indiferentes. Medidas emergenciais pouco resolvem se não forem adotadas políticas claras, com metas definidas, procurando uma solução a prazo médio e longo. Ou os desastres continuarão se repetindo, possivelmente em maiores intensidades.

É evidente que todos têm que contribuir também os países emergentes como os em desenvolvimento, fazendo sua parte no esforço global. Mas os maiores responsáveis que estão sendo punidos com as consequências precisam ser os primeiros a adotarem uma política consistente.


TV Globo Divulga Alimentos Exóticos do Japão

15 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Um interessante artigo publicado por João Fernando na seção TV* do jornal O Estado de S.Paulo informa sobre as experiências por que passou o jornalista Roberto Kovalick, da TV Globo, que será divulgado pela TV Hoje, na série Os Sabores do Japão. Ele informa ter dividido entre uma equipe de três pessoas um gigantesco caranguejo, que é conhecido como King’s Crab, e é pescado na região de Hokkaido. Os que desejarem experimentar este saboroso King’s Crab podem encontrá-lo já devidamente preparados de diversas formas no famoso Seryna, de Tokyo, na região boêmia de Roppongi.

Ele afirma que também experimentou o fugu, o famoso baiacu, que sem o devido cuidado pode provocar até a morte, com certa excitação. Mas ele costuma ser manipulado por chefs competentes que sabem exatamente onde estão as glândulas venenosas, podendo ser apreciado também em São Paulo, com espécies menos perigosas. Ele experimentou também a carne de wagyu, que também está bastante divulgada no Brasil, apesar de não apresentar a mesma qualidade.

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Roberto Kovalick com o caranguejo gigante

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Vantagens dos Aumentos das Patentes Chinesas

15 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O boom de requerimentos de patentes por parte dos chineses no World Intellectual Property Organization em Geneve, na Suíça, além de ser um dado impressionante, superando os Estados Unidos, provoca um efeito colateral importante, segundo um artigo publicado por David Cyranosk na consagrada revista semanal Nature, que trata de assuntos científicos. As autoridades chinesas efetuam esforços para construir o que chamam de economia da inovação, levando suas companhias a requerem patentes para proteger suas propriedades intelectuais, quando antes eram acusadas de copiar muitos de outros.

Entre 2008 a 2011, o crescimento dos requerimentos de patentes vêm aumentando ao impressionante percentual de 20% ao ano, e em 2011 solicitaram 526.412 superando os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, as disputas legais chegaram, segundo a Suprema Corte do Povo da China, a 7.819 casos, o dobro do que ocorre entre os norte-americanos. A tendência é que estas disputas continuem crescendo com mais patentes que são requeridas.

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Gráfico publicado na Nature

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As Frequentes Referências Internacionais ao Sushi

14 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Gastronomia, Notícias | Tags: , , ,

O sushi e o seu preparo vêm atraindo não só a atenção popular mundial como dos profissionais da alta gastronomia, pois está se constatando que, além de ser uma alimentação saudável, apresenta refinamentos que exigem um empenho muito grande dos chefs que se dedicam ao seu preparo por muito tempo. Mesmo na imprensa internacional especializada, nota-se que existem alguns desvios na avaliação, na medida em que parâmetros ocidentais acabam sendo aplicados também na apreciação de alguns estabelecimentos que trabalham com a culinária japonesa, como as valorizações das cotações obtidas nos guias utilizados por alguns turistas estrangeiros. É o caso do artigo de Natalie Whittle, do Financial Times, sobre o assunto.

Um caso frequentemente citado é o do chef Jiro Ono, com mais de 80 anos, que trabalha ao lado do seu filho Yoshikazu, com mais de 50 anos, a quem ensinou toda a técnica da melhor preparação do sushi. Ele está sendo objeto de um filme, “Jiro Dreams of Sushi”, que deve ser lançado internacionalmente ainda neste começo do ano. Seu estabelecimento fica no subsolo de um edifício em Ginza, na proximidade do famoso mercado de peixe Tsukiji, considerado o mais importante da especialidade no mundo, que está cogitado para mudança de local há anos, contando somente com 12 lugares para seus clientes. Outros casos semelhantes possuem histórias do mesmo tipo.

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Jiro Ono trabalha ao lado do seu filho Yoshikazu

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Adaptações da Educação Japonesa à Globalização

14 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Este site vem constatando algumas dificuldades japonesas no seu processo de globalização, com as empresas japonesas enfrentando problemas com a compreensão adequada de culturas de países fora do Japão. O sistema educacional japonês vem procurando adotar medidas para a superação destas limitações. Dois artigos se referem a estes problemas, tanto no nível universitário como no primário. O jornal Yomiuri Shimbun, o de maior tiragem no mundo, relata a experiência do Ritsumeikan Asia Pacific University de Oita, no Japão, onde metade dos estudantes é de estrangeiros, e as aulas são dadas também em inglês. O suplemento Insight do Japan Today relata o caso de educação pré-primária de estrangeiros no Gyamboree Play & Music. São dois exemplos a serem observados.

No Ritsumeikan Asia Pacific University adota-se a filosofia da educação para compreensão mútua internacional e cerca de metade dos 5.600 alunos são estrangeiros provenientes de 80 diferentes países, de forma interagir com os estudantes japoneses. Esta escola mantém escritório em sete diferentes países, recrutando estudantes, e, como existem dificuldades com a língua japonesa, também oferecem cursos em inglês, de forma a poder competir com as dos Estados Unidos e da Europa.

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Evolução do Vidaqui para Revista Mensal

13 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , , , , | 3 Comentários »

Sempre é constrangedor falar de um projeto do qual, de alguma forma, procuro colaborar pessoalmente. O jornal semanal Vidaqui que cobre o bairro da Vila Mariana na Capital paulista já tem uma história de 12 anos, e vinha sendo distribuído semanalmente aos moradores do bairro, com ótima aceitação da população local. Agora, na virada do ano, passou a ser uma revista mensal de elevada qualidade. O julgamento feito por uma ex-professora com curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, que possui outros dois diplomas universitários, e também é uma dona de casa, que procura praticidade, parece mais adequado. Ela elogiou a revista, considerando-a muito bem elaborada, ajustada às necessidades das moradoras do bairro.

O jornalista Kazuhiro Kurita, que também colabora com este site é o seu editor e o número desta passagem do ano mostra a sua objetividade que conseguiu imprimir na revista. As matérias são as que interessam aos moradores do bairro de Vila Mariana, que guarda proximidade com os problemas e disponibilidade de sua vizinhança. Mas vão muito além do que seria desejado para o cotidiano, envolvendo aspectos culturais que despertam o interesse até de pessoas de elevado nível intelectual.

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Um exemplo é a matéria sobre o novo telhado japonês do templo budista Nikkyoji, na Chácara Kablin, parte do bairro, construído com uma milenar técnica do Japão, que mesmo lá naquele país já é uma raridade. Tanto que o marceneiro Shiuti Nishikawa veio especialmente daquele país distante, acompanhado de quatro técnicos, para usar seus conhecimentos de “miya daiku”, ou seja, de construção das partes de madeira dos templos. Não se utiliza nenhum prego ou parafuso, e todo ele é montado com encaixes de madeira, contando com variados ornamentos de cobre, inclusive telhas especiais.

Meu avô materno tinha o sobrenome Jinzenji, que pelo ideograma é possível saber que era um artesão que trabalhava num templo Zen, antes de imigrar para o Brasil, mas ele trabalhava com entalhes de pedras. Alguns palácios no Japão contam com um telhado especial, uma espécie de acumulação de gravetos e apesar de alguns exigirem restaurações depois de alguns séculos, não se dispõe mais de especialistas que dominem estas técnicas.

Mesmo aqui no Brasil, no município de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo, existe um Casarão do Chá, construído por imigrantes, hoje transformado em Centro Cultural, que também é construído todo com madeira encaixada, sem o uso de nenhum prego ou parafuso.

A revista Vidaqui traz uma matéria detalhada sobre este templo, com muita precisão. Como exemplo, o triângulo que representa as asas de mil grous, aves que são normalmente confundidas com as cegonhas mais conhecidas no Ocidente e dos brasileiros. Um dos auxiliares do “miya daiku” Shiuti Nishikawa, de nome Kooji Shibutani, de 25 anos, completou um curso universitário relacionado ao meio ambiente e design do meio ambiente, segundo a revista, e, como trabalho de conclusão do seu curso, resolveu juntar-se a equipe que montou o telhado deste templo Nikkyoji. Ele relatou que participar do projeto “Foi uma experiência gratificante. Ninguém começa do zero, mesmo no Japão”. Até porque a construção deste telhado não conta com um projeto antecipadamente elaborado, foi feita no que se chama escala um por um.

Só este artigo da revista Vidaqui já a justificaria, dando uma mostra da sua elevada qualidade. Mas muito mais consta deste número, com uma riqueza de outras informações para alegria dos moradores do bairro da Vila Mariana.


Estudiosos dos Ideogramas Chineses

12 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Apesar do conhecido conceito de que um intelectual japonês precisa conhecer 10.000 ideogramas e um chinês 40.000 ideogramas, um interessante artigo publicado por Zhang Lei no China Daily, informa que um estudioso norte-americano chamado Richard Sears, nascido no Tennessee e atualmente residente na China, lecionando física na Beijing Normal University, chegou a relacionar a surpreendente quantidade de 96.000 ideogramas, incluindo os arcaicos, mantendo hoje um website sobre o assunto mais acessado que os oficiais daquele país. Todos sabem que os chineses utilizam somente os ideogramas, enquanto os japoneses e coreanos simplificaram suas escritas, utilizando também alfabetos silabáticos.

TO MATCH FEATURE: American Sinologist delighted with netizens' support 
(120815) -- TIANJIN, Aug. 15, 2012 (Xinhua) -- Richard Sears introduces his website during an job interview in Beijing, capital of China, Aug. 12, 2012.
   But for the help from tens of thousands of netizens, Richard Sears would be soon forced to leave China, where he has devoted 20 years and every penny studying the origins of Chinese characters, or Hanzi. 
   Struggling to operate a free website recording the history of around 6,500 contemporary Hanzi in the northern Tianjin City, the American, nicknamed "Uncle Hanzi", was in need of a permanent job to renew his visa, which is due to expire this month. 
   Sears felt hopeless until a user of his website revealed his plight on Weibo, a popular Chinese Twitter-like microblog. "He's given everything to Hanzi...down-and-out...He hopes to find a regular job as an English teacher or translator, so as to continue his life and research on Hanzi in China. Please forward this post!" said the post, written by "Dixin Yan". 
   The message was forwarded more than 40,000 times, bringing Sears fame, donations and job opportunities. 
   "I've got many offers. I think the visa problem will be solved soon," he said on his Weibo account. 
   However, he has not stopped searching for better jobs, and had five interviews in Beijing. 
   Now an Internet sensation, Sears has to deal with hundreds of emails each day. "I've taken China as my home. I hope to stay here forever," he told a group of reporters in his single-room apartment in Tianjin. 
   In 2002, the Sinophile launched the advertising-free website (www. chineseetymology. org), which is devoted to the etymology of Chinese characters. Now, it racks up a maximum of 600,000 clicks a day. 
   After typing a character into the database on the website, a user will see how the character was evolved from its ancient forms. The database has 96,000 forms of ancient Hanzi. 
   In addition, the website also adds an Eng

Richard Sears

Seu interesse sobre o assunto começou quando de sua visita a Taiwan, em 1972, e a sua pesquisa já se estende por 20 anos, custeada por si. Atualmente, com 62 anos, adotou a filosofia chinesa que “viva até ficar velho, aprenda até ficar velho”. Ele utilizou três livros antigos como base do seu banco de dados. 11.109 ideogramas vieram principalmente do que chamam de “seal character”, algo como ideogramas dos selos – que são utilizados nas assinaturas ou autenticações, encontrados nos antigos textos de ShuoWenJiezi. Outros 31.876 ideogramas que chamam de “Oracle bone characters", algo como ideogramas religiosos, do XuJiaGuWenBian. E, finalmente, 24.223 ideogramas do chamado “bronze characters”, também como ideogramas gravados em bronze, do JinWenBian.

Richard Sears providenciou as falas fonéticas em mandarim, taiwanês e cantonês para os ideogramas, e como alternativa ao “seal characters”, aproveitou também o de LiuShuTong.

O seu website vem sendo elogiado pelos chineses e permite chegar às formas iniciais destes ideogramas, que começaram dos desenhos simples, e foram evoluindo, permitindo obter informações etimológicas. No entanto, o levantamento é complexo, pois as informações disponíveis são contraditórias entre os diversos autores. 6.552 análises etimológicas completas foram efetuadas sobre os mais comuns e modernos ideogramas. Ele entende que existem muitos trabalhos a ainda serem feitos, com correções e aperfeiçoamentos. Acaba recebendo subsídios adicionais dos que acessam o seu website.

Na digitalização que foi efetuando, descobriu que 90% dos ideogramas permitem ser rastreadas até a sua etimologia, mas muitos contam com opiniões diferentes de diversos autores, e cerca de 10% não se sabe sobre a sua forma original. Para os que não estão familiarizados com os ideogramas, pode-se esclarecer que muitos são compostos de diversas raízes em que cada um tem um significado claro, podendo se conhecer o significado sem se conhecer o ideograma composto.

Neste sentido, as palavras chinesas, e de onde se originaram as japonesas e coreanas, são precisas nos seus significados, não havendo possibilidade de discussões semânticas como as que ocorrem em outros idiomas.

Em muitos museus chineses encontram-se pedras onde foram gravadas algumas formas originais de alguns ideogramas, bem como trabalhos caligráficos com estas antigas escritas. Também como curiosidade, um bom intelectual japonês que conheça muitos ideogramas mais difíceis, pode-se comunicar com um chinês escrevendo-os, ainda que não saiba como são lidos em mandarim, cantonês ou taiwanês, ou ainda os mais de três dezenas de idiomas que são utilizados na China. E pode receber a resposta, também escritos em ideogramas.

Passei por experiências concretas deste tipo, quando na companhia de um professor japonês negociamos o preço de um selo com o meu nome com um artesão chinês. E também quando solicitei a um famoso calígrafo chinês que escrevesse “tigre”, que corresponde ao ano do meu nascimento.

Apesar de toda a complexidade para um chinês que precisa ter o conhecimento de muitos ideogramas, é preciso ter a consciência que os seres humanos costumam utilizar somente uma pequena parcela dos seus neurônios. Na medida em que as crianças chinesas são submetidas ao conhecimento de maior número de ideogramas, bem como os sons correspondentes às suas leituras, ou suas leituras oculares, acabam sendo induzido a utilizarem mais dos seus neurônios, o que pode lhe proporcionar algumas vantagens.

Tudo isto não deixa de ser fascinante, podendo estimular estudiosos como Richard Sears. Além de reduzir a demência entre os idosos, como os provocados pelo Alzheimer, havendo algumas possibilidades de menos vítimas de Parkinson, diante da elevada atividade mental. São meras hipóteses, pois não sou um médico neurologista nem geriatra, não desejando ser processado pelo exercício ilegal da medicina.


O Brasil e o Turismo Internacional

12 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Apesar da importância econômica do turismo internacional, o Brasil ainda está numa situação deficitária, quando conta com importantes recursos naturais, culturais e humanos que permitiriam a inversão da situação com um mínimo de promoção. Os brasileiros continuam sendo considerados boas fontes de receitas até pelos Estados Unidos, que procuram facilitar a concessão de vistos para nossos turistas. Apesar do Brasil contar com interesses dos estrangeiros, ainda não promovemos suficientemente para atraí-los, o que aumentaria significantemente o emprego, além de gerar importantes divisas para a nossa economia.

O site do jornal O Globo faz referência que o The New York Times citou o Rio de Janeiro como o primeiro lugar a ser visitado pelos turistas em 2013. Como o Brasil sediará a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, o Rio de Janeiro está citado como o primeiro lugar a ser visitado este ano pelo influente jornal norte-americano.

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Baía da Guanabara é um dos cartões postais do Rio de Janeiro

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